Capitulo-37

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Quando eu escuto o disparo, e em seguida mais dois eu abro os olhos devagar e vejo que o Enzo foi baleado nas costas, com três disparos, o seu sangue jorra pelo chão e quando ele cai, eu percebo que ela já caiu morto.

Eu volto a correr de pros braços do Miguel, eu não sei como as minhas pernas me obedecem, porque elas estão tremulas, eu me jogo nos seus braços e no mesmo instante eu senti o meu corpo ficar mole, e uma tontura tomou conta de mim, minha vista escureceu, eu só me lembro da voz do Miguel distante, eu não consigo descrever o que ele ta dizendo, quando tudo fica escuro.

Eu não sei quando tempo fiquei desmaiada, eu abrir os meus olhos com bastante dificuldade, é um quarto branco, tem um homem de jaleco em minha frente e o Miguel mais atrás, ele me olha apreensivo, eu reconheço o homem de jaleco é o Dr. Domingues, eu devo está no hospital.

- Ta sentido alguma coisa Marina?

- Eu to bem. - disse me sentando na cama, vi o Miguel se aproximando. - só uma dor de cabeça, mais não é tão forte, eu olhei pra minha blusa lembrei que o Enzo tinha rasgado, mais eu estou com outra blusa, eu não sei de quem é mais não é minha, pelo menos eu não estou só de sutiã

- Foi normal esse desmaio, pelo que soube você passou por algumas emoções  fortes, deve ter sido uma queda de pressão ou coisa assim, mais mesmo assim vamos fazer uns exames completos para termos certeza que você está bem!

- Tudo bem doutor.

- Eu vou mandar a enfermeira vir tirar seu sangue!

- Obrigada doutor. - Miguel disse apertando a mão do médico, enquanto ele sai do quarto.

- Tem certeza que você está bem? - o Miguel segurou a minha mão, ele parece preocupado.

- Acabou!

- Acabou, você foi muito corajosa meu amor!

- Eles morreram?

- Tiveram o fim que mereceram.

- QUE LOUCURA É ESSA EM? - minha mãe entrou no quarto do hospital gritando.

- Eu to bem mãe!

- Mais poderia não está Marina, o que você tem na cabeça? Por que não me contou nada? acabei de ficar sabendo disso tudo agora, eu quase morro! Você ainda consegue me matar Marina!

- Eu não te disse pra você não ficar exatamente assim, eu to bem mãe, agora acabou toda essa história pra sempre!

- Minha filha. - ela veio em minha direção e me abraçou. - tem certeza que está bem? Deixa eu olhar bem pra você!

- Eu vou precisar ir na delegacia. - o Miguel disse interrompendo a minha mãe. - tudo bem por você Marina?

- Pode ir tranquilo meu fico eu fico com ela.

- Eu volto para te buscar. - ele disse se inclinando na cama e me beijando.

- Pode ir tranquilo amor.

Assim que ele saiu eu precisei ouvir da minha mãe ela milésima vez como eu fui irresponsável, como eu ainda conseguiria a matar de susto, e logo em seguida ela me abraça perguntando se eu estou realmente bem, dei graças a Deus quando a enfermeira entrou para colher o meu sangue, ela fez o seu trabalho e logo saiu.

Assim que ela saiu, voltei a conversar com minha mãe, mais dessa vez sobre outros assuntos, as horas foram se passando, e o que mais quero é receber alta hoje, um tempo depois o doutor Domingues entrou no meu quarto segurando o envelope com os possíveis resultados dos exames.

- Então Domingues está tudo bem com a minha filha? - minha mãe já tinha trabalhado com ele a tempos atrás.

- Eu descobrir que a causa do seu desmaio Marina, não foi nada do que pensei.

Estranho de amorOnde histórias criam vida. Descubra agora