Me acordei de manhã, é bem cedo, vejo pelo relógio que tem em frente à minha cama, ainda estou muito fraca eu tento me levantar, em silencio, não quero acorda o Miguel que está dormindo em um sofá pequeno todo desajeitado, mais é em vão, eu bato em alguma coisa e ele abri os olhos rapidamente e me olha cauteloso.
- Você quer alguma coisa? — ele disse se aproximando.
- Desculpa, eu só preciso ir ao banheiro.
- Eu te ajudo.
Ele me segurou e me levou ao banheiro, me colocou lá e depois saiu, me trouxe uma bolsa com algumas coisas que talvez pudesse precisar, e saiu novamente, mais ficando na porta me esperando acabar.
Tomei um banho é tudo o que eu estava precisando de um banho de chuveiro, fiz minhas higienes, e ele me ajudou a voltar pra cama, ele me penteou um pouco sem jeito, mais no fim conseguiu, quando a enfermeira entrou no quarto ele estava acabando o seu serviço.
- Trouxe seu café Sra. Cooper, e vir lhe ajudar com o banho!
- Obrigada, e na verdade eu já tomei banho.
- A senhora tomou banho só? — ela perguntou um pouco assustada
- Tomei, eu estou bem!
Tudo bem senhora, eu vou dizer ao doutor, mais tarde ele passa aqui para vê-la!
Ela disse e saiu, eu tratei de afastar aquela comida da minha frente, eu não to nem um pouco afim de comer nada, aquela dor irradiou no meu peito de novo, me fazendo suspirar alto, o Miguel me olhou assustado.
- Como você ta? — ele perguntou por fim.
- Eu não fui capaz Miguel, eu não conseguir proteger o nosso filho!
- Não diz isso Marina, não fala assim.... se tem um responsável por isso tudo esse alguém sou eu!
- Do que você ta falando?
- Foi eu quem sair de casa te deixando desesperada, foi por causa disso que você foi parar ali naquele galpão, foi por isso que você foi baleada, foi por isso que você ficou 2 meses em coma, e foi por isso que nosso filho morreu. — ele chorava como criança, sentado ao meu lado na cama.
- Para com isso Miguel. — eu segurei a sua mão forte. — você não tava passando por um momento fácil, aliás nos ultimamente não estamos em momentos tão bons.
- Não estamos mesmo. — ele tentou dar um sorriso. — mais eu preciso do teu perdão Marina, eu preciso do teu perdão, pra tentamos recomeçar, do zero, eu preciso que você me perdoe, desde do começo, desde do casamento, até as últimas coisas horríveis que eu te falei, eu me envergonho tanto, eu te fiz sofrer tanto, que quando você estava ai, à beira da morte, eu morri dez mil vezes Marina, eu descobrir que te amo de verdade, não como eu achava que amava, é muito mais forte do que isso, e esse sentimento me assustou muito, e me assusta ainda, eu não poderei viver em um mundo em que você não esteja! Eu preciso do seu perdão, eu preciso dele para conseguir me olhar no espelho e seguir em frente, você me perdoa?
- Miguel, eu não acho que preciso te perdoar, mais se você precisa do meu perdão, eu te perdoo!
- Obrigada, te amo tanto Marina, eu tive tanto medo de te perder... — ele encostou a sua cabeça na minha e ficou assim, eu queria beija-lo, mais ele mantinha uma certa distância das nossas bocas.
- Eu to aqui agora Miguel, eu também te amo tanto, e se eu tivesse que escolher, eu escolheria tudo de novo, que me levasse até você, eu só queria o nosso filho aqui agora, ai sim eu poderia dizer que a minha felicidade estaria completa.
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Estranho de amor
Romansa"Nunca gostei de ser sinônimo de perfeição, e era isso que acontecia todos os dias da minha vida... até que decidir mudar!" - Marina Miller Continuação do romance O casamento forçado. Júh Mendez