Stay With Me - [CNCO]

•.¸♡ Capítulo 20 ♡¸.•

POV JADE

Se passaram pouco mais de duas semanas desde o aniversário da Aaliyah e todo esse tempo eu evitei dirigir a palavra ao Christopher. Por mais que ele tenha me pedido desculpas, ainda estou com raiva por ele ter quase revelado minha gravidez.

Hoje à noite temos um voo marcado para Austin onde se inicia a pequena turnê dos meninos. Na verdade essa turnê começa amanhã, mas como só haviam voos para hoje essa foi a única solução. Hoje também sai o resultado do teste de DNA e já estou a caminho do hospital. Confesso que estou aflita para saber quem é o pai da Sophia e também sei que eu não precisaria estar nessa situação se eu tivesse tido um pouco mais de responsabilidade. "Agora não dá mais para voltar atrás" lembro ao meu inconsciente.

Chego ao hospital e em menos de uma hora saio de lá com o resultado em mãos. Não consigo acreditar que é ele. Já dentro do carro ligo para o Zabdiel, coloco no viva voz e começo a dirigir. No quinto toque ele atende.

_ Jade? O que foi? – ele pergunta.

_ Já estou com o resultado do DNA nas mãos, mas quero te dar a notícia pessoalmente.

_ Ok, te espero no meu apartamento.

_ Beleza. Em vinte minutos estou aí – digo e então ele desliga o celular. Continuo dirigindo pela South Miami Avenue em direção à casa de Zabdiel, mal posso esperar para dar a ele a notícia e então dizer para todo mundo o que está acontecendo, porém assim que entro em uma rotatória perto do One Broadway sinto algo atingir em cheio o meu carro e apago imediatamente.

POV ZABDIEL

Estava tranquilo no meu apartamento brincando com o Appa e arrumando minhas malas quando ouço a campainha tocar. Abro a porta e então vejo Richard, Christopher, Erick e Doug cheios de sacolas e caixas na mão.

_ Mas que porra é essa? – pergunto sem entender nada.

_ Resolvi ouvir seu conselho e vou me declarar para a Jade – diz Christopher tirando um monte de balões em formato de coração de dentro das caixas.

_ Ok, mas para quê isso tudo e por que tinha que ser no meu apartamento?

_ Um, a ideia foi da Doug, ela disse que seria bonito se fizéssemos um caminho com pétalas de rosas e decorássemos a sala com muitos balões. Comprei até uma aliança – ele tira uma caixinha do bolso e revela um par de alianças em um ouro branco. – E dois, a Jade é sua amiga, então se você chama-la para vir aqui ela não vai desconfiar. Agora para de reclamar e vem ajudar – Christopher diz e sem muitas opções vou ajudar. No meio da organização meu telefone começa a tocar e ao pega-lo vejo o nome da Jade brilhar na tela.

_ Jade? – pergunto em tom de surpresa porque não esperava essa ligação agora. – O que foi?

_ Já estou com o resultado do DNA nas mãos, mas quero te dar a notícia pessoalmente – ela diz e então me lembro de que era hoje que saía o resultado. Cacete, como eu pude me esquecer. Pelo menos a ideia do Chris vai ser posta em prática e aí matamos dois coelhos de uma vez.

_ Ok, te espero no meu apartamento – digo na espera de que dê tudo certo.

_ Beleza. Em vinte minutos estou aí – ela diz e eu desligo.

_ Era a Jade? – pergunta Chris.

_ Sim. Ela disse que chega em vinte minutos – digo e corremos para terminar de arrumar as coisas.

Quinze minutos, trinta minutos, quarenta minutos se passaram desde que conversei com a Jade pela última vez. Da maternidade até aqui não leva mais que vinte minutos e essa demora dela estava me preocupando. De repente meu celular toca e eu atendo no primeiro toque.

_ Jade? – pergunto, mas entro em pânico ao ouvir uma voz de um homem do outro lado.

_ O senhor conhece a dona desse aparelho? – o homem pergunta.

_ Sim, é minha amiga. E você quem é? E por que está com o telefone dela? – digo e nesse instante o Christopher dá um pulo do sofá e vem até minha direção perguntando o que estava acontecendo, mas eu peço para ele esperar.

_ Eu sou o soldado George Cooper do Departamento de Policia de Miami e sinto lhe informar que a dona de aparelho sofreu um acidente de carro próximo ao One Broadway e foi encaminhada ao Hospital Mercy em estado grave – diz o homem do outro lado da linha e eu entro em pânico. 

_ Que porra é essa de acidente Zabdiel? O QUE ACONTECEU COM A JADE? – pergunta Christopher totalmente alterado após eu desligar o telefone.

_ Eu também não entendi direito. Mas parece que um carro em alta velocidade colidiu com o dela. O condutor do outro veículo morreu no local, mas ela foi levada para o Mercy em estado grave – digo e sem pensar muito nós cinco saímos. Eu, Christopher e Erick fomos no meu carro enquanto Richard e Doug foram no dele.

_ Acho melhor avisar o pessoal, principalmente a Clara e a Ali – diz Erick e peço para ele fazer isso.

_ E a família dela? Os pais, o irmão. O que a gente faz? – questiona Christopher. – Puta que pariu Zabdiel, eu não posso perdê-la agora, eu não posso.

_ Também estou preocupado – em dobro, penso comigo. – Mas precisamos ter fé nesse momento. E quanto à família dela, acho melhor entendermos o estado dela para depois avisar, porque do jeito que eles são eles vão querer vir na mesma hora. Principalmente o Abraham – digo quando finalmente chegamos ao hospital. – Estamos à procura de Jade Mateo. Ela deve ter dado entrada aqui há poucos minutos.

_ Vocês são dá família? – pergunta a moça da recepção.

_ Não, mas somos amigos dela – digo desesperado.

_ Infelizmente só posso autorizar a entrada de familiares no momento.

_ Mas moça, a família dela mora na Espanha, então ela não tem ninguém aqui – digo tentando convencer a recepcionista.

_ Nesse caso preciso de autorização do meu superior. Só um segundo – ela diz e pega no telefone. – Bom, me sigam – ela diz assim que desliga o mesmo e assim fazemos. – Vocês podem esperar aqui que daqui a pouco o doutor vem falar com vocês – ela diz e sai. Uma hora depois vejo Clara, Ali, Jean, Walter, Danny e o resto do pessoal entrarem no final do corredor.

_ E aí, notícias da Jade? – pergunta Clara assim que se aproxima.

_ Ainda não. A moça da recepção pediu para a gente esperar aqui que o medico viria falar, mas já se passou uma hora e nada – diz Richard.

_ E você Zab, como está? – pergunta Danny, mas não tenho forças para responder.

_ Vocês são parentes da paciente Jade Mateo? – pergunta um homem de jaleco que aparenta ter uns quarenta anos.

_ Somos amigos e colegas de trabalho, a família não é daqui – diz Clara.

_ Eu sou o Dr. Daniel Rains chefe da medicina de emergência do hospital. Bom, a paciente sofreu uma colisão com um carro que estava em alta velocidade. Ela chegou aqui em um estado muito crítico e com uma fratura exposta na perna esquerda, além de ter sofrido duas paradas cardiorrespiratórias assim que chegou à emergência, o que nos obrigou a intubá-la. Fizemos alguns exames rápidos e notamos um inchaço no cérebro então por isso ela está sendo preparada para uma cirurgia nesse exato momento.

_ Mas e o bebê? – pergunto sem me importar com quem estava ali. Que se dane esse maldito segredo.