XII

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- D-Dul, s-seus dentes e-eles – Não consigo dizer nada pois minha visão fica turva e sinto meu corpo ir em direção ao chão

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- D-Dul, s-seus dentes e-eles – Não consigo dizer nada pois minha visão fica turva e sinto meu corpo ir em direção ao chão.

- Viu o que você fez?! – Exaspera a voz de Alfonso que eu reconheci e tudo fica preto.

Sou tirada da escuridão, quando sinto um cheiro forte, vou abrindo meus olhos devagar me acostumando com a claridade que emana da janela de meu quarto, quando foco a imagem à minha frente, vejo Mai, Dulce e Alfonso ao meu redor e a ruiva segura um pano branco perto de mim, logo me vem à memória tudo o que aconteceu há alguns minutos atrás.

- S-seus dentes... E-eles estavam enormes. – Digo apontando para ela.

- Hehe. – Dá um sorrisinho amarelo. – Eu não iria contar, mas como descobri que esses dois já abriram o jogo para você, não vejo o por que esconder. – Ela suspirou e continuou. – Eu sou vampira e o Chris também é. – Solto uma gargalhada, não é possível vampiros não moram nos Estados Unidos, moram? Não, claro que não.

- Ahhh tá e eu sou uma fada. – Digo limpando as lágrimas que caíram de tanto eu rir e ela me olha sério. – Como você é uma vampira se anda sob o sol e come comida de "humanos"? – Fiz aspas com o dedo na última palavra.

- Bom sobre o andar com o Sol brilhando é que eu tenho isso. – Ela tira de dentro de sua blusa um cordão com uma pedra em forma de gota roxa. A olho confusa. – Bem, eu consigo andar no sol graças a essa belezinha aqui, eu tenho esse colar e o Chris tem um anel. – Ai que lembrei de um dia que vi esse tal anel e o Christian estava que nem louco procurando.

- Ok, ok... – Respirei fundo processando – Meus amigos são vampiros e uma bruxa. – Apontei sequentemente para ambas a minha frente. – E a pessoa que estou apaixonada é um lobisomem, isso sim é loucura. – Depois que terminei de falar vi que Poncho estava me olhando diferente, era alegria?

- Repete o que você falou. – Ele me disse.

- Isso é loucura? – Indaguei.

- Não a outra parte. – Informou-me.

- Ahhh a pessoa que estou apaixonada. – Disse dando de ombros, não estava esperando ele vem e me abraça. – Tá... – Digo retribuindo o abraço.

Depois desse momento, ann... Digamos estranho, eu e Alfonso saímos da minha casa e começamos a andar pela floresta, eu definitivamente precisava fazer exercícios, estou muito sedentária, pois caminhamos apenas dez minutos e não aguento mais caminhar.

- Poncho. – Chamo sua atenção, ele estava há dois passos distantes de mim, ele se vira e me encara, tomei coragem e disse: - Poderíamos fazer uma parada, eu realmente não estou conseguindo te acompanhar e eu estou muito cansada. – Ele sorriu de lado e começou a tirar as suas roupas, virei de costas rapidamente. – O que você está fazendo?

- Vire-se. – Disse ele, senti segurança no que falei e assim vi um lobo grande de pelagem escura e olhos vermelhos. – Suba. – Falou ele em meu pensamento.

Oi? Pensamento? C-como?

Escutei uma risadinha na minha cabeça.

- Nós lobos temos a capacidade de conversar e ler a mente de nossos companheiros. – Falou Alfonso, sem mover um músculo da boca, achei aquilo impressionante. – Vem, sobe nas minhas costas. – Ele se abaixou na minha frente e então eu subi, ele se levantou e começou a andar. – Segure-se. – Falou simplesmente e não deu tempo de pensar direito e começou a correr, em uma velocidade sobrenatural e assim que deu o impulso para correr agarrei-me fortemente nos pelos negros.

Após alguns minutos correndo, chegamos na clareira e de fato, era um lugar lindo havia uma pequena cachoeira, sendo seguida por um riacho, o sol do fim de tarde deixava tudo mais lindo, com uns toques de brilhantes nas águas.

Poncho se aproxima de mim, agora vestido e na sua forma humana, mas em suas mãos está uma cesta de piquenique, sorri ao ver a cena, ela era fofa.

- Uau, eu não imaginava que você era um romântico. – Falei em tom de brincadeira.

- Eu sou uma caixinha de surpresas. – Diz ele, com um sorriso de lado encantador. – Vem, aposto que você está com fome, você não para de pensar nisso. – Sorri para ele.

- Poxa isso não vale, só você pode escutar e eu não. – Digo emburrada. – Isso é incrível e ao mesmo tempo estranho. – Franzi meu nariz, mas o acompanhei no piquenique, havia várias frutas, doces, pães e bolos. Tudo estava uma delícia. O Sol já estava se pondo quando decidimos que já era hora de partir.

Estávamos no meio do caminho, quando Poncho em sua forma humana parou abruptamente e farejou o ar, ele soltou um pequeno rosnado e ficou em minha frente.

- O que está acontecendo? – Perguntei sem entender nada.

- Alcateia do norte. – Quando ele falou isso três lobos de pelagem caramelo e um de pelagem marrom pularam de trás dos arbustos e eles começaram a rosnar ferozmente, me agarrei mais a Poncho e assim lembrei do meu sonho de algumas noites atrás, era praticamente a mesma coisa do sonho. – Alfonso se abaixa! – Exclamei. – E o puxei para baixo, um quarto lobo surgiu do meio das árvores, mas no meu sonho ele tinha atacado ele.

- Como você... – Ele não conseguiu terminar a frase, pois os três lobos vieram em nossa direção, Alfonso mais que de pressa se transformou no lobo preto de olhos vermelhos e avançou neles.

Um dos lobos de pelagem caramelo, saiu da luta e veio atrás de mim lentamente e comecei a andar para trás até encostar em uma árvore larga, seria o meu fim.

-C-calma l-lobinho, a-amigo, amigo... – Tentei soar calma com um sorriso amarelo em meus lábios, mas minha gagueira me denunciou, o lobo parou de andar e ficou na posição de ataque, olhei para os lados ver se tinha algo para me defender porém não encontrei nada, quando dei por mim já estava no chão com o lobo em cima de mim.

SOB A MESMA LUAOnde histórias criam vida. Descubra agora