16 - Tai Huang

380 37 9
                                    

Jiang Cheng

 . O sol já nos saudava se levantando no horizonte, eu, Wuxian e HuanGuang-Jun já estávamos voltando ao bordel, não houveram ataques hoje, andamos por toda a cidade a procura de um lugar afastado que poderia abrigar o cultivador que controla os cadáveres e que tentou me atacar, sentimos pontos de energia ressentida por toda a cidade, ele está tentando se camuflar.

 . Assim que voltarmos vou conversar com os três, quero saber se aconteceu algo no bordel noite passada, se aquele rapaz com quem HuiYing conversou for realmente o cultivador que controla os cadáveres, foi ele que controlou aquela cobra pra que me atacasse, ele não quer que cheguemos muito perto de HuiYing, mas o que ele quer com ela?

- Jiang Cheng? - chama Wuxian.

- O que foi? - pergunto sem o olhar.

- Sinto que estamos com grandes problemas... - ele diz e aponta para um beco pouco iluminado, sinto energia ressentida vindo de lá, olho para o chão e vejo gotas de sangue.

 . Me aproximo e me abaixo, toco a ponta do meu indicador no sangue, ainda esta fresco, esta mais do que claro que é uma armadilha.

- Esta fresco - informo e me levanto, desembainho Sandù - vamos - entro no beco.

- Ei, nos espere! - ele se apressa a me seguir.

 . Seguimos pelo beco, até que encontramos várias rotas, era como um labirinto, olho para trás e não vejo o beco por onde entramos, estreito os olhos, era óbvio demais.

- Escolham um caminho e vão - mando e já sigo para um dos caminhos.

 . Ouço Wuxian reclamar algo atrás de mim, mas logo sua voz e seus passos somem, continuo andando, viro mais algumas vezes até que vejo uma saída, preparo Sandù para uma possível luta e ando em direção a saída, acabo saindo em um grande pátio no meio de uma residência, conheço aquele lugar, era o pátio principal da residência Zhang, passei por ele quando fui falar com o patriarca, mas estava diferente, parecia outono, as folhas das árvores estavam amareladas e uma brisa fria batia contra minha pele, ouço vozes alteradas, logo vejo a porta da residência ser aberta e alguém ser jogado par fora, por suas vestes era uma mulher, uma criada, ela cai de bruços no chão, marcas de tapas e socos são visíveis.

- Sui vádia imprestável! - uma mulher jovem sai de dentro da residência, ela tinha uma aparência jovem, mas a reconheci, madame Zhang - como ousa seduzir meu marido sua prostituta! - ela berra irada.

- M-Minha senhora - a mulher tenta.

- Calada sua verme! - ela manda - será punida por isso! E ainda ousou engravidar! Mentiu dizendo que o filho era de um homem que morreu! E eu fui burra o suficiente para permitir que você o criasse debaixo de meu teto! 

- E-Eu...ele q-que me tomou...eu pedi que não - vejo lágrimas escorrerem pelo rosto da mulher desesperada.

- Maldita - ela vai até onde a mulher tenta se levantar e a agarra pelos cabelos virando seu rosto - e ainda ousou ter um menino! Onde ele esta?! - berra com uma outra criada que olhava a cena assustada.

- Aqui minha senhora! - diz um servo trazendo um garoto que tentava resistir, ele parecia ter pouco mais de sete anos, assim que os olhos dele pousam na serva no chão ele se apavora.

- MAMÃE! ME LARGUE! SOLTE MINHA MÃE! - A criança se debate, ele consegue se soltar após morder o homem e corre para alcançar a mãe, mas outro servo o segura no meio do caminho - por favor! Solte a minha mãe - pede a criança com lágrimas nos olhos. Madame Zhang olha a criança com nojo.

- Joguem-no na rua - manda.

- NÃO! POR FAVOR NÃO - implora a mulher desesperada - Por favor minha senhora! O inverno - é interrompida por um tapa tão forte que a marca da mão da madame ficou marcada no rosto da serva.

CourageOnde histórias criam vida. Descubra agora