Não sei do que está falando.

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Harry estava jogado em um dos sofás da comunal com a cabeça no colo da melhor amiga enquanto os amigos conversavam sobre o próximo jogo da grifinória coisa que ele deveria estar prestando atenção.

Ele estava ocupado pensando em como Malfoy parecia diferente quando conversaram no final daquela tarde antes do jantar.

Ele sorriu para Harry, pareceu tão animado ao falar da família Tonks e de coisas que ele gostava. Era como se aquele garoto arrogante que conheceu na madame Malkins nunca houvesse existido.

– Harry. – Dino o chamou enquanto dava um leve tapa em seu braço.

O Potter murmurou algo indecifrável em questionamento.

– Está tarde, vamos para nosso quarto. –  Ron fala chamando o amigo.

Dino, Simas e ele já estavam de pé e Simas parecia cochilar no ombro do namorado. Enquanto Hermione segurava um riso olhando para a confusão na cara do garoto em seu colo.

– Vamos. – Harry falou se sentando e endireitando a postura.

Hermione também se levantou. – Boa noite garotos, não vão dormir muito tarde. – a garota disse antes de subir as escadas que levavam ao seu dormitório.

Todos assentiram e disseram "Boa noite" a garota. Logo indo também em direção a escada oposta.

Quando chegaram ao quarto encontraram Neville que saía do banheiro com um de seus conjuntos de pijama.

– Quando você chegou? – Harry perguntou franzindo o cenho conforme caminhava para sua cama de dossel.

– Uns 10 minutos depois que entraram, o que você estava fazendo quando eu falei com vocês na comunal? – Neville falou com ar de riso colocando as mãos apoiadas na cintura.

Os garotos riram e Harry lembrou que Molly fazia exatamente aquela pose para conversar com os filhos e ele.

– Ele estava em qualquer lugar, menos lá com a gente. – Simas disse rindo deitado sobre a cama de Dino.

Harry mostrou a língua para ele parecendo uma criança e Simas retribuiu com uma careta.

Os outros três riam. Dino pegava uma toalha de seu malão e caminhava para o banheiro enquanto os outros colocavam seus pijamas.

– Neville Longbottom, o que você e Theodore Nott aprontaram após o jantar? – Harry disse se jogando em sua cama após ter se trocado.

Neville o olhou confuso e corou por alguns instantes. – Não sei do que está falando. – Neville disse calmamente fingindo dissimulação.

Harry e Rony trocaram olhares rápidos.

– Ele saiu da mesa dele segundos depois de você dizer que ia ir no banheiro. – Harry disse sorrindo travesso.

– E você tava fazendo o que vigiando a mesa da sonserina senhor Potter? – Neville rebateu inesperadamente sorrindo de canto com a sobrancelha arqueada.

Harry abriu a boca para tentar responder mas nada disse.

Simas, Rony e Neville gargalhavam de maneira espalhafatosa da expressão do amigo.

Após os risos cessarem e Dino voltar do banheiro eles se ajeitam em suas camas.

– Ainda acho que devíamos dizer a Mcgonagall para tirar a cama do Simas daqui, ele nunca dorme nela mesmo e ficaria mais espaçoso. – Rony disse enquanto se ajeitava entre os cobertores.

– Tá doido? Aí quando eles brigassem ainda ia sobrar para gente. – Harry disse parecendo desesperado.

– Vamos dormir logo, se nos atrasarmos de novo Hermione vem nos tirar da cama a força. – Neville disse colegas.

Todos assentiram desejando boa noite uns aos outros.

Ron dormiu de imediato, mesmo que o acontecimento da biblioteca com Blaise não saísse de sua mente só existia uma coisa que atrapalhava as noites de sono do garoto, seus pesadelos com aranhas. Então ele dormiu pesadamente.

Simas se aninhou de maneira confusa e manhosa ao lado do corpo de Dino que o enlaçou para o menor ficasse o mais próximo possível de si.

Neville fechou as cortinas de sua cama com um aceno de varinha, e o mesmo adormeceu sorridente e anestesiado pela alegria e paixão aquela noite.

Harry reviravasse na cama após tirar os óculos e fechar as cortinas, sua mente divagava entre os sorrisos e risadas que Malfoy produzirá aquela tarde e como ele sentiu seu corpo queimar em momentos que o platinado o encarava descaradamente achando que ele não perceberá. Harry sorriu ao lembrar as reações que causava à Draco.

A noite passará comum para os grifinórios, sem que ninguém acordasse a noite ou atrapalhasse o sono uns dos outros.

Nos dormitórios da sonserina estava sendo bem diferente. Demoraram mais que o normal para irem para seus quartos. E nenhum dos jovens ali estava dormindo.

Blaise estava sentado em sua cama.

– Eu quase beijei o Weasley. – o negro soltou as palavras no quarto que estava silencioso e esperou ver as reações dos amigos.

Theo soltou a varinha em mãos olhando de canto para o amigo começando a rir escandalosamente. Draco o olhava parecendo estático.

– E por que só quase? – Theo perguntou entre risadas recuperando o fôlego.

Blaise mexia no botão de seu pijama de seda sem encara os amigos. – Ele saiu correndo, tipo feito um doido. – disse ainda inquieto.

Draco e Theo trocaram rápidos olhares percebendo que o outro estava cabisbaixo.

– Você não queria que ele tivesse fugido não é? – Theo perguntou endireitando a postura encostado na cabeceira de sua cama.

– Óbvio que não né Theodore. Eu queria beijar ele e não que ele saísse correndo como se tivesse medo de mim. – Blaise fala irritado e se levanta em um sobressalto.

– Mas talvez ele não tivesse com medo, só com vergonha. – Draco falou soltando as cobertas que arrumava tentando tranquilizar o amigo.

– Será? Tipo ele é um dos garotos mais conhecidos da escola, o melhor amigo do menino que sobreviveu e um Weasley, você já viu a confiança que aquela família passa? Como poderia ser vergonha? – Blaise pergunta mais para si do que para os outros enquanto andava pelo espaço aberto do dormitório.

–  Blas, você acabou de dizer os porquês dele ser conhecido, e nenhum deles é por ser apenas ele. – Theo disse com suavidade e olhando com ternura.

– Sabemos melhor que ninguém o que é ser conhecido por algo que nem depende de nós, como nossos sobrenomes. – Draco disse dando a volta na cama e se encostando no dossel com cara de tédio.

Blaise bufou derrotado e se jogou sobre sua cama sendo a do meio. – Talvez vocês tenham razão. – ele disse ainda desanimado.

– Eu sempre tenho razão. – Draco disse com um sorriso de lado para Blaise que apenas revirou os olhos sorrindo.

– Agora que já sabemos que ninguém aqui se livrou de ficar afim de grifinórios, vamos dormir. – Theo disse se encolhendo em meio às cobertas.

– Eu não estou afim de um grifinório. – Draco rebateu ríspido se sentando em sua cama.

– Ata. – Theo e Blaise disseram juntos fazendo o platinado revirar os olhos antes de também deitar em sua cama.

– Boa noite idiotas. – Theo falou com simplicidade.

– Boa noite. – Os outros dois retribuiram.

Theo fez um aceno de varinha e todas as luzes presentes no cômodo se apagaram.




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Espero que gostem.

Entre Poções e Aromas.Onde histórias criam vida. Descubra agora