Point Of View Lalisa Manoban
— Muito brilhante, sem graça, cinza demais, muito colorido....
Quando eu comentei que Jisoo era muito indecisa eu estava falando realmente a verdade, estávamos aqui a horas e estava quase dando a hora de ir embora, contudo ela não tinha escolhido um vestido se quer. Sana já tinha sumido, provavelmente tinha ido até a praça de alimentação comprar algo, o que eu agradeço, meu estômago não aguentava mais o vazio que ele tinha.
— Nada ainda? — Escuto a voz de Sana ao meu lado. Nego com a cabeça e ela me entrega uma esfirra. — Escolhe qualquer coisa Jisoo, você fica linda até em um saco de batatas.
— Todo mundo fala isso quando quer acabar logo o assunto.
— Isso não faz nenhum sentido. — Sana responde.
— E esse? — Ela ignora a resposta de Sana e nos mostra um vestido azul bebê com detalhes em branco.
— É lindo. — Eu e Sana falamos juntas. Ele era realmente lindo, mas com esse frio Jisoo iria congelar.
— Mas você sabe que você vai virar picolé se usar isso lá fora, não? — Sana comenta.
— O importante é ficar bonita, o frio que vou passar é só um bônus.
— Você ainda não disse o nome da pessoa que você vai se encontrar.
— O nome dela é Roseanne, uma neozelandesa de cabelos loiros. — Já fazia um tempo que Jisoo a conhecia, mas nunca nos falou aonde e como ela a conheceu. Por um tempo achei que ela não existia, até o dia em que Jisoo chegou em nós dizendo ter um encontro com ela, depois desse dia deixei pra lá esse assunto. — Na hora certa vocês vão conhecê-la.
— Estou ansiosa para este dia. — Sana falou animada.
— É claro que está, você adora conhecer pessoas novas. — Eu falo.
— Você me conhece tão bem. — Ela faz um biquinho e vem até mim me marcando, me dando beijos pelos rosto todo.
Na maioria das vezes Sana era só mais uma pessoa normal querendo carinho e afeto, já que seus pais nunca deixaram ela sentir isso deles. Então eu, Jisoo e Jimin sempre damos atenção a ela, para deixá-la feliz dia após dia. O tempo se passou e eu contava os minutos para poder ir embora e começar a me arrumar, meu corpo estava entrando em uma explosão de sensações só de lembrar que em algumas hora eu estaria vendo Jennie, pela segunda vez no dia e não era só de longe, mas de perto cara a cara.
— Vamos, Lisa tem que ir para casa se arrumar. — Jisoo chega até mim e Sana com a sacola da loja em mãos. Minha amiga não estava se importando se iria sentir frio.
— Finalmente! — Entrelaço meus braços nos delas e saio em direção a saída do shopping.
Jimin não pode vir hoje, seus pais tinham que ir visitar sua avó e não podia ficar com a gente, nós já conhecíamos a família toda dele. No verão passado fomos na casa de praia deles todos juntos, quem via de longe parecia uma família, mas só era eu, Sana e Jisoo de penetra no meio deles.
— Tchau meninas, até amanhã! — Sana se despede de nós e vai em direção a sua casa.
— Está nervosa? — Jisoo pergunta quando coloca o carro para andar novamente.
— Muito.
— Não se preocupe, vai dar tudo certo e não se esqueça de me contar tudo amanhã.
— Como poderia esquecer? Já é a quarta vez que fala isso.
Ela solta uma risada e nega com a cabeça. Eu considerava Jisoo como minha irmã mais velha, ela sempre me protegia de tudo, me dava conselhos que sempre me ajudavam nas minhas situações. Eu era a protegida dela, assim como Sana e Jimin, éramos irmãos de outra mãe.
— Entregue.
Ao parar com seu carro na frente da minha casa, olho em direção ao outro lado da rua. A casa de Jennie estava toda acesa indicando sua presença nela.
— Obrigada, Jisoo. — Me despeço dela com um abraço e saio do carro entrando na minha casa.
___________________
O tempo que demorei para me arrumar foi pouco, logo depois que entrei na casa minha mãe já me mandou para o banho e me arrumar. Eu não era uma pessoa de se arrumar muito, eu só fazia ao básico e já estava pronta. Minha roupa que eu usava era quente me esquentando, enquanto nos meus pés meias e uma bota não deixavam meu pé colegar de frio. Minha mãe na cozinha fazia o jantar, nada muito extravagante ou algo do tipo.
— Filha! — Minha mãe me chama da cozinha, que por eu estar na sala escuto perfeitamente.
Me levanto do sofá e vou até lá, encontrando ela arrumando a mesa.
— Me ajude aqui.
Ajudo ela a por tudo na mesa, minha mãe já estava pronta e de banho tomado. Jennie a qualquer momento poderia chegar e eu estava me preparando para isso. Jisoo também já havia me confortado por mensagens que trocamos depois que me arrumei. Quando eu escuto a campainha tocar, meu corpo começa a tremer de nervosismo.
— Vai logo, Lalisa.
Obedeço sua ordem e vou até lá, quando abro dou de cara com uma deusa, Jennie estava toda engasalhada por roupas grossas quem nem as minhas. Ela me olha e sorri torno e nesse momento minha pernass não aguentam e me apoio no batente da porta.
— Olá! Boa noite, Lalisa. — Ela fala com a típica voz rouca que me fascina.
— O-Oi!
Ela sorri e se aproxima de mim só para dar um beijo em minha bochecha, ao sentir seus lábios em meu rosto sinto aquele local queimar e a famosa família de borboletas nascerem mais uma vez em mim. O efeito que ela tinha sobre mim, nunca tinha visto ou sentido algo igual, aquela coreana tinha o poder sobre mim e ela sabia disso, porém se não soubesse com certeza descobriria logo, logo.
— Não vai me convidar para entrar?
Só agora que me dou conta que estava na mesma posição e ela ainda pro lado de fora no frio.
— Uhum... d-desculpa, entra. — Dou espaço para ela entrar e quando seu corpo se choca com o meu, sinto seu perfume vir diretamente para meu nariz, o cheiro de morango vinha de seus cabelos castanhos e hidratados.
— Boa noite, Jennie. Fique a vontade! — Minha mãe entra na sala dando um abraço nela. Me pergunto quando elas viraram tão amigas assim. — Vamos comer?
— Claro, a senhora primeiro. — Minha mãe assente e sai na frente de nós duas. Antes de Jennie se retirar também ela vira seu rosto para mim lançando uma piscadinha me deixando confusa. A noite seria longa e eu pensava seriamente se aguentaria ela até o final.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Unidas Por Um Segredo | Jenlisa
Fanfiction[ Concluída ] Todo dia te via pela janela, a cada dia que se passava e a cada vez que te observava, era como se todas as borboletas do universo nascessem em minha barriga, nunca me acostumei com a sensação de ter milhões de asas dentro de mim. O fri...