XVII

36 11 2
                                    

Abro meus olhos e sinto uma ardência gigantesca em minha cabeça, parecia que tinha bebido todas durante à noite anterior, mas eu me recordo de estar no parque de diversões com o Poncho, estávamos esperando nossos amigos e fui ao banheiro

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Abro meus olhos e sinto uma ardência gigantesca em minha cabeça, parecia que tinha bebido todas durante à noite anterior, mas eu me recordo de estar no parque de diversões com o Poncho, estávamos esperando nossos amigos e fui ao banheiro.

Flash da noite passada surgiu como um canhão, depois de recordar a consciência notei que estava em um quarto de coloração clara, na cor branca e azul, mais especificamente, em uma cama ampla, com duas mesinhas de cabeceira e uma TV à frente da cama, olhei para o lado e vi uma janela, que ia do teto ao chão com uma cortina branca, que tampava minha visão.

Escutei uma das portas fazendo o barulho da tranca sendo destrancada, me encolhi no móvel que estava e abracei minhas pernas com meus braços, logo notei que um homem loiro adentrou o quarto e ele estava com uma bandeja de café.

- Ahh, ela acordou. – Disse ele se aproximando. – Espero que tenha dormido bem. – Depositou o objeto cheio de comida em cima da cama.

- Quem você é? – Perguntei me retraindo mais na cama, queria me fundir com a cabeceira da mesma.

- Calma, loirinha. – Sorriu de lado. – Desculpa meus modos, mas me chamo Aslan. – Fez uma breve reverência. – Antes que pergunte, você está na alcateia do norte.

- P-porque estou aqui? – Perguntei um tanto nervosa.

- Vou ser bem sincero com você, quanto atamos vocês na clareira, a ideia inicial era te matar. – Senti meu corpo gelar. – Mas quando a vi, algo surgiu em mim e agora vou te tomar para mim. – Disse simplesmente.

- Isso é loucura. – Falei. – Você não pode fazer isso.

- Posso. – Disse convicto. – Tanto posso, que estou fazendo. – Sorriu sínico. – Agora coma, não quero minha Luna passando mal durante o dia. – Levantou-se e se dirigiu à porta, assim passando por ela e a fechando.

Estava morrendo de fome, mas o medo de ter algo que pudesse me matar ou me fazer mal, estava presente em meu ser, mas tive que me conter quando minha barriga roncou ferozmente.

Tratei de comer, como minha avó dizia: "Saco vazio não para em pé". Sorri ao lembrar de seus dizeres.

- Ahhh vozinha, que saudade que estou de você. – Falei baixinho. – Tenho certeza que ela estaria aqui me aconselhando.

Após o café, resolvi explorar o quarto, descobri que havia um banheiro e um pequeno closet, com algumas roupas e utensílios femininos, olhei para a porta do cômodo e uma ideia passou pela minha cabeça, por sorte estava com a roupa que estava ontem à noite, procurei minha sapatilha, fui em direção à porta e notei que estava destrancada.

Assim que abri a mesma, não pensei duas vezes eu resolvi correr, corri como se não houvesse o amanhã, abria a porta da entrada e espiei para ver se não tinha ninguém, assim que pisei do lado de fora, olhei e vi que o portão da entrada da grande casa estava se fechando, continuei correndo com toda a velocidade que poderia ter no meu ser, só escutava gritos, chamando por meu nome, mas não olhei para trás pois sabia que era Aslan, me embrenhei na mata e continuei correndo, até ver um lobo enorme de coloração caramelo.

- Te achei. – Disse ele, em meu pensamento.

- Poncho? – Indaguei, mas logo percebi que não era pois o lobo de poncho era de pelagem escura, para ser mais exata preta.

- Não, Aslan. – Tentei correr novamente mas outros lobos me rodearam. -  Aonde a senhorita, pensa que vai? - Falou em um tom debochado e em seguida começou a se aproximar de mim. 

SOB A MESMA LUAOnde histórias criam vida. Descubra agora