Unidas Por Um Segredo | Jenlisa

| CAPÍTULO 18 |

Point Of View Lalisa Manoban

— Você está nervosa. — Não era uma pergunta e sim uma afirmação, não era impossível de ver minhas pernas agitadas, minhas mãos que não paravam de se contorcer tentando de alguma ter controle do meu nervosismo evidente em mim. — Calma, meu amor. Vai dar tudo certo.

Jennie beija meus cabelos e pousa minha cabeça em seu ombro. Minhas costas doíam de ficar os 15 minutos ali sentada na mesma posição, eu nem havia embarcado no avião e já estava sentindo falta da minha mãe. Que por falar nela foi o maior choro com nossa despedida, ainda me lembro das suas lágrimas finas e solitárias escorrendo pelo seu rosto pálido, me doía saber que ela não podia não ir com a gente. Mesmo esse sendo meu desejo, eu sabia que ela tinha responsabilidade com o hospital e não podia faltar com sua falta de responsabilidade.

Sorte a minha que tinha Jennie ao meu lado me dando todo o apoio necessário para isso, eu não sabia o que encontrar na Tailândia depois de tantos anos sem pisar meus pés lá. Em minha mente tudo lá tinha mudado, ainda podia me lembrar das casas sem detalhes e simples que talvez hoje em dia estejam mais evoluídas.

— Estou morrendo de nervosismo!

— Relaxa mulher, logo vamos embarcar e você toma remédio para dormir.

O remédio seria meu melhor aliado nessa viajem, eu pretendia dormir a viajem toda e só acordar em território tailandês. Só agora que minha ficha tinha caído que vou pra lá para tomar meu lugar de direito, um lugar que nem sei como irei lidar.

— Ainda me assusta o fato que vou liderar pessoas.

— Sempre é difícil no começo, depois você se acostuma com toda a pressão de ter uma responsabilidade maior que qualquer outra coisa.

— Essas palavras me confortam. — Falo em tom de brincadeira e ela ri.

— Desculpe, mas é a verdade. E não podemos fugir da verdade, bem da realidade.

— As vezes eu desejo isso. — Resmungo.

{...}

Eu só via as imagens passando em minha mente, de eu liderando pessoas ,eu sentada em minha cadeira de couro imaginado ser meu trono ali, com Jennie ao meu lado me ajudando. Homens obedecendo minhas ordens e matando pessoas pela qual eu mandei tirar a vida, me assusta, mas ao mesmo tempo sinto o poder das minhas palavras diante a todos.

Todas essas imagens que minha cabeça formulava, enquanto eu estava em um sono profundo.

Poder.

Era isso o que eu tinha agora e sabia o peso dessa palavra quando eu estiver a gente daquela que me seguem e que tendem às minhas ordens. Rainha ou dama de copas, eis a questão que vou descobrir quando eu chegar ao meu "palácio" chamado de galpão.

— Amor? — Escuto a voz de Jennie de longe, sinto o balanço do meu corpo com suas mãos macias em meus ombros largos e marcados pelo osso e pela pele branca. — Chegamos.

— Cheguei ao mundo em que pertenso?

— Chegou. — Abro meus olhos e dou de cara com os olhos de gato, me olhando atentamente.