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- Tampinha! – Disse, Mai assim que me aproximei dela, esse era o apelido que me deu quando era pequena, tanto em idade quanto em altura

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- Tampinha! – Disse, Mai assim que me aproximei dela, esse era o apelido que me deu quando era pequena, tanto em idade quanto em altura. Ela era pouca coisa mais alta que eu e alguns meses mais velha.

- Mai! – A abracei e ela retribuiu prontamente. – Que saudades. – Não imaginava que estava sentindo isso até admitir.

- Finalmente veio me ver. – Sorriu me ajudando a carregar as malas, até seu carro. – Já estava me esquecendo quem era minha melhor amiga.

- E a senhorita Perroni dramática ataca novamente. – Falei com um sorriso no rosto.

- Ei mocinha, não sou dramática. – Falou entrando no carro e eu revirei meus olhos, pois aquilo não era verdade.

Chegamos na casa que seria minha por meses e fomos para o meu quarto, ele está exatamente do jeito que deixei a oito anos atrás, tinha cores neutras, bege e marrom, os moveis em tom claro e uma cama de casal, não muito grande, possuía uma janela ampla que logo em baixo havia um banco no qual algumas almofadas estavam dispostas, deveria ser obra de Angelique, a minha outra melhor amiga.

- Se quiser, podemos trocar os móveis, ou as cores ... – Iniciou Maite, sorri para ela.

- Mai, está perfeito. – Falei abraçando ela. – Onde está Angel?

- Ahhh! Ele foi visitar a mãe em Nebraska, já que está de férias do trabalho. – Assenti. – Bom vou deixar você arrumar suas coisas. – E saiu do quarto, me deixando sozinha.

Comecei arrumando minhas roupas, depois meus produtos de higiene no pequeno banheiro. É estranho eu ter um banheiro em meu quarto, mas meus pais resolveram pegar uma casa com duas suítes, pois queriam que eu não sentisse muito frio ao sair do banho quando era criança.

Estava deitada em minha cama, olhando para o teto imaginando como seria ter alguns desenhos florescentes nele, quando Mai grita do andar de baixo, desci calmamente e não acreditei no que eu vi.

- Aiii pelos deuses! – Exclamou minha amiga Angelique, corri ao seu encontro e lhe dei um abraço forte. – Finalmente você lembrou de nós. – Falou com um tom falso de deboche, eu ri.

- É... estava na hora. – Falei me sentando no sofá. – Mas e aí me conta, o que andou fazendo nesses últimos anos que não nos vimos?

- Ahhh fiz um monte de coisa, acredita que finalmente encontrei um emprego na minha área de contabilidade? – Olhei para ela incrédula, ela não tinha me contado isso na última troca de mensagens. – Eu conheço esse olhar, mas eu sabia que você voltaria, então... Achei melhor contar pessoalmente. – Concordei positivamente.

- Fico muito feliz por você! – Conversamos por horas nós três, na hora do jantar pedimos pizza para nós e comemos, combinei com Mai que ela iria me apresentar a cidade, pois, segundo as meninas, muitas coisas mudaram desde a última vez que visitei essa cidade, me despedi das meninas e vi Mai atravessando a rua, pois ela morava na casa em frete a minha, ela morava com sua avó e Angel subindo em sua moto sumindo pela rua.

Já eram 22 horas, quando resolvi dormir, depois de organizar algumas coisas que a avó de Maite me deu para sobreviver nesse período até conseguir coisas novas para a casa. Estava só em casa, quando escutei alguns barulhos estranhos, como se fossem garrafas se quebrando, segui em direção aos ruídos mas não vida, só tive a sensação de estar sendo observada, olhei por todos os lados e não vi nada, girei meus calcanhares para dentro de casa e tranquei tudo. Com os pensamentos a mil, sobre como seria o dia de amanhã, me deixei levar pelo sono, e a escuridão me domou. 

SOB A MESMA LUAOnde histórias criam vida. Descubra agora