Estranho de amor

Capitulo-3

- Enzo?

- Acho que entre nós a um imã.

- Estamos sempre nos esbarrando. – sorri sem graça, ele me olhava de uma maneira única o que me fazia sentir vergonha.

- Mais eu não quero esperar muito tempo pra me esbarrar de novo em você. – ele me olhava no fundo dos olhos. – aceita uma bebida?

- Pode ser! – dei um sorriso tímido

Ele segurou na minha mão e uma onda de eletricidade parecia que percorria todo o meu corpo, ele ia me arrastando pelo meio da multidão até chegarmos no bar.

- O que você quer tomar?

- Uma ice! – ele apenas riu pra mim e pediu duas ices ao barman.

- Aqui. –disse me entregando uma, enquanto dava um gole na outra.

- Obrigada.

- Dança?

- Sim

Formos a pista de dança nos encontramos com o resto do pessoal, ficamos ali dançando, bebendo e rindo, eu já estava meia alta, nunca tinha bebido assim, imagina se meu pai descobre? Quero nem pensar o que era faria comigo, mais eu não podia deixar de sentir uma pontinha de arrependimento, por meus pais confiarem e mim, e eu está meio que os enganando.

- Vamos sair daqui, ir lá fora? – o Enzo falava no pé do meu ouvido me deixando arrepiada, e me tirava do meu devaneio.

- Hã? – eu não tinha entendido nada

- Ir lá fora Marina, conversamos um pouco a sós, topa?

- Tudo bem, mais é que to de carona com a Gabi, e....

- Eu te deixo em casa!

- Ok então, deixa eu só me despedir do pessoal.

- Beleza, vou falar com uns amigos meus, te espero na saída em 10 minutos, certo?

- Ta certo.

Ele desapareceu na multidão e eu fui atrás das minhas amigas.

- Meninas, o Enzo me chamou pra sairmos, então Gabi você está liberada de ser minha motorista hoje.

- Mari, cuidado com esse Enzo, ele tem uma fama de garanhão, não faz nada que você se arrependa depois. – a Gabi me dizia de forma preventiva

- Deixa a menina Gabriela, ela não vai casar com ele agora. – a Sarah, gritava sorrido muito alterada pela bebida.

- Ta, só juízo em Mari? Qualquer coisa me liga, divirta-se.

- Tchau meu amores, pode deixar que eu não vou fazer nenhuma loucura, beijos. – me despedir delas e fui encontrar o Enzo

Sair driblando as pessoas até chegar na saída, estava bem mais calmo lá fora, demorei um pouco pra encontrar o Enzo, o achei encostado numa moto, ele me viu e abriu um sorriso.

- Vamos? – disse me passando um capacete

- Posso saber onde o senhor vai me levar?

- Surpresa, sobe ai!

Subir na moto, ele logo deu a partida, vinha um sentimento de estar fazendo a coisa errada sobre mim, e eu não podia negar essa adrenalina que corria pelo meu sangue, e isso é bom, o vento batendo no rosto frio, eu estava amando essas novas experiências, um tempo depois parando perto de uma praia, o lugar se resumia a perfeito, a luz do luar refletindo sobre a água do mar, ele foi me guiando, até chegarmos ao topo de uma montanha, caminhávamos em silencio, ele segurava na minha mão pra eu não cair, caminhamos cerca de 10 minutos, que valeram muito a pena, o céu está estrelado, parece que posso pegar uma estrela com a mão, eu estava fascinada com toda aquela beleza.