capítulo 3

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META: MUITAS CURTIDAS E MUITOS COMENTÁRIOS. CONTO COM VOCÊS 😁

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Esse final de semana sobrevivi mais um dos jantares em família, mas sei que minha mãe não vai me deixar em paz por muito tempo, como é aquele ditado mesmo? "Quando o diabo não pode, manda seu secretário", algo assim

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Esse final de semana sobrevivi mais um dos jantares em família, mas sei que minha mãe não vai me deixar em paz por muito tempo, como é aquele ditado mesmo? "Quando o diabo não pode, manda seu secretário", algo assim. Isso que minha mãe faz, ela manda Adrien ficar enchendo meu saco e aquele ali quando quer, consegue ser insuportável.

- Vamos, irmão. Diz que sim vai. Faz anos que não fazemos nada de irmãos e é só uma noite. O jogo começa às nove, a gente assiste, bebe umas cervejas e conversa um pouco. Isso não vai te matar.

- Você vai parar de encher meu saco por um tempo?

- Sim, eu prometo.- Ele me olhou com aquela cara irritante que ele faz quando quer algo.

- Tá bom, apareço antes das nove por lá.

- ISSO AI PORRA.- Olho feio para ele.- Desculpa, fiquei empolgado.

- Agora já pode ir. Parece que você não trabalha, está sempre aqui me irritando. Eu ao contrário de você, tenho muita coisa para fazer.- Saiu resmungando.

Meu pai comprou um edifício de nove andares e quando cada um completou 18 anos, ele nos presenteou dois andares para montarmos nossos negócios. Adrien tem um escritório administrativo em um e de marketing em outro, só não entendo porque nunca está trabalhando. Minha irmã mais nova Jade, tem uma academia em um andar e no outro um spar. Meu irmão mais velho Jean, tem uma academia de seguranças, algo assim. Já eu, tenho um escritório de advocacia. Na cobertura tem quatro quartos com suíte e closet, cozinha, sala banheiro, tem uma piscina e uma sala de jogos. Quem aproveita mais é meu irmão Adrien e minha irmã quando ela está aqui em Paris, já que está terminado a faculdade em Londres.

Jean foi para o exército e em seguida para a polícia, Adrien foi para Londres estudar quando completou 18 anos, assim como minha irmã Jade está fazendo. Eu fui o único que não saiu de Paris, mas sai de casa aos 18 anos, ao contrário de Adrien que ainda mora com meus pais.

......

Passo a tarde relendo uns papéis de um caso que caiu nas mãos de uns dos meus melhores advogados, Ralf Ahmed. Ele é criminalista e pegou um caso de abuso sexual. É um caso muito pesado e absurdo, me enoja ter que ler isso aqui e saber que não poderei fazer nada pessoalmente, mas farei de tudo para ajudá-lo a conduzir.
O padrasto está sendo acusado de abusar de sua enteada de nove anos, segundo a criança, ele já passava as mãos pelo seu corpo antes, que a deixava incomodada, mas teve uma noite que ele entrou no seu quarto.

- PUTA QUE PARIU.- Grito socando a mesa.

O pior é ler o relato dela e imaginar a cabeça da criança depois disso tudo. Pessoas que cometem esse tipo de coisas não são seres humanos, deveriam queimar como pena de morte. Ser preso é pouco para pessoas assim. Ver a foto dela acabou mais ainda comigo, ela estava de vestido rosa claro, com o cabelo preso no alto da cabeça e segurava uma boneca de pano nos braços. Com um olhar tão inocente. Essa foto foi tirada no seu aniversário de nove anos.

Fecho a pasta do caso, coloco na gaveta e a tranco. Pego meu paletó, minha maleta e saio da sala, falta pouco para as nove e essa hora só há os seguranças no prédio e meus irmãos lá em cima me esperando.
Quando aperto o botão do elevador, escuto um barulho, em seguida um grito.

- Tem alguém aí?- Depois pelo o que parece um choro.

Sigo em direção ao banheiro feminino e assim que abro, me assusto ao ver Charlote Lively no chão sujo e segurando a perna.

- O que aconteceu aqui?- Ela olha com uma expressão de cansada e choraminga.

- Doendo. Muito.- É o que diz antes de desmaiar.

Me assusto e sem pensar muito, a pego no colo e levo para fora, descendo direto para a garagem. De longe eu vejo meu motorista Jonas escorado no carro e assim que me vê, ele abre logo a porta e entra apressado.

- Desculpe a pergunta, mas o que aconteceu com a menina?

- Não sei. A encontrei no banheiro assim.

- Vamos levá-la para onde?- Boa pergunta.

- Para minha casa. E ligue para Dr. Antony no caminho, diz que é urgente.

- Certo.

Chego em casa, coloco ela deitada em minha cama e 5 minutos depois o Dr. Antony chega. Ele é meu médico há uns dez anos e confio totalmente nele para isso. Ele toca no tornozelo dela e ela acorda, mas volta a reclamar de dor e apaga novamente.

- Não foi nada grave, ela felizmente não quebrou o tornozelo, mas torceu e creio que não está conseguindo se manter acordada pela dor que deve está sentindo no momento. Vou aplicá-la uma injeção para dor e creio que ela dormirá até amanhã, assim acordará melhor. Também colocarei uma bota ortopédica e ela terá que ficar por duas semanas usando, aí depois eu terei que analisar o pé outra vez.

- Muito obrigado, Doutor.

Quando ele vai embora, eu tomo um banho, coloco uma calça de moletom preta e uma blusa de manga comprida também preta, como algo na cozinha e antes que eu chegue no quarto, meu telefone toca.

- Porra, Edmond. Você disse que viria.

- Ouve um imprevisto.

- Cara, a gente te ama e é normal querer ficar perto de você, mas você não uma chance. Sabe quanto tempo a gente não faz isso? mais de dez anos. Você é a porra do nosso irmão e você prometeu que viria.- Adrien estava chateado.

- Ouve um contratempo e antes que você pense que estou mentindo, vou te explicar o que aconteceu. Eu estava chamando o elevador para subir pra cobertura, mas escutei um grito e fui atrás, então encontrei a senhorita Lively no chão do banheiro e assim que entrei, ela desmaiou.

- Porra. O que houve com a Charlie?

- Torceu o tornozelo, mas apagou por causa da dor.

- Como pode ser tão desastrada? No aniversário dela comprarei uma roupa de saco bolha de presente. Ela está no hospital?

- Não. Sabe que não gosto de lá. Eu a trouxe para minha casa e chamei Dr. Antony.

- Sua casa?

- Tchau, Adrien. A gente marca para sexta feira, tá? Eu não gosto de quebrar promessa.

Sento na cadeira que fica no canto do quarto e fico ali admirando ela dormir, então acabo pegando no sono.

Edmond LamartineOnde histórias criam vida. Descubra agora