Sala de astronomia

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Tom estava de pé olhando as estrelas e fumando. Eca! Odeio cigarro, além de ser horrível o cheiro faz mal para saúde. Meu pai fumava mas quando estava com 6 anos ajudei ele a parar com esse vício. Ele começou a fumar quando minha mãe morreu no meu parto. Mas com muita ajuda ele parou.

- O que está fazendo aqui? - pergunto sendo direta.
- Imagino o mesmo que você. - diz ainda olhando as estrelas.
- Então você também está com cólica?

Ele me olha espantado, rio da sua cara.
- Brincadeira kkkkk, estou aqui para pensar - digo levando a minha atenção para as estrelas.
- Também - diz dando mas uma "sugada" no cigarro.

Pego o cigarro da mão dele é jogo lá em baixo.
- Ei!
- Isso faz mal, você pode morrer.
- Morrer seria lucro para mim, ninguém sentiria minha falta - disse num sussurro e apoiando os cotovelos na sacada.

Ok, isso me doeu,ele pode ser o cara que eu mais odeio mas ele só tem 17 anos. E esses pensamentos suicidas não devia passar na cabeça dele.

- Não fala assim, eu sentiria falta de você - ele me olhou meio entediado - quem eu iria implicar se você não estivesse aqui kkkkk - ele rio fraco - não é sério eu sentiria sua falta. Seria muito triste se eu perdesse o cara que tá tentando ser meu amigo. E se quiser desabafar?

- Obrigado. - ele suspirou - Eu tenho passado por alguns problemas em casa digamos que meu pai quer que eu faça uma coisa e eu não quero de jeito nenhum.

Voldemort o colocou em uma missão? O que será?

- Que coisa?
- Você não entenderia... - disse me dando as costas e saindo da torre mas antes de ele sair digo.
- O que Voldemort te pediu? - digo sem medo e com toda coragem que tenho.

Ele me olha desacreditado, talvez eu tenho cagado todo plano mas nada que um Obliviate não resolva.

- Como você...? - ele fala enquanto se aproxima - Dumbledore te disse? Ele te mandou aqui? Você faz parte do plano?
- N-não espera aí Dumbledore? Plano? Do que você está falando?
- Aí droga... - ele sai correndo em direção a porta mais eu sou mais rápida.
- Colloportus! - tranco a porta e Tom me olha.
- Eu não queria te obliviatar.
- Tom me fala agora o que está acontecendo.
- Eu não posso, eu tenho que apagar a sua memória.
- Não! Tom, por favor confia em mim, por favor me fala e talvez eu possa te ajudar.
- Você não vai acreditar em mim.
- Tenta.

Ele fechou os olhos e sentou num palco que tem lá. Me sentei no seu lado.

- Você tem que me prometer que não vai contar para ninguém...
- Eu prometo - estendi meu dedo mindinho, o mesmo me olhou confuso mas logo depois entrelaçou o seu dedinho também.

Sentei uma energia percorrer no meu corpo isso acontece toda vez que ele me toca.

- Tudo bem... - ele disse pensando nas suas palavras - Sim, meu pai é você-sabe-quem. Ele quer que eu junto com o Malfoy matassemos Dumbledore.

Estou chocada com que eu acabei de ouvir ele e o Draco matar o Dumbledore? O meu melhor amigo Draco? Porque ele não me disse?

- Mas uma coisa que meu pai não sabe e que eu, Draco e o Snape somos espiões do Dumbledore. Contei tudo a ele sobre os planos do meu pai e se não acreditar em mim podemos ir agora mesmo para a sala do diretor tirar a prova.
- Não eu... Eu acredito em você! É que são muitas informações...
- Eu sei... Obrigado por ouvir eu precisava desabafar com alguém - ele falou com os olhos brotando água.

Eu não acredito Tom Riddle estava chorando? E na minha frente? A única reação que tive foi abraça-lo e assim ele desabou em meus braços.

Ele estava quebrado.

The Only Exception - Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora