NARRADORA
Assim como Arthur, Carla sentia seu coração bater acelerado e seu corpo ser tomado por chamas. Não esperava encontrá-lo acordado e muito mesmo trombar com ele exatamente do mesmo jeito em que haviam se conhecido. Ambos navegavam no olhar um do outro e antes que Arthur perdesse totalmente o controle, Carla se levanta rapidamente, sentindo seu corpo reclamar da falta de contato. Picoli permanecia surpreso no chão e foi ali que Carla pôde observa-lo melhor. Pela primeira vez o via sem camisa e sentia seu interior revirar em desejo. Seu corpo parecia ter sido esculpido por um deus e antes que pudesse se dar conta suas mãos já anciavam tocar o abdômen trincado de seu marido.Totalmente bestificada com seus pensamentos Carla balança a cabeça despertando finalmente daquele momento.
- O-o...que tá olhando?
A loira questiona nervosa ao perceber o olhar faminto do marido sobre seu corpo, não demorando a vê-lo levantar.
- Nada! Você que devia olhar por onde anda!
- Eu?! Você que surge do nada nos lugares! Parece até...até...
Carla gagueja assistindo Arthur se aproximar perigosamente enquanto sussurrava em um tom baixo e sexy.
- "Até" o quê?
- U-Uma parede, que a propósito está perto demais!
A jovem declara nervosa enquanto empurrava levemente o peitoral firme de Picoli na tentativa inútil de mantê-lo afastado. Arthur se aproxima mais e quando estava prestes a tocar seus lábios nos de Carla a loira se afasta, correndo logo em seguida para o seu quarto.
[...]
CARLA
Um tempo já havia se passado desde o acontecimento no andar de baixo, mas ainda sentia meu coração bater como louco.
Que droga estava acontecendo comigo?
Não sabia explicar ao certo o que estava sentindo, mas somente a lembrança de seu toque fazia meu corpo se incendiar. Nunca havia tido tempo para aquilo, meu principal objetivo sempre foi cuidar da Pocah, e apesar de ter tido alguns poucos namoricos, nada conseguia se comparar ao que sentia com Arthur.
Ele me irritava ao extremo...
Mas me atraía na mesma proporção!
Balanço a cabeça tentando afastar esses pensamentos, e após estar devidamente vestida tomo coragem para sair do quarto, não escondendo minha irritação ao perceber que Arthur não estava mais em casa. Não entendia o motivo de sentir aquilo, sabia que estava pensando como uma esposa ciumenta, mas naquele momento eu não me importava. Se ele pensa que vou ficar em casa enquanto ele sai para onde quer sem ao menos avisar, ele está muito enganado...
Mas muito enganado mesmo!
[...]
ARTHUR
Abro a porta de casa e me jogo no sofá. Havia passado o dia inteiro na rua buscando uma forma de esquecer o que havia acontecido hoje aqui nessa mesma sala. Carla me irritava e me deixava louco ao mesmo tempo. Eu não era homem de me apaixonar, mas de alguma forma minha "esposa" me atraía mais do que qualquer outra mulher. Balanço a cabeça e fecho os olhos enquanto aproveitava o silêncio do lugar , até ouvir o mesmo ser rompido pelo barulho de saltos batendo no chão. Um perfume delicioso toma conta dos meus sentidos e mesmo inebriado com aquele cheiro maravilhoso abro os olhos, não evitando minha surpresa diante da vista a minha frente. Carla descia as escadas graciosamente vestida em um vestido preto e curto que destacava suas curvas.
Uau...
Ela é perfeita!
Eu a observava totalmente bestificado, despertando somente quando a vejo caminhar em direção a porta sem ao menos notar minha presença.
- Onde você vai?
- "Sair!"
A loira repete a fala do jogador no dia anterior e não demora a sair porta a fora, deixando Picoli boquiaberto.
"Aquele mulher com certeza o deixaria louco!"
[...]
CARLA
Adentro o local badalado e sinto vários olhares sobre mim. Eu me sentia totalmente deslocada, não costumava frequentar esse tipo de lugar, ao menos tinha tempo para isso. Mas hoje eu não me importava, não voltaria para casa tão cedo. Caminho em direção ao bar e me sento em um banco que havia ali, não demorando a pedir uma bebida. As pessoas dançavam e bebiam descontroladamente, e sem querer começo a pensar se Arthur ficava do mesmo jeito nesse tipo de lugar, se dançava ou bebia daquela forma, e o pior, se si sentia feliz com algo tão superficial. Sinto um olhar fixo em mim e antes que pudesse perceber noto alguém passar rapidamente por onde eu estava esbarrando levemente em meu corpo. Volto minha atenção para a bebida sem álcool no balcão e bebo, sentindo dessa vez um gosto estranho invadir minha boca.
NARRADORA
Algum tempo se passa e Carla se sentia completamente tonta. Estava totalmente fora de controle e antes que pudesse tentar fazer algo sente alguém a puxar para outro lugar. A loira parecia presa dentro de si mesma, sentia mãos tocarem seu corpo contra sua vontade até ser novamente puxada para fora da balada. O mundo a sua volta parecia girar, queria gritar e pedir socorro, pedir que alguém impedisse aquelas mãos violentas de colocá-la dentro daquele carro desconhecido, mas não conseguia fazer absolutamente nada. A jovem é arrastada para dentro do veículo, mas antes que pudesse ser jogada dentro do mesmo, Carla sente braços fortes a puxarem para fora em um movimento repentino. Seus ossos pareciam ser feitos de gelatina e se sentia cansada e sonolenta. Podia ouvir uma discussão ser iniciada, mas não conseguia identificar aquela voz. Tudo o que sentiu foi seu
corpo desabar à tempo de ser
amparada novamente pelos braços
protetores que haviam lhe salvado.___________________________________________
Eitaaa, quem será que ajudou a Carlinha?
Foi o Arthur ou um novo herói que chegou para balançar o coração da Sra.Diaz Picoli? 👀
Continuo com 30 comentários!!!
💥💣
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Contrato - Carthur
FanfictionO que dizer quando o destino decide unir duas vidas de uma forma nada convencional? Aos 27 anos de idade Arthur Picoli é um dos jogadores de futebol mais idolatrados da atualidade. Mas apesar de todo o talento, o loiro esconde dentro de si cicatriz...