Sakura chorava bastante embaixo de uma árvore grande nos arredores de Konoha.
-Maldita seja a Hyuga! Maldito seja o Uchiha.
Sabe, sentimentos ao extremo costumam causar bastante confusão. Alguns brotam do nada ou são cultivados com o passar do tempo. Sentir é algo que nos torna humanos, os sentimentos que permeiam nosso coração acabam, por vezes, ditando o que fazemos e como fazemos coisas ao nosso redor. Muitos de nós agimos por impulso, outros maquinam o que vão fazer por muito tempo. Mas quem aqui não teve aquele momento de angustia e frustração ao extremo?
Sakura começou a sentir ódio, ódio por ter sido trocada, esquecida, deixada de lado pelo Uchiha, ela se sentia sozinha com um vazio enorme no peito e aquele vazio, começou a se tornar ódio.
-Eu vou acabar com vocês! Vocês não merecem, você não merece, Hyuga maldita!
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Gyappu estava finalmente curado dos golpes, "Quem não conhece aquela maldita que a compre! Seus golpes não são fortes, mas são habilidosos e precisos". O vazio soltou um gemido de dor, ainda era incomoda, mas nada com que se preocupar. Então, de repente, ele sentiu... Sentiu uma dor como a dele, muito parecida até.
-Alguém está sentindo essa dor? Na mesma intensidade? – ele notou, mesmo que distante que alguém estava sentindo sua dor, seu sofrimento e ele... Ele não podia deixar de sentir empatia por aquela pobre alma – Esse chakra, está distante, mas isso não significa que não posso senti-lo.
Ele fechou os olhos, concentrou suas forças e conseguiu senti-lo a quilômetros de distância.
Ela tinha cabelos rosados, pele branca e os olhos verdes como preciosas esmeraldas, lágrimas desciam pelo rosto enquanto as mãos apertavam o quanto podiam o peito, como se a tentativa de o apertar diminuísse a dor que ela estava sentindo por dentro.
Gyappu se concentrou no plano astral que era dele e conseguiu estabelecer uma conexão com a figura da bela mulher que agora, estava em prantos.
-Dói, não é?
-Quem.... Quem é você? - Perguntava ela a figura de um homem que se projetava logo a sua frente. Ele tinha cabelos arroxeados, a pele branca e o olhar de ódio, ao mesmo tempo de tristeza fez com que a Haruno sentisse, por alguns segundos, pena da figura a sua frente.
-Alguém que conhecesse essa sensação.
A rosada baixou a cabeça, por mais que sentisse a presença de uma ameaça iminente ela sentiu que o ódio que vinha dele não era direcionado a ela. O ambiente em que ela se encontrava era puro vazio, a não ser pelas chamas negras que brotavam do chão, as poucas arvores que ousaram aparecer queimavam como carvão em brasa e o ambiente era morto.
-Sou uma ninja de Konoha, e não hesitarei em lutar para protege-la dos inimigos.
-Mas eu não sou um inimigo de Konoha – respondia ele baixando a guarda.
-Você tentou atacar dois dos nossos.
-Não, eu tentei mata-los, mas não porque eram ninjas de Konoha e sim... Bem.... Velhos conhecidos meus.
-De onde você conhece Sasuke?
-Então.... É uma longuíssima história.
-Não importa – respondia ela ajeitando as luvas e preparando-se para o ataque, mas por mais que a Haruno tentasse ela não o acertava. Ele era rápido como um raio, mais precisamente um raio roxo.
-Não vou te fazer mal mulher!
-O que você quer então? Negociar? – dizia ela avançando novamente.
-Não, não irei negociar, apenas senti que você precisava saber que não foi a única a sentir isso.
-Do que está falando? – indaga ela com tom irado, não era possível que aquele vilão sentisse o que ela estava sentindo. Afinal, quem era ele para sentir amor ou amar alguém?
-Um dia, eu amei meu mestre, mas ele me trocou por alguém e até hoje isso dói.
-As pessoas só entenderão umas as outras quando conhecerem a mesma dor – Dizia ela baixando a cabeça e soltando mais um punhado de lágrimas.
-Sim – respondia ele fitando as chamas e lembrando dos bons momentos com seu mestre – Sabe, tenho uma proposta para você, lógico que não precisa ser agora.
-Eu nunca trairia Konoha! – falava a rosada.
-Não estou pedindo para você trair sua Konoha. Antes de tudo, quero apenas que saiba que eu sei o que você está sentindo e quero te ajudar.... Me procure quando estiver decidida.
-Como encontro você?
-É só sentir esse ódio novamente na mesma intensidade que eu vou te achar.
-Você não vai me fazer trair Konoha!
-Como já disse, não estou te pedindo par atrair sua Konoha, apenas estou te dando a chance de se aliviar da dor que está sentindo e um dia eu senti – respondeu ele pela última vez, desaparecendo.
A rosada se viu novamente nos arredores de Konoha. Aquilo era assustador, ela precisava avisar o Hokage. "Se eu avisar eu.....", então ela pensou na dor que sentiu naquele lugar, era mesmo muito parecido com a dor que ela estava sentido antes. Como se, "Como se ele tivesse passado por uma situação completamente idêntica a minha". A rosada, pôs as mãos na cabeça, sentiu ela pesar. Em seguida ela resolveu deitar na relva novamente. Ela contemplou o azul e lembrou do dia da chegada de Sasuke a vila, ele estava menos sombrio e soltava singelos sorrisos. Ela lembrou do dia que o time sete se reuniu para "matar a saudade", como disse Kakashi.
As lembranças fizeram com que ela soltasse um pequeno sorriso e uma leve gargalhada. Mas aqueles momentos já haviam passado, ela tinha machucado Naruto e pior, ficado sem Sasuke justamente quando sentiu que deveria lutar com mais força ainda. Seu rosto deformou-se em tristeza e quando se deu conta ela estava chorando novamente com aquela sensação pesada no peito e com a dor da solidão.
-Eu sinto..... Um VAZIO tão grande – dizia a si mesma enquanto olhava o céu e se perguntava porquê diabos estar sentindo aquilo de maneira intensa. Sakura sentiu exatamente aquilo que Gyappu queria que sentisse... SOLIDÃO e VAZIO.
Dessa vez eu realmente me superei, hehe (no atraso), minha internet deu problema e agora que voltou. Desculpem pelo atraso galerinha. Não deixem de comentar e curtir para ajudar no engajamento da História.
Amo vocês, Akemi.
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Meu Puro Lírio Branco - CONCLUÍDO
RomanceMais uma tarde ensolarada se esbanja em Konoha, as folhas caem indicando a saída da primavera para a chegada do outono. Nada melhor que um casamento para alegrar a vila. Alegrar a todos, menos a uma pessoa Hinata Hyuga, o casamento de Sakura e Narut...