XXIII

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- Você precisa dormir, já fazem dois dias que não dorme, depois que teve aquele sonho, não parou de procurar ela

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- Você precisa dormir, já fazem dois dias que não dorme, depois que teve aquele sonho, não parou de procurar ela. - Diz Ucker tentando me fazer desligar de minha busca e descansar, mas eu não queria, por mais que estivesse cançado e exausto, não poderia deixar de procurar, ainda mais com os esforços vindo da matilha do norte.

- Eu sei, eu sei que preciso. - Suspiro frustrado. - Mas eu não consigo, preciso achar aquele lugar do sonho, sinto que é lá que elas estão. - Fito meus olhos na tela do computador, lá estariam todos os mausoléus do mundo. - É este! - Aponto para a tela do aparelho.

- Então vamos? - Dizem Alan e Christofer em unisono, nunca imaginei que um sequestro poderia unir dois rivais de anos.

Após algumas horas de estrada, chegamos em um mausoléu, o mesmo da imagem no computador e do sonho, meu coração acelera só de pensar que minha Any está ali, presa e talvez pode estar machucada.

- É muito perigoso ficarmos aqui, não sabemos como a besta é e muito menos o quão perigosa. - Alan diz olhando ao redor.

- Isso eu tenho que concordar com o lobinho ai. - Uma voz feminina nos faz virar em direção da caminhote, logo notamos três figuras conhecidas.

- Mas que raios vocês estão fazendo aqui? - Ucker olha em direção à sua companheira, masi conhecida como Dulce Maria.

- Achou mesmo que iríamos deixar vocês com a festa toda? - Maite diz, tirando a poeira invisível de sua calça. - Estão muito enganados. - Diz convicta.

- E não pensem em dizer que não precisam de nossa ajuda, pois precisam. - Diz o outro vampiro de cabelos platinados. - Ok, qual é o plano?

Após uma longa discussão, resolvemos deixar nossas inimizades de lado e nos unir em um bem comum, que era salvar Anahí e a companheira bebê do Alfa da Alcateia do norte. Com tudo esquematizado e desenhado no chão, vamos em busca da redenção.

Não demoramos muito e chegamos ao possível cativeiro onde estariam as duas, era uma casa no meio de uma floresta densa, o casabre era feito de madeira e parecia acomodar acomodar apenas uma pessoa, ao longe poderia se imaginar que apenas um louco poderia morara ali e de fato era, pois sabiamos que a "Besta" poderia estar aí com minha amada, analisando ao redor resolvemos que era hora de entrar.

Assim que colocamos o pé dentro do casebre, posso ver que é um local não proício para uma morar, podendo ser observados alguns móveis velhos e danificados.

- Alpha Alfonso. - Disse Mark, logo minha atenção é voltado paraele. – Encontramos alguns pertences de Anahí e de minha companheira, pelo cheiro elas não estão longe, mas a "Besta" pode estar nos enganando. – Com um manear de cabeça concordo com suas palavras, aquele ser poderia ser tanto ardiloso como um vampiro ou furioso como um lobisomem.

- O que você sugere que façamos. – Indago Mark, porém é meu Beta que me responde.

- Posso dar uma sugestão? – Com um manear de cabeça tanto eu quanto o outro Alpha damos espaço para ele falar.

- Então, podemos fazer assim... – Logo começa a expor toda a sua estratégia e por mais louca que seja, ela me parece uma ótima pedida, já que estamos sem tempo e meu coração está cada vez mais apertado.

Era hora de colocarmos em prática tudo o que foi planejado, o local era escuro, húmido e não acredito que minha Luna estaria aqui, respiro fortemente e seguimos pelos corredores sinuosos e estreitos. Meus olhos buscam pela porta que me indicara em meus sonhos.

Com rapdez, eu e Cristopher, arrombamos a porta com um chute certeiro e entramos, meus olhos vagam por aquele local e vejo minha pequena Any, com o olhar amedrontado, porém um largo sorriso se faz presente em seus lábios e um suspiro também, corro em sua direção e a abraço como se meu mundo fosse acabar se não sentisse o seu cheiro adocicado adentrando minhas narinas, porém a sinto que ela está bem mais magra que o habitual.

- Oh meu amor... – Abroço-a fortemente, não acreditando que meus braços estavam a tocando. – Como você está? O que fizeram com você? – Me afasto pouca coisa assim que escuto um grunhido sôfrego, saindo de sua boca.

- E-eu estou bem, estava com medo de nunca mais te ver. – Diz ela em um tom chororso. – Fiquei com medo de encontrar Selene antes do programado, céus... – Ela inspira fortemente. - ... meus sonhos podem realmente revelar coisas e sou grata à isso, pois trouxe você até mim. – Posso notar suas írises azuladas, que outrora era cheia de vida e agora... Agora estão opacas e sem brilho, prometo a mim mesmo que aquele híbrido não saíra dessa história com vida. – Precisamos sair daqui e agora, consegue correr? – Com um manear de cabeça, ela me responde e como se não houvesse amanhã corremos para fora daquele lugar fétido.

SOB A MESMA LUAOnde histórias criam vida. Descubra agora