Ao lado da sala principal havia uma sala secreta (não tão secreta assim), ela se projetava a direita de quem entrava, sua entrada era simples sem muitos adornos nas portas, qualquer desavisado poderia abri-la achando que era uma porta qualquer que dava saída para algum lugar (talvez até para fora) e logo que abrisse a porta acharia mesmo isso já que ela dava para uma escada com um caminho escuro e bem no fim da escada estava o segredo. Uma mesa grande com ampla luminosidade com os símbolos das cinco nações do mundo ninja esparramava-se por quase toda a sala, salvo as cinco cadeiras grandes, cada uma comportando o símbolo de seu respectivo kage, um pequeno espaço para seus conselheiros e um lustre que iluminava o ambiente ajudava a dar luz ao lugar. Além do mais, a sala contava com quatro colunas grandes e verdes que carregavam em sua desenvoltura símbolos na nação do fogo.
Quase todos os dias do ano (ou quase sempre) aquela sala permanecia vazia, pois seu uso era específico para apenas uma questão: GUERRA ou ameaças eminentes. Naquele dia a sala não estava nenhum pouco vazia, os ilustres convidados estavam presentes juntos de seus conselheiros e mais alguns ninjas de elite, como membros da ANBU.
-Sinto-me honrado com a presença de todos, sei que convoquei uma reunião de emergência sem ao menos esclarecer as coisas – O Hokage havia quebrado o silêncio.
- Você marca uma reunião de emergência sem ao menos nos dizer qual é a emergência, espero mesmo que tenha uma boa razão para isso – Respondeu o Raikage.
- Tenho certeza de que o Hokage tem uma boa razão para isso – Dizia o Kazegake tentando amenizar a situação - “Ele me parece mais mal-humorado que o normal” – Pensou ele.
- Melhor começar a esclarecer isso, viemos às pressas – A Tsuchikage também queria manter a calma, mas quem ficaria calmo ao ouvir que precisava comparecer com urgência a algum lugar?
- Tudo bem, sei que posso ter aborrecido vocês, mas é algo muito importante.
- Fale logo Kakashi!!
- Raikage Sama, por favor, eu vou chegar lá, não precisa falar assim – O Hokage baixou a cabeça, soltou um suspiro e contou a história a todos os presentes.
- Há uma semana nossos cientistas notaram algo de estranho surgindo da superfície da Terra, primeiro acharam que seriam falhas sísmicas, mas depois foi encontrado um pergaminho enterrado em um desses pequenos terremotos, ele estava dentro de uma pequena caixa adornada em ouro contendo os seguintes dizeres:Quando a luz e as trevas encontrarem seu caminho, também encontrarão sua perdição. O vazio voltara e tentará acabar com a criação do mundo, a luz e as trevas devem se juntar, não apenas em si, mas com os humanos. Para quebrar o ódio do vazio, será necessário sacrifício.
- O que isso quer dizer? – Indagou o Mizukage.
- Ainda não sabemos ao certo. Dois ninjas de elite foram mandados para averiguar o ocorrido, mas assim que tocaram na caixa um brilho intenso cobriu os céus do pequeno vilarejo, em seguida toda a região foi coberta por uma imensa cortina de breu, o céu enegreceu e mostrou a noite mais escura. Todos os habitantes pereceram e os dois ninjas encontram-se hospitalizados e, pelo que parece.... Enlouquecidos.
Após a história houve silencio na sala, todos os Kages baixaram a cabeça, um silencio assustador tomou conta dos líderes das grande cinco nações.
- O que seria “Luz e Trevas”? – Perguntou o Kazekage?
- Aí está o problema, não sabemos...
- Naruto e Sasuke, eles não foram as encarnações de Indra e Asura? – Disse a Tsuchikage – Naruto é o héroi do mundo ninja.
- As memórias de nossos ninjas, por mais embaralhadas que estejam, mostraram um homem de cabelos negros e uma mulher de cabelos brancos.
- Kaguya? – Falou o Raikage com espanto.
- Pelo que parece não... Ela tinha olhos azuis como o céu.
- Essas lembranças podem ter se embaralhado – Falou o Kazekage tentando injetar esperanças.
- Não, nossa telepata é precisa, eram um homem e uma mulher.
- O que faremos? – Perguntou preocupado o Mizukage.
