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Livro I - Os Lamartine
A vida de Edmond mudou drasticamente aos 18 anos e nunca mais foi a mesma. O garoto alegre e brincalhão se tornou em um homem fechado e depressivo.
Tudo começa a mudar, depois que ele abre a porta de seu mun...
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Para adiantar, fui com o Théo para seu quarto, dei um banho rápido nele, coloquei a fralda e o enrolei em um mini roupão. Quando cheguei no quarto, Charlie estava secando os cabelos no banheiro, avisei que cheguei e ela veio quase pronta, já estava maquiada e com a parte de baixo vestida com uma saia apertada preta, quatro dedos acima do joelho e um pequeno corte na lateral esquerda, para meu azar ou sorte não sei, estava sem nada na parte de cima.
- Demorou.- Disse ao se sentar e colocar o aparelho de tirar leite no seio direito.
- Adrien fez graça ao entregar ele, também aproveitei para dar banho nele.- Ela me olhou com carinho e pediu nosso filho.- Só não o arrumei, porque ele sempre acaba se molhando de leite.
- Você é maravilhoso.- Segurou meu pescoço e me deu um beijo, que foi interrompido com um resmungo.- Acho que alguém está impaciente.
- Vou deixar vocês ai, qualquer coisa me chama.- Deixei um selinho em seus lábios e desci para a cozinha.
- Ei, demorou tanto por quê?- Adrien falou emburrado.- Agora posso comer?- Ele perguntou a Leila e ela sorriu concordando.- Não sei porque eu preciso esperar.
- Será que é porque você come tudo?- Leila passou por trás dele o acertando na cabeça.- Bom dia, Edmond. Onde está minha menina?
- Bom dia, Leila! Ela está amamentando, já desce para tomar café.- Virei para meu irmão que estava se acabando no bolo, parecendo que estava a dias sem comer.- E você? Só veio para o café da manhã?
- Na verdade, sobre isso...- Ele sorriu e eu sabia que tinha aprontado.
- Seu irmão chegou aqui de madrugada e não sabia nem quanto era dois mais dois. Estava muito bêbado, tive que ajudar a encontrar o quarto, pedi ajuda do segurança porque ele não estava se aguentando em pé.- Leila o entregou.
- Leila.- Disse emburrado.- Pensei que era minha amiga, estou de mal com você até segunda ordem.
- Para de graça, é só eu fazer algo que você gosta de comer, que você volta a a falar comigo.- Ela sorriu da cara emburrada dele e continuou.- Edmond é meu patrão e devo sempre a verdade, sem contar que não gosto nada de te ver assim caindo pelos cantos, um cara lindo desses se acabando no álcool, eu me preocupo com você.- Ela passou por trás dele e acariciou seu cabelo que estava solto.
- Eu vou parar com isso, Leilinha. Eu também não gosto de ficar assim, mas as vezes me bate uma bad e quando vejo já estou bêbado.
- Você sabe que eu te amo, irmão.- Comecei a falar, mas ele me fez revirar os olhos por sua cara assustada.- Não é para tanto, nunca neguei que lhe amava e com passar dos anos você foi o irmão que eu mais tive intimidade, o único que eu deixei se aproximar tanto, que eu ouvia os conselhos e que me entendia. Então agora quem lhe dará um conselho será eu.- Ele fez careta, mas continuei.- Você tem que parar com essa vida maluca de baladas e bebidas, sei que você tem algo que esconde da gente, mas não pode colocar sua vida em risco. Uma vez você me fez prometer que não iria desistir, não fui forte o suficiente para cumprir a promessa, mas você sempre foi mais forte que eu, você precisa seguir o conselho que me deu e não desistir da sua vida, poque está se matado aos poucos com tanto álcool.
