capítulo 62

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Duas semanas se passaram desde que Charlote voltou para o escritório e as coisas fluem de um jeito surreal de bom, parece que nossos pensamentos se completam

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Duas semanas se passaram desde que Charlote voltou para o escritório e as coisas fluem de um jeito surreal de bom, parece que nossos pensamentos se completam. Ontem pegamos um caso de feminicídio, meu primeiro caso como advogado. O principal suspeito é o ex marido que se encontra preso até segunda ordem. Ele nega que tenha matado a ex esposa, mas tudo aponta para que tenha sido ele, por isso o pai da moça assassinada veio nos procurar e contratou nosso trabalho por indicação de um velho amigo. Não é querendo me gabar, mas o meu escritório é famoso por não perder casos, principalmente quando se trata de casos como esse. O cara é de uma família rica, então a TV só transmite esse assunto e está estampado em todos os jornais da cidade.

Termino de revisar umas papeladas importantes e vou atrás do motivo dos meus sorrisos nos últimos dias. Pego meu paletó azul marinho sobre minha cadeira e o visto antes de sair da sala. 

Charlie foi ver nosso filho já que terminou o que tinha para fazer antes de sairmos para almoçar. Entro na sala ao lado e sorrio com a cena. Adrien fazendo voz fina e beijando a barriga do Théo a cada 5 segundos. Enquanto Charlie está fazendo careta, mas segurando a vontade de rir do meu irmão.

- Quem é o tio mais lindo, inteligente e que você mais ama?- Ele fez voz de bebê.

- Meu Deus, Adrien. Meu filho vai ficar traumatizado, os custos da psicologa será por sua conta.

- Que absurdo. Você está ouvindo isso, pequeno?

- Saiba que se ele ter pesadelos a noite, você passará a noite acordado com ele.- Entro na brincadeira e vejo a cara de indignado do meu irmão me fazendo rir em seguida.- Vamos almoçar?

Como hoje o dia está mais tranquilo, chamei Charlie para almoçar fora. Ela sorriu encantada, mas disfarçou e aceitou escondendo um sorriso.

Não que eu tenha sido um péssimo namorado, mas por conta do meu passado eu não saia de casa, então não tive oportunidades de sair com elas para fazer coisas simples assim.

- Quer ir conosco, irmão?- Pergunto assim que entramos no elevador.

- Gostaria muito, mas irei me encontrar com um amigo meu agora.

- Deixa para próxima então.- Falo quando as portas se abrem na recepção.

Eu avisei para Jonas nos esperar na entrada, que já estávamos de saída. Adrien ia pegar o carro na garagem, então nos despedimos e saímos do elevador. Guiando Charlie pela cintura como sempre faço, sou parado por Matias, um dos meus advogados. Ele nos cumprimenta e pergunta se eu tenho um minuto para ouvir o que ele tem a dizer, eu ia falar que não, mas ele insistiu e imaginei que assunto ele queria falar, então pedi licença para a Charlie e fui até um canto mais afastado para conversar com ele.

Ele me deu ótimas notícias e fiquei até feliz em saber, mas meu sorriso foi morrendo aos poucos quando olho para o lado e vejo um cara alto e loiro que não reconheço, cumprimentar Charlote com beijos e abraços. Algo cresce no meu peito, uma sensação horrível, uma raiva absurda, quando vejo já estou largando Matias falando sozinho e seguindo de encontro a mãe do meu filho.

Edmond LamartineOnde histórias criam vida. Descubra agora