Jiang Cheng
. O sol já nos saudava se levantando no horizonte, eu, Wuxian e HuanGuang-Jun já estávamos voltando ao bordel, não houveram ataques hoje, andamos por toda a cidade a procura de um lugar afastado que poderia abrigar o cultivador que controla os cadáveres e que tentou me atacar, sentimos pontos de energia ressentida por toda a cidade, ele está tentando se camuflar.
. Assim que voltarmos vou conversar com os três, quero saber se aconteceu algo no bordel noite passada, se aquele rapaz com quem HuiYing conversou for realmente o cultivador que controla os cadáveres, foi ele que controlou aquela cobra pra que me atacasse, ele não quer que cheguemos muito perto de HuiYing, mas o que ele quer com ela?
- Jiang Cheng? - chama Wuxian.
- O que foi? - pergunto sem o olhar.
- Sinto que estamos com grandes problemas... - ele diz e aponta para um beco pouco iluminado, sinto energia ressentida vindo de lá, olho para o chão e vejo gotas de sangue.
. Me aproximo e me abaixo, toco a ponta do meu indicador no sangue, ainda esta fresco, esta mais do que claro que é uma armadilha.
- Esta fresco - informo e me levanto, desembainho Sandù - vamos - entro no beco.
- Ei, nos espere! - ele se apressa a me seguir.
. Seguimos pelo beco, até que encontramos várias rotas, era como um labirinto, olho para trás e não vejo o beco por onde entramos, estreito os olhos, era óbvio demais.
- Escolham um caminho e vão - mando e já sigo para um dos caminhos.
. Ouço Wuxian reclamar algo atrás de mim, mas logo sua voz e seus passos somem, continuo andando, viro mais algumas vezes até que vejo uma saída, preparo Sandù para uma possível luta e ando em direção a saída, acabo saindo em um grande pátio no meio de uma residência, conheço aquele lugar, era o pátio principal da residência Zhang, passei por ele quando fui falar com o patriarca, mas estava diferente, parecia outono, as folhas das árvores estavam amareladas e uma brisa fria batia contra minha pele, ouço vozes alteradas, logo vejo a porta da residência ser aberta e alguém ser jogado par fora, por suas vestes era uma mulher, uma criada, ela cai de bruços no chão, marcas de tapas e socos são visíveis.
- Sui vádia imprestável! - uma mulher jovem sai de dentro da residência, ela tinha uma aparência jovem, mas a reconheci, madame Zhang - como ousa seduzir meu marido sua prostituta! - ela berra irada.
- M-Minha senhora - a mulher tenta.
- Calada sua verme! - ela manda - será punida por isso! E ainda ousou engravidar! Mentiu dizendo que o filho era de um homem que morreu! E eu fui burra o suficiente para permitir que você o criasse debaixo de meu teto!
- E-Eu...ele q-que me tomou...eu pedi que não - vejo lágrimas escorrerem pelo rosto da mulher desesperada.
- Maldita - ela vai até onde a mulher tenta se levantar e a agarra pelos cabelos virando seu rosto - e ainda ousou ter um menino! Onde ele esta?! - berra com uma outra criada que olhava a cena assustada.
- Aqui minha senhora! - diz um servo trazendo um garoto que tentava resistir, ele parecia ter pouco mais de sete anos, assim que os olhos dele pousam na serva no chão ele se apavora.
- MAMÃE! ME LARGUE! SOLTE MINHA MÃE! - A criança se debate, ele consegue se soltar após morder o homem e corre para alcançar a mãe, mas outro servo o segura no meio do caminho - por favor! Solte a minha mãe - pede a criança com lágrimas nos olhos. Madame Zhang olha a criança com nojo.
- Joguem-no na rua - manda.
- NÃO! POR FAVOR NÃO - implora a mulher desesperada - Por favor minha senhora! O inverno - é interrompida por um tapa tão forte que a marca da mão da madame ficou marcada no rosto da serva.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Courage
أدب الهواةE se Jin Yanli estivesse grávida, não de uma, mas sim de duas crianças? Alegria em dobro para LanLingJin! Bom, seria se essa notícia tivesse ao menos chegado aos ouvidos de alguém. Gêmeos, algo raro naquela época e mais raro ainda uma mulher sobrevi...