#ÉPascal
Fomos hoje para a casa de Yoongi ensaiar. Afinal, ja fazia um bom tempo que eu não visitava o lar do branquelo. Agradeço às barbas do caldeirão pela senhora Min, avó dele, estar viajando com os filhos. Dessa forma eu consegui me manter sóbrio, sem as baboseiras que a velha insiste em alertar. Me causa arrepios as encaradas dela, inclusive, a idosa diz que eu sou um fantasma vagando pelo mundo. Diz que eu sou um tipo de metamorfo ambulante. Quando digo, enraivecido, que sou apenas um jovem de dezoito anos, a avó de Yoongi lança os sapatos velhos dela na minha face.
Ela é doida.
Confesso que às vezes sinto medo. A careta de espanto dela ocasiona várias estripulias no meu interior, como o fato dela também pronunciar com todas as sílabas que eu morri anos atrás.
A verdade é que eu não vivencio a emoção de ser um cadáver. Poderia considerar as falas dela, porém sinto-me vivo.
Extremamente vivo.
Não é o que ocorre com o Jeon. Ele assemelha ser um cadáver no corpo de um humano, e disso não há dúvidas pertinentes.
Conforme ando para casa, saindo do lar de Yoongi, um arrepio atinge minha coluna vertebral, gerando calafrios entre os dedos. É a floresta. Ela me chama todas as vezes em que ouso pisar na calçada cheia de plantas, fala de um jeito claro que precisa de mim. E eu não sou capaz de decifrar; é perigoso. Qualquer passo em falso, pode ser o meu último dia na terra, e tudo que espero é conseguir me graduar na UNB. Mesmo lutando contra os meus demônios internos para não atravessar a linha, um vulto chama a minha atenção entre as árvores.
Há uma pessoa lá.
Uma pessoa forte, pois as folhas secas denunciam as passadas de pernas atingindo o chão.
Meu corpo todo se mantém em ebulição, causando-me temores de incertezas. As pontadas de curiosidade fazem com que os meus pés caminhem para dentro da floresta, e ela é bastante bela aos meus olhos. As corujas cantam sincronizadas enquanto as folhas secas dos galhos caem.
Eu estou dentro da floresta. E é de noite.
Minha pulsação acelera quando experimento um vento quente batendo contra a nuca. Restando somente pavor no meu físico, peço:
Que Lilith guarde-me nas garras infernais, que seu sangue abasteça a minha coragem. Que o inferno dilacere minha alma.
— Neima — sussurro.
Soltei o oxigênio preso, fechando os olhos com força. Droga, eu não deveria ter entrado. Não deveria ter desobedecido Jean.
— Sua mãe esqueceu de te ensinar que ir atrás de estranhos pode te colocar em enrascadas? — A pessoa murmura. Meus tímpanos quase derretem.
É o Cigarrento.
— Jeon...
— O que faz aqui à essa hora?
Ele está impaciente. Com o que ele está impaciente? Eu interrompi algo que faria?
— Eu só entrei na floresta, nada demais — digo, coçando a nuca. Lilith que me acuda. — E o que você faz aqui?
Um pigarro é ressoado no pé de meu ouvido, e vejo-me obrigado a endireitar as costas. Bem, transparecer um pouco de segurança nessa situação é a melhor coisa.
— Vim para admirar a floresta — fala simplista, rouco. — Você não tem medo, Chapeuzinho?
— Eu já lhe disse para parar de me chamar assim! E por que eu teria medo?
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Nova Salém | pjm + jjk
Fanfiction[EM ANDAMENTO] Tendo sonhos repetitivos com um desconhecido morrendo, Park Jimin entrou num estado de torpor. Afinal, não sabia quem era o dono das vestes pretas e coturnos surrados. O dono de um rosto tão bonito que aparentava nutrir-se de toda be...