Meu Puro Lírio Branco - CONCLUÍDO

Akai Hana Shiroi Hana

A solidão é um dos sentimentos mais presentes na vida do ser humano, por mais que sejamos feitos para conviver em sociedade, ainda assim precisamos de tempo para nós, mas como toda e qualquer coisa solidão de mais pode gerar tristeza e a tristeza nos leva a caminhos tempestuosos.
Por muito tempo Sasuke Uchiha achava que poder era equivalente a solidão e por isso tentara inúmeras vezes matar seus amigos, pois acreditava que eles representavam o último elo entre fraqueza e poder. Isso tinha acontecido há muito tempo, Sasuke lembrou que pediu desculpas a Naruto, Kakashi e Sakura depois daquilo, mas nunca pediu desculpas a todos de Konoha por tudo que tinha feito.
Olhando agora, ele via apenas um moleque que não conseguia distinguir tristeza de ódio, e agora ele estava sozinho procurando a si mesmo e imaginando-se trilhando um caminho diferente. Não.... Trilhar um caminho diferente não o faria melhor, afinal todas as escolhas que fizemos durante a vida não são o motivo de nossas conquistas? Todos os fracassos não constituem nosso aprendizado continuo? As falhas não fazem parte da nossa evolução pessoal? Por mais que o garoto tenha errado na vida, passar por tudo aquilo não o levava até ali? Não o levava até um momento de autoconhecimento? "Quer saber? Arrependimentos não devem fazer parte do vocabulário de vencedores! " Pensava o ninja, "Tudo que fiz até aqui, tudo o que aprendi nos meus anos longe, tudo que senti e vivi me mostraram o valor de estar com meu irmão, de proteger Konoha e de valorizar a mim mesmo ". E Sasuke tinha razão ao pensar isso, nossas escolhas nos levam a lugares que não podemos imaginar, nos levam a resultados que nos ensinam, não existe essa de perder (a não ser que se morra), nós aprendemos. Quem tenta aprender com os erros alheios sem nem mesmo se auto desafiar desconhece a si mesmo.

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Enquanto corria para o lago chamativo, Hinata pensava em Hanabi, Hiashi e... Neji. O primo não saia de sua cabeça, a guerra havia feito de Hinata uma mulher mais forte, mas não tinha tirado a bondade que emanava de seu coração "Se eu fosse diferente ", pensava ela, "Tudo isso não seria tão difícil, eu não estaria passando por isso.... Neji sama.... " A imagem que projetava em sua mente continuava a ser do primo, que deu a vida por ela durante a guerra, Hinata ainda se sentia fraca e por um momento sentiu que poderia não aguentar tudo aquilo "Não, eu não posso fazer isso, eu preciso continuar, preciso me entender, preciso entender o porquê de muita coisa e até de mim mesma", ela lembrou da infância e de como se sentia sozinha, sempre havia um guarda com ela, ela nunca brincava com outras crianças, o cheiro de sangue e ferro eram as únicas coisas que vinham em sua cabeça quando o assunto eram lembranças. Ela não derrotou a irmã porque acreditava que violência não era a solução para tudo, sair distribuindo socos e pancadas não faria com que o clã Hyuga fosse respeitado e a qualquer momento o ódio que emanava das disputas iria ferir pessoas, como tinha acontecido com o clã Uchiha. Não, resolver tudo à base de violência não era o feitio dela, por isso recusava-se a bater na irmã mais nova "Erámos apenas crianças! " E era justamente por isso que Hinata era apedrejada, justamente porque não havia derrotado a irmã, justamente porque não gostava de violência, justamente porque não acreditava que com socos e tapas situações se resolveriam, ela não era assim, ela era serena e gentil e seu objetivo de ser forte e delicada ainda estava de pé.
O mundo ainda se recusa a desconhecer que gentileza e força podem habitar um mesmo ser, o mundo continua a ser um lugar engraçado que vive em guerra por paz. E era isso que Hinata não entendia, todos sabem que violência gera sofrimento e sofrimento gera dor e dor.... Gera revolta, e a revolta faz com que o coração mais bondoso não apenas se corrompa, mas corrompa também todos aqueles que o cercam.
Enquanto Hinata continuava a andar no automático ela começa a lembrar de uma das raras lembranças que tinha da mãe, quando ela cantava para ela aquela música que acalmava seu coração e sua alma e como se fosse algo que devesse fazer naquele exato momento, Hinata simplesmente começa a cantar:

akai hana tsunde ano hito ni age yo

ano hito no kami ni kono hana sashiteage yo

akai hana akai hana ano hito no kami ni