-Foi por isso que convoquei essa reunião, além do mais Naruto e Sakura saíram em missão para ver o que estava acontecendo em um pequeno vilarejo, pelos relatos haviam várias explosões ocorrendo lá.
- Explosões? – Perguntou o Kazegake.
- Sim, algumas delas destruíram fauna e flora e um pequeno vilarejo foi dizimado.
- Me parece obra de terroristas – Respondeu o Raikage.
- Estamos vendo essas opções, mas até o momento a caixa com o pergaminho estão sendo analisadas – Falou o Hokage em voz alta. Aquela era uma deixa para que a reunião acabasse por enquanto, e as investigações fossem iniciadas, já que todos os Kages estavam tomando conhecimento dos acontecimentos Kakashi sentia-se mais seguro em enviar seus ninjas para qualquer outra aldeia sem mais desconfianças, claro que teria de compartilhar o resultado com as outras nações, mas isso era o mínimo que poderia fazer. Por enquanto…**************
Gyappu estava cansado, ele havia usado quase todo o chakra para se ver livre de Raito e Kurayami, e ele havia levado golpes em potencial dela.
“Aquela maldita, sempre interferindo e salvando os humanos, servi por milhares de anos meu senhor, mas ela o encantou com os sorrisos e as caricias, eu vou matá-la e vou acabar com sua preciosa humanidade. Essa humanidade que tirou tudo de mim, que tirou meu senhor e meu mundo. Humanidade imunda, pelo qual ela resolveu se doar, se não fosse aquela maldita eu ainda estaria no castelo com meu senhor aproveitando uma vida eterna e sem dores. Me parece que desta vez ela reencarnou mais precisa e com muito mais força.... Mas não importa mais, depois que despertar meus poderes vou mata-la e ele vai se arrepender de ter escolhido aquela deusa e sua humanidade patética.”
Gyappu era um servo leal de Kurayami, ele o havia servido por anos e, quando Raito chegou seu mestre casou-se com ela. Tudo ia bem até Raito cismar em deixar passar o sopro de vida e nascer a primeira leva da humanidade, após isso Raito desceu a terra e decidiu viver com os humanos, Kurayami vivia triste e magoado, chorava pelos cantos e gritava o nome da amada, até que um dia ele resolveu descer a terra e Gyappu decidiu acompanhá-lo, mas após ver a descrença, a maldade e a incredulidade humana Gyappu se arrependeu e enojou-se da humanidade, não vendo seu lado bom e sua beleza oculta.
Gyappu tentou convencer o mestre a voltar, mas este estava desesperado pela amada e não deu ouvidos. Gyappu então disse que o mestre havia ficado louco e que a humanidade era a escória, tudo que havia de ruim na criação, seu mestre viu a bondade da humanidade e procurou a amada. Quando os dois se encontraram Gyappu estava lá, escondido na moita e maldizendo Raito, ele iria matá-la e seu ódio cresceu tanto que ele decidiu que mataria ela na próxima vida.
E assim foi, quando Raito e Kurayami se reencontraram Gyappu e seu ódio também despertaram e todas as vezes que o casal tentava ficar junto Gyappu tentava (e por vezes conseguia) matar Raito antes que o amor de ambos fosse consumado. Gyappu tentava de todas as formas assassinar ambos, pois se Raito e Kurayami tivessem suas existências apagadas ao mesmo tempo (nas mesmas reencarnações) o equilíbrio na Terra se esvairia e cairia em um completo vazio. Por isso, todas as vezes que Raito era morta Kurayami tinha de viver mais uma encarnação sem ela e isso era como a morte, mas ele precisava fazer isso para reencontrar seu amor e para preservar os humanos que ele havia aprendido a amar também.
- Maldita Raito, você e sua humanidade, junto com meu mestre irão perecer – Dizia Gyappu entrando em um templo em ruinas com os símbolos de um sol e uma lua – Vou começar a providenciar isso, sua maldita.
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Meu Puro Lírio Branco - CONCLUÍDO
RomanceMais uma tarde ensolarada se esbanja em Konoha, as folhas caem indicando a saída da primavera para a chegada do outono. Nada melhor que um casamento para alegrar a vila. Alegrar a todos, menos a uma pessoa Hinata Hyuga, o casamento de Sakura e Narut...