Eu gosto disso.

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Neville se levantou após o jantar para que pudesse ir ao banheiro mais próximo e aquela ação foi uma ótima oportunidade para olhar Theodore que o encarava, seus olhares se encontraram, os olhos verdes do sonserino pareciam refletir a luz de todas as velas daquele salão. Neville corou ao ver que o encarava por tempo demais.

O Longbottom saiu pela porta principal do salão. Mas ao fim do corredor antes que chegasse ao banheiro ouviu passos vindo em sua direção e colocou a mão sobre o cabo da varinha presa ao cinto e se virou para ver quem era.

– Theo. – o garoto sussurrou para si e relaxou deixando a varinha onde estava.

O loiro sorriu para Neville ao se aproximar. – Oi. – o sonserino disse com doçura.

Neville sorriu e tombou levemente a cabeça para o lado. – Oi, tudo bem? – o grifinório disse sentindo o rosto esquentar.

"Eu quero beijá-lo novamente, mas não sei se devo ser quem toma a iniciativa. E se ele não quiser me beijar e aquilo mais cedo foi só por impulso? Merlim, cadê a coragem Longbottom?" Neville dizia em seus pensamentos quase se esquecendo que o garoto o olhava.

– Estou bem, mas posso ficar melhor se você me beijar. – Theo falou sorrindo de canto.

Isso foi o suficiente para que Neville o puxasse pelo pulso e girasse o corpo de Theo para que ele ficasse contra a parede.

Neville sorriu abertamente erguendo os olhos para encarar as orbes verdes do seu garoto. – Se é isso que quer. – o moreno falou logo juntando os lábios com os do outro antes que o sonserino dissesse algo.

Mas esse beijo não foi breve e nem delicado como o outro.

Neville mantinha as mãos firmes, uma sobre a nuca, puxando levemente as pontas do cabelo de Theo e outra perto da mandíbula do mesmo. Esse que não esperava movimentos tão fortes e rápidos do outro demorou pequenos segundos para retribuir o beijo e posicionar aos mãos na cintura do menor com firmeza.

Suas línguas travavam uma batalha por controle mas nenhum deles estava se importando com quem ganharia, mesmo que não estivessem sendo delicados eles sorriam durante o beijo.

Eles recuaram quando a falta de ar se fez presente e enquanto se separavam Nott puxou o lábio inferior de Neville com os dentes com leveza.

Quando ambos abriram os olhos era possível ver somente sorrisos estampados na face um do outro.

Theodore não podia se sentir mais feliz, já tinha beijado outras pessoas mas nunca sentirá aquilo, a sensação das tão faladas borboletas no estômago pela primeira vez e do conforto em seu peito, era como se estivesse em chamas, chamas que seriam capazes de aquecer até o mais frio coração.

E Neville, o garoto poderia ser facilmente confundido com um tomate, nem ele mesmo esperava uma ação tão rápida e quase desesperada como aquela que ele havia tido. Mas valerá completamente a pena, a formigação no peito e sua aura parecia brilhar a seu redor.

– Eu gosto disso. – Neville fala em um fio de voz sem olhar nos olhos do loiro.

Theo com leveza colocou os dedos sob o queixo de Neville e fez o menor erguer o rosto para que seus olhos se encontrassem. – Do que você gosta Nev? – ele perguntou com a voz rouca enquanto deixava a mão descer de encontro com a do moreno.

Neville passou os dedos pela palma da mão maior que segurava a sua e reuniu toda a sua confiança deixando a vergonha de canto. – Não sei exatamente o que é isso Theo, só que, estar com você é imensamente incrível e gosto disso. Mesmo que eu não saiba o que nós temos. – Neville disse com certeza e doçura na voz enquanto firmava a mão sobre a do mesmo.

Entre Poções e Aromas.Onde histórias criam vida. Descubra agora