Meu Puro Lírio Branco - CONCLUÍDO

Jinsei

-Quem é você? – Perguntava o Uchiha já dando dois passos para trás e montando a guarda.

-É engraçado vê-lo assim mestre...

-Gyappu seu...

-O quê? Não, eu não Gyappu, parece que dessa vez nem você nem a minha senhora lembraram de tudo, ou se lembraram... Não quiseram contar um para o outro.

-Diga quem é você, ou corto sua cabeça – Falava o moreno ameaçadoramente para o jovem que se mostrava tranquilo mesmo diante de suas ameaças.

O homem, um jovem aldeão de cabelos castanhos e olhos azuis olhou o céu por um instante, depois respirou fundo e soltou um singelo sorriso. Era estranho, seus gestos e atitudes lembravam Hinata, o jeito que ela sorria e falava, até mesmo a postura que ele mantinha diante dele era muito parecida com a dela. Ele estava com vestes comuns e sentou sobre as próprias pernas como se aquele momento estivesse sendo prazeroso para ele.

"Ele está calmo, como se... Se amasse esse lugar..." – Pensava Sasuke.

-Diga logo! Quem é você? Quem é a sua senhora? Por que está me chamando de mestre?

-Só direi depois que você se acalmar, pode por favor sentar ao meu lado? E peço que guarde sua espada, não se preocupe, assim como a minha senhora eu odeio qualquer tipo de violência.

Por um segundo Sasuke pensou em uma nova ameaça, mas estranhamente ele se sentiu à vontade com aquele homem, como se fossem velhos amigos e se conhecessem há 100 gerações.

-Sem gracinhas, posso te matar sem essa espada – Respondia o Uchiha deixando a katana na relva e sentando ao lado do estranho aldeão.

O homem sorriu, fez um gesto de paz com as mãos, voltou a fitar seu olhar no céu como se de lá viesse toda sua razão de viver, depois disso, ele olhou o lago por alguns segundos e sorriu.

-Sabe, vou te contar uma história, na verdade, duas. A primeira começa a quatro anos atrás, com uma fuga de ladrões que tentavam roubar o dinheiro dessa aldeia. Era um dia ensolarado, todos nós fazíamos os afazeres de sempre, havia o dinheiro que guardávamos para caso o inverno fosse rigoroso. O dinheiro estava em um saco que foi rapidamente levado por um bando inteiro de ladrões, como aqui não há ninja algum nós corremos atrás deles sem sucesso, aí... Uma bela mulher apareceu aqui, ela tinha cabelos negros, olhos perolados e uma pele suave e branca... Ela era linda, gentil e forte. Na época eu fui o responsável por ajudar ela, por cuidar de seu bem-estar e estadia. Todos os dias que ela ficou aqui a aldeia se sentiu mais segura e todos amavam a presença dela, o olhar e o sorriso dela... O sorriso, era como se o próprio sol viesse todos os dias nos dar vida, aquela mulher... Ela era simplesmente incrível!! – Dizia ele levantando as mãos como se estivesse comemorando a vitória de algo.

"Hinata, ele está falando de Hinata" – Pensava ele com as lágrimas caindo já em seu rosto.

-Eu me apaixonei por ela, mas ela parecia tão perdida que... Bem, que a última coisa que parecia precisar era de um pretendente.

-Ora seu... – Falava Sasuke.

-Não se preocupe, eu só pude contemplá-la de longe. Suspirei por muito tempo por ela. Até que um dia eu lembrei de algo. É aqui que começamos nossa História, mas ela é bem mais antiga e data de 100 gerações anteriores.

-O que você quer dizer? – Perguntava o moreno incrédulo ao homem que agora tinha ficado sério.

-Há 100 gerações anteriores, quando luz e trevas ainda moravam no plano celestial foi a mim que Raito deixou passar...

-Não me diga que você....

-Meu nome é Jinsei, eu sou o primeiro sopro de vida.... Aquele que deu origem a primeira leva da humanidade, o servo da deusa Raito...

Mesmo sentado sob os próprios pés, Jinsei se curvou diante de Sasuke.

-E também sou seu servo, mestre. Além disso, tenho um recado importante de minha senhora.