Depois de longos anos em Londres, Marinette está de volta a Paris disposta a deixar no passado todas as lembranças ruins de anos atrás, assim como estava completamente focada em ignorar tudo que lembra-a de Adrien Agreste, seu antigo namorado cujo r...
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━━ OITO MESES DEPOIS, Marinette ainda trabalhava no colégio de Emma. A loirinha e todos os amigos estavam radiantes com as aulas da Dupain-Cheng, como sempre estiveram desde que ela começara a trabalhar ali.
Ela também se sentia feliz. Marinette gostava de trabalhar ali. Todos a tratavam bem. Ela ficou surpresa ao descobrir que Lila acabou sendo afastada e pediu transferência para uma outra escola no sul da Itália, onde ela disse estar conhecendo um rapaz muitíssimo gentil com quem ela queria ter um relacionamento.
Ninguém sabia se era verdade ou não, mas Nathalie não questionou. Preferiu oferecer a ela de bom grado a transferência para que não causasse mais controvérsias pelo colégio.
E, claro, Marinette também agradeceu não só a Nathalie como a Kagami. Após sair da escola naquele mesmo dia em que não pegou o trem, ela fez questão de conversar com a japonesa. Foi por causa dela que conseguiu seu emprego, claro que Emma também tinha créditos, mas Kagami foi a principal responsável em reverter aquela situação após explicar a verdadeira história.
Para a felicidade de Emma, Marinette e Kagami estavam se dando bem. Elas tinham alguns interesses em comum, conversavam de uma maneira sempre boa e até mesmo trocavam memes no WhatsApp. Félix também era outro que ficava feliz pela amizade delas, afinal, ele queria que Marinette e Adrien fossem padrinhos quando ele se casasse.
Mesmo com Kagami deixando um tanto claro que não estava afim de se casar tão rapidamente. Ela queria ir com calma. Havia acabado de sair de um casamento e não estava querendo entrar em outro de uma maneira tão abrupta.
— Finalmente te encontrei. Estava te procurando.
A voz do Agreste atraiu a atenção da mestiça. Marinette desviou o olhar para ele, ficando um tanto sem jeito por vê-lo com sua roupa social. De fato, ele só estava sem o paletó. Havia tirado para ficar um tanto mais confortável. Ela respirou fundo, sorrindo e mordendo o lábio inferior enquanto o via parado um pouco distante com as mãos no bolso da calça.
— Desculpe, senhor Agreste. Não queria te preocupar.
Ela murmurou em um tom gostoso de brincadeira, se encostando na grade do deck em que estava. Adrien se aproximou ainda com as mãos no bolso da calça social, um tanto quanto sorridente e muitíssimo relaxado.
— Vai me deixar mal acostumado se continuar falando assim, senhora Agreste. — Ele estalou a língua. — Você falando assim me deixa um tanto afetado e ainda mais apaixonado.
Eles trocaram um sorriso. Sim, agora era oficial. Naquele dia, horas antes, haviam se casado com a presença de todos os amigos próximos e os familiares. Havia sido uma cerimônia linda e especial para todos, até mesmo para aqueles que estavam presente para homenagear o casal. Todos conseguiam enxergar o amor que eles sentiam um pelo outro. Era claro e nítido que, mesmo após anos, o sentimento que tinham pelo outro era o mais puro e bonito amor.
Eles se amavam demais.
E, como padrinhos, acabaram escolhendo Nino e Luka enquanto o cargo de madrinha ficou para Alya e Chloe. Emma entrou com as alianças, chamando a atenção de todos pela doçura e o carisma que possuía.
Depois do casamento, foram para uma festa organizada por Alya. Era em um local bonito, espaçoso e tinha aquele deck muito charmoso. As pessoas estavam preferindo ficar na área interna do local, algumas crianças se divertiam no pequeno parquinho que tinha próximo a área externa, com a supervisão de alguns monitores oferecidos pelos donos do lote alugado e decorado por uma empresa responsável.
Adrien e Marinette se aproximaram, contentes. Ela usava um vestido longo no estilo sereia que muito realçava sua beleza. Adrien estava ainda mais apaixonado pela figura à sua frente, tão bonita e que, agora, ele podia chamar de esposa. Por momentos, parecia surreal.
Ele tocou o rosto dela com a destra, acariciando a bochecha da mestiça. Marinette sorriu.
—Eu ainda não tinha tido tempo para te dizer, mas... você está linda, Mari. Ainda mais do que o habitual.
Dupain-Cheng sorriu.
— E você também... — Ela deixou que ele a colocasse contra a cerca que ficava ao redor do deck. Apoiou as mãos nos ombros do maior antes de envolver o pescoço do maior com os braços. A música calma que chegava ali, mesmo que um tanto mais fraca do que deveria estar na festa, os fazia mover o corpo de maneira lenta.
Sorriram.
— Você não sabe o quão feliz eu estou em usar essa aliança... — Adrien murmurou. — Em poder dizer que sou casado com você, uma mulher tão incrível. Depois de tanto tempo... nossa, Marinette... eu estou tão feliz que nem mesmo sei colocar o quanto em palavras.
Ela assentiu.
— Eu também me sinto dessa forma, Adrien... — Ela suspirou. — Eu lutei tanto contra meus sentimentos por você, eu tentei esquecer, esconder, fingir que eles não existiam, mas... no fundo, eu não conseguia. Eu amo você, amo você de uma forma que eu nem mesmo sei explicar! Estar com você é... maravilhoso e eu estou feliz da mesma forma que você. Eu amo você...
Encostaram a testa uma na outra, sorrindo como os dois incriveis bobos apaixonados que eram. As mãos de Adrien ficaram na cintura da garota enquanto ela ainda mantinha as mãos ao redor do pescoço dele. Devagar, aproximaram os rostos.
Marinette sorriu quando a boca se encostou na dele, transformando aquele toque em um beijo. Adrien fez questão de corresponder na mesma intensidade, de mostrar para ela que tudo o que ela sentia e passava para ele naquele beijo era recíproco. Ele a amava, assim como sabia que ela o amava também. Ele queria ser feliz e passar anos ao lado dela, sabendo que o mesmo valia para ela.
Se separaram quando necessário, voltando a trocar olhares. Marinette o abraçou, apoiando a cabeça contra o peito dele. Adrien adorou te-la contra si daquela forma. Começaram a dançar juntos a música que tocava no fundo.
Sorrindo, abraçados, apaixonados.
Dividindo o amor que sentiam há anos um pelo outro e que finalmente se sentiam livres e à vontade para demonstrar.
