| CAPÍTULO 15 |

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Point Of View Lalisa Manoban

Eu olhava abalada com a confissão de Jennie assim do nada, Jennie gostava de mim, ela estava apaixonada por assim como eu estava por ela. Eu não podia acreditar que depois de tanto tempo sofrendo essa paixão as escondidas finalmente pude ficar ao lado dela com a mulher tendo os mesmo sentimentos por mim.

Eu não sabia o que falar naquele momento, então eu só avancei nela beijando Jennie com toda a paixão que eu sentia por ela, minha mãe já havia saído da sala e subido para o segundo andar para nos dar mais privacidade. Ao meio do beijo sinto lágrimas de felicidade escondendo pelo meu rosto enquanto eu sentia o sorriso de Jennie contra meus lábios, o gosto de cereja de sua boca estava deixando a cena mais inesquecível.

— Eu esperei tanto por isso... tanto. — Ela murmura com a boca colada na minha.

— Eu também, meu amor. — Ela sorri mais uma vez e volta selar nossos lábios.

Eu não precisava mais me esconder e nem esconder meus sentimentos por ela, agora eu podia viver tranquila ao seu lado sem ter medo de expressar meus sentimentos contidos dentro de mim.


{...}


Já tinha se passado alguns dias desde o dia em que Jennie confessou estar apaixonada por mim. E nesses últimos dias que se passaram rapidamente me fizeram sentir a felicidade de estar ao lado dela todas as horas possíveis, e hoje eu estaria ainda mais perto por estar indo até o galpão onde ela e os seus aliados ficam. Eu estava nervosa do que eu posso encontrar lá, Jennie já tinha me explicado o que acontece com pessoas que traem seus chefes, essas pessoas são torturadas até a morte e eu me assustei só de pensar em Jennie fazendo esse tipo de coisa.

Um dos seus homens se aliou a James e ela descobriu e nesse exato momento estamos indo até o galpão dar um jeito nele. Meu estômago embrulhava só de pensar que vou ver Jennie matando alguém a sangue frio, esse mundo não era para mim, mas eu tinha que aceitar meu destino. Eu tinha Jennie e minha mãe ao meu lado então as coisas não seriam tão difíceis na medida do possível.

— Está nervosa? — Jennie pergunta.

— Um pouco.

— Não fique, talvez entrar nisso de cara seja melhor do que aos poucos.

Eu precisava tomar um choque de realidade para absorver tudo isso da melhor, era isso o que eu achava que ela estava propondo. E eu não achava uma má ideia de ver o que acontece com as pessoas desse mundo novo.

— Preciso entender de qualquer forma, sobre esse mundo. — Falo e ela me olha quando para o carro no sinal vermelho.

— Eu me sinto péssima de ter que fazer você ver isso, mas é necessário para seu amadurecimento.

— Com quantos anos você viu a primeira pessoa morrer na sua frente?

Eu não sabia ao certo se era educado ou muito invasivo de perguntar aquilo, mas eu precisava saber.

— Sete anos... eu tinha sete anos. — Ela sorri pequeno e volta a movimentar o carro quando o verde se abre.

Jennie já tinha visto a cena que poderia traumatizar ela pela vida todo, com apenas sete anos de idade. Em comparação a mim que tinha 23 anos, que não era nada.

— E como você lidou com isso?

— Na verdade não foi difícil. Eu sabia a que mundo eu pertencia então meu pai sempre me manteve atualizada de tudo, eu sabia o que acontecia com aqueles que nós traiam quando um dos melhores amigos do meu pai o traiu indo para o lado de James, assim como esse que está mantido em cativeiro no meu galpão.

— Seu pai não tinha medo de te traumatizar?

— Naquele mundo em que eu cresci presenciando a guerra entre máfias, me fez não sentir mais poderosa com sete anos quando eu presenciei meu pai matando aquele homem que o traiu, me fez abrir os olhos e ver o quão minha família era e é poderosa. — Ela contava tudo com calma. —  Meu pai sabia que eu era forte mesmo muito pequena, ele confia em mim e na minha mente que a todo momento era aberta a todo o conhecimento que ele me dava. Então em um dia ele viu que eu estava preparada para ver o ato de "acertos de contas", foi naquele dia que vi o homem que me viu crescer ser morto pelo meu pai, o sangue escorria pelo seu rosto, a última coisa que ele falou antes de realmente partir nunca sou da minha mente.

— E o que ele disse? — Ela me olha e volta sua atenção para a estrada que começou a ser de chão.

Me perdoe... tenha misericórdia de mim. Essas foram suas últimas palavras antes de partir desse mundo.

Eu não sabia o que falar sobre aquilo, era muita informação para absorver de uma vez só. A infância de Jennie diferente da minha, foi complicada. A coreana cresceu vendo um mundo diferentes dos que os outros estão acostumados a lidar, Jennie cresceu na guerra onde não se podia confiar nem na sua própria sombra a criança que viu o pai matar uma pessoa com sete anos não saia de dentro dela. Memórias do passado que ela carrega todos os dias até os últimos segundos de sua vida.

Eu queria tirar toda as coisas que a afligem e que a faz se sentir ruim e cuidar dela, mais do que a mim mesma. Meu objetivo agora não era me proteger e pegar meu cargo na máfia tailandesa, além de todas essas coisas eu precisava acima de tudo proteger a mulher que eu amo, e era isso que eu iria por como prioridade daqui em diante.

— É aqui. — Jennie fala quando ela para o carro em uma garagem.

Diferente do lugar onde James ficava, aqui era mais limpo e com um cheiro bom. Por toda a área externa do galpão haviam vários homens com armas em suas mãos fazendo ronda, sinto Jennie pegar minha mão e me conduzir até uma porta abrindo ela logo em seguida.

O corredor era longo com várias portas, os mesmo tipos de homens lá fora andavam aqui dentro também olhando ao redor. Jennie me conduz pelo corredor até  Hegar em uma porta, mas antes de abri-la a coreana me olha.

— Você precisa ser forte agora.

— Ele está aí? — Ela só assente.

Agora eu precisava lidar com as coisas destinadas a mim desde meu nascimento, eu não podia parecer uma fracote nem aqui nem lá fora. O mais fraco vai primeiro e eu não queira ser visita como uma perdedora só por ser uma mulher indefesa.

— Abra.

 Unidas Por Um Segredo  |  JenlisaOnde histórias criam vida. Descubra agora