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A primeira coisa que eu percebi quando o elevador fechou, foi que não estava descendo e sim subindo. Sei que a cobertura é dos irmãos, mas nunca subi até lá, mesmo tendo acesso e a senha.O elevador parou e ele me guiou para fora. Pediu para eu continuar com a venda, digitou o que eu imagino ser a senha de acesso e me guiou assim que a porta se abriu.
- Me dá sua bolsa.- Dei a bolsa em sua mão.- Deixarei ela aqui, mas vamos para outro lugar.
- Tá me deixando ansiosa, Edmond.
- Estamos quase chegando, só precisamos subir uma escada.
- E tudo bem pra você?- Pergunto preocupada.
- Está tudo bem. Vamos?- Concordo com a cabeça e ele me guia.- Sobe o primeiro degrau.
Subimos as escadas e ele abriu outra porta, mas assim que a porta foi aberta, saiu um vento forte no meu rosto. Ele me guiou mais para frente e parou. Senti ele saindo detrás de mim, parando exatamente na minha frente.
- Pode tirar a venda.
Eu não espero nem um segundo, apenas puxo o pano para baixo e encaro Edmond chocada. Ele sai da minha frente e eu fico impressionada com tudo que vejo.
- Você fez isso tudo para mim?- Pergunto encarando ele.
- Infelizmente você save que não posso ficar subindo e descendo as escadas, tanto que essa é a primeira vez que vejo isso pessoalmente. Mas eu que escolhi como queria e dei a ideia para cada detalhe. Você merece tudo isso e muito mais.
- Edmond.- Eu estava emocionada.- Está incrível isso. Não importa se não foi com suas mãos, você pensou tudo isso e só o fato de ter feito isso, já me deixa feliz e emocionada.- Ele enxugou a lágrima solitária que me escapuliu e beijou a ponta do meu nariz.- Obrigada.
- Sem agradecimento.- Me virei para analisar cada detalhe.
Na nossa frente tinha uma mesa, com um balde de gelo e uma garrafa de vinho. Tinha pétala de rosas por cima da mesa.
Tinha velas espalhadas por todos os lugares, mas para o bem de nossas vidas, estavam dentro de um recipiente de vidro.
Percebi que a mesa estava no centro do heliporto e ao lado tinha um colchão de casal, com uma tenda em cima e lençóis em volta, com várias pétalas espalhadas. Tinha algo em cima do colchão, assim que eu ia na direção, ele segurou minha mão.
- Nem pensar, aquilo é para depois.- Fiz bico e ele sorriu.- Vamos comer?- Concordei.
- Está tudo muito lindo.- Beijei sua bochecha e ele sorriu tímido.
Ele estava um completo cavalheiro, puxou a cadeira para eu sentar e sem seguida sentou-se de frente para mim. Vi o momento que ele pegou o celular e mandou uma mensagem.
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Edmond Lamartine
Romance🔻[Não revisado.] Livro I - Os Lamartine A vida de Edmond mudou drasticamente aos 18 anos e nunca mais foi a mesma. O garoto alegre e brincalhão se tornou em um homem fechado e depressivo. Tudo começa a mudar, depois que ele abre a porta de seu mun...