Capítulo 7

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DIA SEGUINTE

NARRADORA

Arthur acorda com o corpo suado enquanto tentava acalmar sua respiração ofegante. Não havia nada que pudesse fazer para evitar. Os pesadelos sempre voltavam e Picoli sabia que sempre voltariam. Antes que pudesse se levantar da cama o loiro vê a porta ser escancarada em um movimento rápido, o fazendo praguejar mentalmente.

"Será que ele não sabe bater na porta?"

- Vamos, está na hora de se arrumar, noivinho! Hoje é o grande dia e daqui à pouco você encontrará sua linda noiva!
O jogador revira os olhos diante do elogio feito à Carla e se levanta da cama sem entender muito bem o motivo de sua irritação.

- Cala a boca!

- Tá bom! Sinto pena da Carla, ela que vai ter que aguentar esse seu mal humor diário. Tadinha! Apesar de eu achar que talvez ela possa dar um jeito nesse seu humor negro.

- Não enche, isso é só um contrato, você sabe disso!

- Eu sei, amigão! A questão é: você tem certeza disso?!

Ronan questiona dessa vez sério e não demora a sair, deixando para trás um Arthur totalmente pensativo. As horas se passam em um piscar de olhos e o momento tão esperado havia chegado. Mesmo sendo uma farsa haviam decidido fazer o melhor para que todos acreditassem, e mesmo sendo uma cerimônia pequena, com certeza daria o que falar. Picoli remechia as mãos nervosamente enquanto olhava para a porta à sua frente. Já havia perdido as contas de quanto tempo estava ali esperando. O loiro olha para Ronan buscando a certeza de que Carla não havia fugido. Seu futuro estava nas mãos da jovem naquele momento, mas antes que pudesse pensar em mais alguma bobagem sua atenção se volta para a entrada, não conseguindo evitar as estranhas batidas aceleradas de seu coração. Ela estava simplesmente linda, e por mais que tudo aquilo fosse uma mentira não poderia negar tal realidade. Diaz caminhava lentamente em sua direção, e após o que pareceu uma eternidade suas mãos encontram com às de Arthur.

"Que comece o show!"

Há cada minuto que se passava Carla podia sentir suas mãos suarem e seu coração bater com mais intensidade. A cerimônia já havia se iniciado e podia sentir o olhar constante de Arthur sobre si. Estava nervosa e com certeza ele havia percebido isso, pois logo a jovem sente a mão quente do jogador segurar a sua, à fazendo respirar fundo enquanto o encarava. Após se perder na beleza do noivo por alguns instantes Carla volta sua atenção para a cerimônia, sorrindo levemente ao sentir a carícia suave que Arthur fazia em sua mão levar todo seu nervosismo para longe.

"Talvez ele não seja tão babaca assim!"

O tempo continua a se passar e agora o casal se encontrava frente à frente. Havia chegado o momento dos votos, e após isso não demoraria para que a condição principal do contrato fosse consumada.

- Eu, Arthur, aceito você, Carla, como minha legítima esposa e prometo amar-te e respeitar-te na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias da minha vida, até que a morte nos separe.

- Eu, Carla, aceito você, Arthur, como meu legítimo esposo e prometo amar-te e respeitar-te na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias da minha vida, até que a morte nos separe.

Ambos declaram vidrados no olhar um do outro, não demorando a ouvirem a voz do padre os trazer de volta ao mundo real.

- Pelo poder a mim investido, eu vos declaro, marido e mulher! Pode beijar a noiva!

O Contrato - CarthurOnde histórias criam vida. Descubra agora