Diagnóstico? 100% apaixonado.

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Neville Pov:

Ele me beijou, eu acho que vou desmaiar a qualquer segundo.

Eu ainda sentia a eletricidade que percorria por meu corpo que fora causada pelo toque de seus lábios nos meus.

O toque que tinha sido rápido, singelo e delicado, mas ainda assim tinha firmeza, como se lhe dar aquele beijo fosse uma grande certeza dele.

E após Theodore sair pelos corredores como um idiota eu devo ter ficado ao menos 5 minutos sorrindo em choque. Depois de meu estado de transe passar comecei o a subir as escadarias em modo automático, devo ter errado as escadas enquanto elas mudavam de lugares duas ou três vezes antes de chegar a comunal da grifinória.

Olhei na sala, encontrei alguns primeiranistas fazendo lições em uma das mesas, vi alguns monitores e quintanistas estudando. E como se lesse minha mente Hermione apareceu quase no fim da escada dos dormitórios femininos.

– Mione, eu preciso de ajudar. – chamei a garota assim que ela saiu dos degraus.

– Céus, o que houve garoto? – ela me perguntou assustada enquanto eu a arrastava para um canto da sala.

Me joguei em um sofá de dois lugares onde minha amiga ocupou o espaço ao meu lado direito.

– Theo me beijou. – falei depressa e sentindo minhas faces corarem.

Esperei para ver sua reação. Ela sorriu abertamente e começou a gesticular com as mãos animada.

– Eu sabia que isso não ia demorar para isso acontecer, devia ter apostado com o Harry e Rony. Mas me conta, como foi? – ela disse animadamente virando seu tronco para me encarar melhor.

Expliquei a ela que tínhamos voltado ao castelo pois ia começar a anoitecer e quando fui me "despedir" dele o sonserino me deu um beijo rápido e saiu correndo.

Eu ainda me sentia atônito e as borboletas em meu estômago pareciam fazer um show de malabarismo só de falar ou lembrar do beijo, dos toques ou dos sorrisos de Theo.

Ela me encarava com uma cara de choque mas com um sorriso no rosto.

– Por Godric, vocês são tão fofos. – ela falou esticando as mãos para apertar minhas bochechas.

Interrompi seus movimentos batendo levemente em seus pulsos. – Fofos? Mione, eu vou entrar em colapso a qualquer segundo, o que eu devo fazer agora? Tipo, agir como se nada tivesse acontecido? Quando ver ele devo abraçá-lo ou algo assim? – disse exasperado.

Era óbvia minha confusão. Sem dúvida alguma eu queria abraçá-lo, beijar e estar com ele. Mas não achei que ele fosse me beijar e deixar milhões de perguntas sem respostas após.

Hermione pareceu entender meus questionamentos e acalmou-se segurando o sorriso.

– Aja de forma simples, como hoje de manhã quando trocaram olhares, se ele sorrir para você, sorria de volta. Se quiser conversar com ele sobre o que sente, chame ele em um canto, de preferência onde seja reservado para que você se sinta confortável. Não precisa entrar em pânico. – Hermione dizia tudo com calma enquanto pegava uma de minhas mãos e pousava em seu colo.

Hermione era incrível, inteligente, educada e linda, com todos esses cachos escuros e a pele escura deixava seus traços ainda mais delicados.

– Como vou dizer o que sinto para o Theo se nem eu sei isso ainda? – disse em lamento pendendo meu pescoço para o lado a fim de encostar no sofá.

Ela riu. – Não seja dramático, você não tem que jogar todos os seus sentimentos no garoto hoje a noite seu idiota. – ela falou rindo.

Assenti me sentindo mais leve ao conseguir em certa forma expressar minhas confusões emocionais.

– Onde estão os dois patetas? – perguntei olhando em volta.

Agora um pouco mais calmo consegui me sentar de forma relaxada.

– Harry foi encontrar o Malfoy na torre de astronomia e Ron foi na biblioteca conversar com o Zabini, ambos sobre o trabalho. – ela falou enquanto enrolava o cabelo em um coque alto.

– Não sei se deixar o Harry e o Malfoy sozinhos em uma torre é uma boa ideia. – Falou Simas aparecendo ao nosso lado saindo das escadas que levavam ao dormitório.

– Eles vão tentar se matar ou vão dar um basta naquele fogo se pegando de uma vez. – Hermione disse ao meu lado enquanto Simas que sentava em um dos puffs próximos de nós.

Demos risadas e começamos conversar sobre coisas aleatórias e triviais.

Theodore Pov:

Eu criei coragem e beijei ele, quando ele estava prestes a aprofundar nosso beijo eu corri. Sai completamente feliz, porque ele corresponde e ainda queria mais.

Mas corri como se minha vida dependesse daquilo.

Entrei em pânico, Neville é minha primeira paixão, é a primeira vez que me encontro apaixonado, não que isso já não fosse óbvio mas eu estava assustado.

Amava sua companhia e tudo que fazíamos juntos, mesmo que fizesse pouquíssimo tempo que tínhamos uma relação amigável era como se ele sempre tivesse estado ali, do meu lado.

E de certa forma aquilo era verdade, partilhavamos boa parte das aulas desde que entramos em Hogwarts, as poucas vezes que nos esbarravam em alguma das festas comunais, nos corredores ou no vilarejo de Hogsmeade ambos sempre fomos educados um com o outro.

Mas agora, eu não o achava apenas bonito ou legal, eu estava apaixonado e isso me assustava.

Mas também nunca tinha sentido algo melhor do que o que sentia quando estávamos juntos.

– Theodore, Hogwarts chamando. – escuto uma voz grossa me chamar e minha vista volta ao foco. Era Goyle

Ele e Emilia estavam a minha frente. Não havia percebido que já estava em nossa comunal até que eles me chamassem.

– Oi gente. – falei dando um sorriso amarelo e coçando a nuca.

– As vezes eu me pergunto como você nunca caiu da vassoura, vive distraído. – Emilia fala se sentando em uma poltrona perto de onde estávamos.

– Mas pela cara dele, toda essa distração deve estar valendo a pena. – Goyle fala rindo se senta em outro sofá próximo.

Percebi que estava com um sorriso bobo. E viu seus amigos trocarem olhares.

– Deixe-nos adivinhar, sorriso bobo, completamente distraído, bochechas coradas, Goyle qual o diagnóstico? – Emilia fala com a postura ereta sorrindo brincalhona.

– 100% apaixonado e como se já não fosse o bastante para nos preocuparmos, é por um grifinório. – Gregório falou tentando segurar o riso.

– Vocês são dois idiotas. – falo me jogando no outro canto do sofá que Goyle ocupava. – Mas estão certos. – completo quase sussurrando.

– Greg, tá vendo isso? Eu nasci para ver Theodore Nott perder marra. – Emilia disse batendo palminhas como uma criança.

Eu e Goyle rimos de sua reação exagerada.

– Justo, nós fizemos bem pior quando você assumiu estar completamente apaixonada pela Pans. – falei me recostando no sofá de couro preto.






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Espero que estejam gostando.

Entre Poções e Aromas.Onde histórias criam vida. Descubra agora