XI

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Duas semanas se passaram desde o ocorrido e confesso que Alfonso diariamente ia ao consultório, ele vinha com a desculpa de que precisava falar com Ucker, de início acreditava, mas isso caiu por terra quando estava atrasada para uma consulta domic...

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Duas semanas se passaram desde o ocorrido e confesso que Alfonso diariamente ia ao consultório, ele vinha com a desculpa de que precisava falar com Ucker, de início acreditava, mas isso caiu por terra quando estava atrasada para uma consulta domiciliar e passei pelo escritório do meu sócio.

Flashback on

- Ainda ela acredita que você vem falar comigo? – Me esgueirei entre a parede e o batente da porta, não que eu fosse fofoqueira, mas o assunto de alguma forma me chamou a atenção.

- Sim, mas confesso que vê-la todos os dias e não poder fazer nada está me matando. – Escutei uma risada nasalada de Christopher.

- É meu amigo você está bem encrencado a Anahí é uma mulher dona de si. – Depois disso sai em disparada para a entrada, destranquei meu carro e fui em direção ao local que faria o meu atendimento.

Flashback off

Confesso que Alfonso não era uma pessoa tão ruim assim, eu estava começando a acreditar que seres místicos existiam, pois durante uma tarde vi duas pessoas se transformando em lobos e embrenhando-se na floresta.

E Mai me contou que ela era uma espécie de bruxa uma descendente de Salem, claro que não acreditei de imediato, mas com algumas demonstrações de poder eu acreditei e sonhos estranhos ainda continuavam e o pior é que eles se realizavam, como por exemplo, sonhei em uma noite que ganharia flores de Alfonso e no dia seguinte, tulipas azuis surgiram em minha porta pela manhã com um cartão endereçado à mim, com a assinatura dele.

Me encontre na clareira antes do Pôr do Sol

Att.: Alfonso

Soltei um sorriso anasalado com o bilhete, como era dia de sábado, eu não precisava ir para a clínica pois era o sábado de Ucker fazer plantão, sim dividíamos até os sábados, nada mais que justo.

Passei a manhã e um pedaço da tarde dando uma geral na casa, nunca pensei que poderia juntar tanta poeira, com apenas uma pessoa morando no local, estava no sofá quando uma rajada de vento bateu e fez voar alguns papeis e o livro que à dias havia encontrado, que me disse que tipo de ser era Alfonso e Angel, caiu da mesinha de centro, como? Não faço ideia.

Me aproximo e vejo que está na página onde diz: A BESTA. Pego-o em minhas mãos e começo a ler.

"A besta, mais conhecido como híbrido, é um ser que busca o poder total, visando assim o domínio de todas as espécies.

Ele é composto de uma metade vampira e a outra lobisomem, podendo assim facilmente controlar os bruxos.

Visto que é um ser de duas metades, possui também dois companheiros, um lobo e o outro vampiro.

Contudo, há indícios de uma guerra que foi travada à milênios, com lobos e vampiros..."

Paro de ler quando escuto batidas fortes em minha porta, acabo me assustando, vou indo em direção da entrada e quando olho, vejo que é Dulce toda ensanguentada.

- Minha nossa! O que aconteceu? – Digo para ela, que está com uma mão em seu abdômen.

- Fui ataca... – Disse com a voz sôfrega. – Me acertaram com uma estaca de madeira. – A olhei intriga, quem em sã consciência atacaria uma pessoa com uma estaca de madeira.

- Dul, você precisa ir ao hospital, não pode ficar assim. – Disse rápido demais. – Vou ligar para o Chris. – Quando fui em direção ao telefone, ela segurou de leve minha mão.

- E-está tudo bem, só preciso tirar essa estaca. – Ela falou como se não fosse nada, de fato achava que aquilo deveria ser tirado no hospital, ela pingava sangue, mas o que eu achei estranho foi que a cor dele era um vermelho bem escuro, beirava ao preto e tinha um cheiro diferente, não era igual ao cheiro do meu, era um tanto mais forte.

- Dul, não está tudo bem, você está sangrando, vou pegar o kit de primeiros socorros, já que você não quer que eu ligue para o Chris. – Ela assentiu e eu sai correndo para o andar de cima, no meu banheiro havia uma caixinha branca com a cruz vermelha em sua tampa, também tinha uma alça para facilitar o transporte.

Chegando novamente na sala, vejo Dulce Maria Recuperada, sem nenhum ferimento, olhei para ele e disse:

- O-o que aconteceu aqui, há uns dois minutos você estava toda machucada e agora... – Fiz uma pausa. – Está curada?! – Falei essa parte mais para mim do que para ela. – Dulce Maria, você também é um ser místico? – Ela olhou bem para mim e concordou com a cabeça. – O que você é?

- Bem... – Ela suspira. – Sou uma vampira.

- Por isso se curou tão rápido achei que isso, só existia nos filmes e séries.

- Pois é loirinha, vampiros, bruxas e aqueles cães sarnentos, que os outros chamam de lobisomens, também. – Ela fala em tom de brincadeira.

- Certo... – Digo pensativa, olho no relógio e vejo que já são cinco horas. – Minha nossa estou atrasada! – Exclamei. – Não vi a hora passar. – Digo isso, indo em direção às escadas, pois estava em mente tomar um banho e trocar de roupa.

- Onde vai com tanta pressa? – Falou ela me seguindo.

- Tenho que ir a clareira, marquei de encontrar uma pessoa lá. – Dei de ombros como se não fosse nada demais.

- Como assim, com quem é? – Me indagou feliz e com um sorriso malicioso em seus lábios.

- Não conto, você vai me chamar de louca. – Dei uma pequena gargalhada e ela revirou os olhos, com esse minuto de distração corri para o banheiro e tomei um banho, assim que terminei de me arrumar, com uma calça jeans, uma sapatilha preta e uma bata na cor creme, desci para a sala e escutei vozes alteradas.

- O que você está fazendo aqui? – Identifiquei ser a voz de Alfonso.

- Eu estou na casa da minha amiga. – Disse Dulce. – Mas o que você está fazendo aqui? – Ela rebateu.

- Eu vim aqui só para levar ela para passear. – Disse ele.

- Ahhh mas não vai mesmo. – Rebateu minha amiga, vi que suas mãos estavam fechadas em punhos e Alfonso estava começando a ficar com os olhos laranjas, resolvi intervir, antes que aconteça alguma coisa.

- Mas o que está acontecendo aqui? – Os dois me olharam e só aí percebi que Dul estava com as presas de sua boca maior.

 ❤❤❤

Olha quem voltou! Isso mesmo, eu.

Quero me desculpar pela demora do postagem do capítulo, é que me deu um bloqueio, que nem te conto. Mas acredito que agora vai. 

Também quero desejar um 2022 repleto paz, amor, felicidade e muitas, muitas interações Ponny.

I see you! 

iHasta luego!

Até mais!

SOB A MESMA LUAOnde histórias criam vida. Descubra agora