🔻[Não revisado.]
Livro I - Os Lamartine
A vida de Edmond mudou drasticamente aos 18 anos e nunca mais foi a mesma. O garoto alegre e brincalhão se tornou em um homem fechado e depressivo.
Tudo começa a mudar, depois que ele abre a porta de seu mun...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Adrien acabou de sair daqui e só de saber que a verei, meu coração erra uma batida. Eu fui um completo idiota e assumo minha culpa. Espero que ela possa me perdoar, eu preciso do perdão dela para eu me perdoar.
Uns minutos depois escuto uma batida fraca na porta e me ajeito na cama, respondendo que pode entrar.
A porta abre e primeiro vejo seu rosto um pouco mais pálido, mas igualmente linda como sempre. Seu sorriso tímido assim que ela fecha a porta atrás de si.
- Charlie.
Foi a única coisa que saiu da minha boca. Seu sorriso fraco não disfarçou as lágrimas que caíram. Ia tentar o máximo segurar as lágrimas, mas ao vê-la chorar, não consegui me conter.
- Edmond.- Sua voz doce e suave chegou ao meu ouvido como uma melodia.
- Pode me dar um abraço?- Fiquei sem jeito de pedir, mas eu precisava sentir seu calor.- Por favor!- Ela balançou a cabeça em concordância e veio até a mim.
Ela me abraçou e pude sentir a saudade nesse abraço. Ela também desejava isso. Um soluço saiu dos seus lábios e ela enterrou a cabeça no meu pescoço. Minhas lágrimas já estavam sem controle.
- Me perdoe!- Comecei antes que eu não consiga mais falar.- Sei que fui idiota, sei que escondi coisas de você. Mas irei te contar tudo e depois você decida se me perdoa ou não.
Ela não disse nada, se afastou, mas continuou sentada na cama. Apenas um movimento de cabeça pedindo que eu continuasse.
"Eu não esqueci o meu passado, eu não me perdoei pelo acidente, eu me culpo e agora estou fazendo acompanhamento para aceitar que não tenho culpa. Eu nunca visitei os túmulos delas, não fui ao velório, nem ao enterro. Eu mantenho a casa onde íamos morar intacta, com o quarto da minha filha montada. Eu não aceito a morte delas e isso não deixa eu seguir em frente. Eu achei que tinha aceitado quando te conheci, quando me apaixonei por você, jurei que tinha seguido em frente. Até o dia do aniversário dela, em seguida o dia em que elas faleceram. Eu fui um idiota com você e tem razão de não me perdoar, não estou querendo justificar o meu erro, mas seu pai não perdia uma oportunidade de encher meu ouvido com mentiras, até o último dia que ele me contou que meu irmão te pagou para dormir com um aleijado. Eu estava com crises de ansiedade por estar perto da data, então eu te afastei de mim, porque você não merecia estar comigo. Eu afastei as duas pessoas que eu mais precisava que estivessem ao meu lado, segurando a minha mão. Eu fui um idiota e aceitei ser manipulado por outro idiota. Preciso que me perdoe, mesmo te amando, deixarei que vá mesmo sofrendo e querendo que fique ao meu lado.
- Eu fui burra. Eu deveria ter notado que precisava de ajuda. Mas eu sempre te dei espaço, nunca quis invadir sua privacidade, então dei um tempo para você acalmar, mesmo sabendo que o que disse nunca foi verdade para você. Então não tenho o que perdoar, eu na verdade tenho que pedir perdão por não ter insistido e segurado sua mão.- Ela limpou minhas lágrimas, mas não adiantaria.- Eu te amo, Edmond. Eu não preciso te perdoar por nada. Mas já que precisa do meu perdão, eu te perdoo. Sobre meu pai, pode deixar que o dele tá guardado, só não o processo por acedio porque não tenho provas, mas ele que venha querer mandar na minha vida, vou mostrar com quantos paus se faz uma canoa.
