Vigésimo quarto Capítulo

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Notas da autora:

Depois de duas semanas de surto sobre os Show do Louis e da turnê do Harry, finalmente estou aqui! Não tem como viver com esses dois tão presentes, gente, eu estive bitolada por isso a semana toda e também umas confusões mentais, mas enfimmmm, vocês querem ler, né!? akakakkaka

Eu dedico esse capítulo todinho à uma leitora maravilhosa que está comigo e essa história já há algum tempo, a Alecrim17 ! Os momentos ruins passam como o vento, meu amor. Fica tranquila e aproveite cada ensinamento dos sentimentos bons e dos ruins.

Muito amor ♥️♥️♥️

Boa leitura! ;)

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     Liam dirigia tranquilamente pelas estradas que iam de volta para Milão, batucando os dedos no volante no ritmo constante da música e tentando flertar com Zayn a cada minuto. Louis, tomado pela irritação e a massa de nébula branca em sua mente, não queria dizer que estava achando aquilo desagradável e cansativo, mas ele estava.

Quando você imagina a pessoa ideal com quem quer estar e passar sua vida toda, você idealiza alguém interessante, bondosa, que tem pais legais e amigos divertidos, e visualiza que vocês se tornarão uma família só, envolvida por amor e alegria pelo resto da vida; o chamando conto de fadas. Mas não.

    A única pessoa com quem Louis arquitetou um futuro e visualizou uma vida conjunta repleta de sorrisos, paixão e sexo em lugares inusitados, não só havia fatalidades trágicas vestidas de vermelho em seu passado, como também pretendia haver sangue em suas próprias mãos, escorrendo sobre toda a sua dor e manchando sua angústia como um quadro em branco, esperando que aquilo fosse limpar todo o melodrama de uma vida infeliz. Mas como ácido fluorantimônico, aquilo destruiria não só a história por trás do tormento de Harry, mas seria uma avalanche devastadora e violenta que queimaria cada coisa que visse pela frente.

— Louis! — Zayn chamou o amigo, dessa vez mais alto. — Seu celular está tocando!

O mais velho abriu os olhos, zangado e com dificuldade, e então pegou o aparelho barulhento ao seu lado. A tela anunciava uma ligação de Niall e foi só naquele momento que sua atenção finalmente se fez presente ali. Eles estiveram esperando por aquilo durante toda a viagem.

— Ei. Fale.

— Companheiro, — disse com a entonação de voz indecifrável para a mente perturbada de Louis — onde estão?

— Há 20 minutos de Milão. Diga logo — reclamou, impaciente.

— Venham para o hospital.

Os olhos azuis se arregalaram e os ambares atentos aos movimentos do amigo fizeram o mesmo. Liam, preso na imagem do retrovisor, não conseguiu prender o sorriso em seu rosto e pisar mais fundo no acelerador.

Gerar uma vida é algo que, se pararmos para pensar, transcende a nossa linha de raciocínio. É uma somatória de 1+1 que, estranha e curiosamente, pode vir a resultar em 1, 4 ou até mesmo, nos casos mais inusitados, 8. É uma obra de arte lapidada pelo DNA conjunto que demanda tanto do corpo gerador que passa até mesmo a ser um sacrifício, ainda que desejado e adorado. E para Hailee e Niall, após tanto tempo tentando e ambicionando o nascimento de um filho, fora o acontecimento mais precioso e encantador de suas vidas.

Caminhando por aquela ala, mais pacífica e silenciosa impossível, Louis percebeu o quanto a chegada de um novo ser, considerada apenas tábula rasa pela psicologia diretiva, era importante para a humanidade, e consequentemente ou não, também para ele. Novas vidas, assim como quadros em branco, surgiam a todo instante, e assim também, transcendia uma expectativa enorme de colorir e ser colorida, sentir-se admirada e valer a pena a passagem pela trágica caminhada que chamamos de existência.

𝐖𝐚𝐧𝐝𝐞𝐫𝐢𝐧𝐠 𝐇𝐚𝐧𝐝𝐬 - EM CORREÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora