𝐓𝐄 𝐕𝐈 𝐍𝐀 𝐑𝐔𝐀 𝐎𝐍𝐓𝐄𝐌 ; hinata shoyo

4.6

   Remexeu o corpo suavemente de maneira preguiçosa, um riso fraco escapou de seus lábios ao sentir alguém deixar beijos suaves contra a pele de seu pescoço; estava completamente esparramada contra o corpo do ruivo, o ar suave da manhã arranhava a pele de sua bochecha com cuidado, um cobertor felpudo protegia seus corpos, ainda estavam deitados contra o fundo da picape preta, não sabia ao certo quando ou como acabou por pegar no sono, abriu os olhos devagar, bocejou, o sentiu rir baixinho contra sua pele, você ergueu a mão em direção aos próprios olhos fitando o anel contra a luz do sol, quase como se quisesse ter certeza de que aquilo não era um sonho.

   — Bom dia, mocinha.

   Ele murmurou com a voz baixa, abraçou seu corpo mais forte por entre os próprios braços, você sorriu de maneira preguiçosa, levantou o rosto o encarando ali, encolheu os ombros.

   — Bom dia, ruivinho — disse com a voz quebradiça pelo sono, curvou o corpo suavemente sobre o dele, deixou um beijo fraco contra sua bochecha, ele resmungou baixinho —, não vou te beijar, não trouxe minha escova de dentes.

   Disse séria, ele riu antes de revirar os olhos castanhos com uma expressão de tédio.

   — Por favor, você realmente acha que eu me importo com isso? Vamos dê um beijo no seu noivo.

   — Nem pensar.

   — S/N!

   — Não me chame pelo nome, Shoyo Hinata! 

   — Então me dê um beijo de bom dia, por deus! 

   Ele reclamou agarrando suas bochechas com uma das mãos, você resmungou baixinho quase que desesperada tentando se afastar de seu toque, riu alto ao o sentir deixar um beijo forte contra sua bochecha; parou de rir pouco a pouco, sua mente teve um estalo arregalou os olhos quase que desesperada saindo de perto dele rapidamente, se sentou de uma vez.

   — Merda, merda, merda, prometemos que levaríamos a Orie no santuário de pandas quando amanhecesse, ela deve estar acordada esperando.

   Disse rapidamente se embolando nas próprias palavras enquanto guardava as coisas rapidamente na cesta de piquenique, Shoyo arregalou os olhos castanhos, se levantou rapidamente lhe ajudando a ficar de pé, saíram da parte de trás da picape em direção as portas das frentes, se sentou no banco do passageiro rapidamente o vendo entrar pela porta do motorista, ligou o carro de modo ansioso, respirou fundo.

   — Não acredito que consegui esquecer isso — o homem murmurou enquanto dava partida no carro, respirou fundo deixando o campo por fim, pressionou os lábios enquanto voltava em direção a estrada —, vamos contar para ela do casamento?

   Ele indagou com a voz baixa, coçou a garganta em uma tosse baixa antes de batucar os dedos no volante de modo ansioso, você riu baixinho antes de esparramar mais o corpo contra o assento, concordou com a cabeça devagar.

   — Ela já sabe que você é o pai dela, acho que só precisamos dizer que vamos morar todos juntos agora — você murmurou, encolheu os ombros antes de cerrar os olhos —, Sho, arrume algum lugar para esconder aquelas coisas de seu quarto, guarde em algum canto, não quero que a Orie veja aquilo.

   Disse com a voz firme, ele riu baixinho antes de concordar com a cabeça enquanto fazia uma curva.

   — Você quem manda, mocinha.

   Ele sussurrou arrancando um sorriso frágil de seus lábios; não demorou muito para que voltassem ao bairro residencial, estacionaram a picape preta na garagem, você saltou do carro em pulo andando em passos apressados em direção a casa, Shoyo estava logo atrás de você, abriu a porta de uma vez se detendo com a garota de cachos ruivos sentada no primeiro degrau da escada, tinha uma fantasia de urso em seu corpo, Bokuto estava sentado ao seu lado mostrando alguma coisa no celular que fez com que ela risse de modo divertido.