Eu a puxei para mim e a abracei apertado, não querendo soltar nunca mais. Vou ser melhor por nós dois.
- Segundo a minha sogra, eu preciso me amar primeiro, para te ama. Então tenho algo para te dizer.
Ela virou para mim novamente e eu contei qual foi a minha decisão, ela ouviu sem falar nada e quando terminei, me deu total apoio e disse que não soltará mais a minha mão, me deixando mais feliz e com mais vontade de melhorar.
Pedi para que ela chamasse minha família, entre aspas, já que eu já tinha contado para meu pai e Adrien.
A porta se abriu, Adrien veio na frente, Jean, Jade e por último a minha mãe. Seus olhos fundos denunciando que andou dormindo mal e chorando, me sinto um idiota por isso. Ela correu e me abraçou chorando. Sei que a vontade de me xingar e bater é grande, me dá até vontade de rir, mas também sei que ela está se segurando por pedido da psicóloga. Estão me tratando como um vidro.
- Meu filho lindo.- Ela alisou meu rosto.
- Errou de filho mãe.- Adrien gritou do fundo.
- Todos meus filhos são lindos iguais.
- Menos a Jade.- Aí.- Mãe, essa pirralha está agressiva.
- Família, preciso dar um comunicado a vocês.- Minha mãe se afastou e foi até meus irmãos, todos focaram sua atenção em mim. Charlie estava lá atrás, mas a chamei para sentar ao meu lado.- Eu descobri que estou doente, na verdade eu sempre soube, mas agora estou aceitando meu estado de saúde. Quero pedir perdão para vocês, por ter sido egoísta e vocês sabem o que fiz, então me perdoem. A culpa não foi de nenhum de vocês.- Olhei para Adrien.- Foi apenas minha. Eu precisava de ajuda e não pedi. Conversei com a psicóloga e cheguei numa decisão. Ficarei até o dia de ação de graças, depois irei para um SPA de férias, na verdade é uma clínica de reabilitação, mas a psicóloga disse para eu não chamar assim.- Falei sussurrando essa última parte.- Ficarei lá 5 meses.
- Pode receber visitas?- Meu irmão Jean perguntou.
- Não. Esse é o problema, a clinica é nos EUA, mas posso receber ligação aos sábado e domingo, também poderei receber ligação no Natal e ano novo.- Charlie entrelaçou sua mão na minha.
- Se é o melhor para você, eu te apoiarei.- Jean veio até a mim e deixou um beijo na minha cabeça.
- Eu também apoio, maninho.- Jade me abraçou apertado e deu um cheiro na minha bochecha, mania desde quando era bebê.
- Sempre terá meu apoio.- Adrien sorriu e mandou beijo de longe. Já que me encheu de beijos hoje e eu quase o bati.
- O apoio de vocês são importantes demais para mim. Amo vocês.
- Eu te coloquei no mundo, te dei a vida.- Minha mãe começou a falar e fiquei meu olhar nela, assim como os demais na sala.- Mas faz muito tempo que não te vejo com vida. Essa menina.- Ela apontou para a Charlie com a cabeça.- Fez você chegar mais perto de vivo outra vez, ela fez seu olho brilhar como eu não via a muito tempo. Mas eu vi você quase sem vida por muitos dias, agora olhando nos seus olhos, não conheço o filho que dei a vida. Se for para você trazê-lo de volta, se for para você ser feliz, eu apoio tudo. Porque minha missão aqui nessa terra, é fazer meus filhos felizes.
- Vem aqui me dar um abraço.- Ela me abraçou apertado.- Eu amo você. Eu amo todos vocês nessa sala, mas agora quero ficar a sós com a Charlie outra vez.
- Ele tá ficando abusado. Estamos criando um monstro.- Adrien saiu resmungando.
......
Nuuuuuu capítulo finalizado como prometido. Meu Deus... nem respirei.🥵🥵 Não precisam me matar, viu como não sou má. Sou boazinha.😔😔
