14 - Nossa sobrinha!

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Jiang Cheng

 . Aquela cobra não era normal, senti que fomos observados durante todo o caminho, senti uma quantidade considerável de energia ressentida proveniente daquela cobra, ela estava sendo controlada, é de uma espécie comum em Qinghe, não em Yunmeng, seu veneno é potente e causa longos sete dias de uma agoniante dor, e no fim a vítima morre, a cobra não iria atacar HuiYing, iria atacar a mim, alguém não me quer por aqui.

 . "Tai Huang", esse nome me é desconhecido, nunca ouvi falar, pela descrição que HuiYing me deu é o mesmo rapaz do bordel do qual Jin Ling me contou, ele falou com HuiYing ontem e vai todas as noites ao bordel, o que ele tanto quer com aquele bordel? Ele teve algum desentendimento com alguma das damas? Com madame Rou? 

- Não é justo! - Wuxian me tira de minha reflexão - você o chama de tio mas me chama de mestre! Não é justo! - reclama com HuiYing.

- Mestre Wei, se acalme - ela pede e ele faz uma cara de quem pode chorar a qualquer segundo, reviro os olhos com seu drama.

- Viu! Você fez de novo! Lan Zhan, nossa sobrinha é tão má! Ela chama o rabugento do Jiang Cheng de tio, mas não chama a mim! - ele faz drama para o marido.

- Cala a boca Wei Wuxian! Deixe-a em paz - ralho com ele - e eu não sou rabugento! 

- Tem razão! Isso é estresse que precisa ser externado, cadê o cunhado pra te ajudar? - ele provoca, me levanto da mesa que estava sentado, irado.

- Wei Wuxian! Eu vou quebrar suas pernas seu sem vergonha! 

- Lan Zhan! Me salve! - ele se joga no colo do marido.

- Mestre Wei, se me lembro bem , o senhor disse que gosta de doces, posso fazer alguns caseiros se quiser - HuiYing sugere.

- Eu aceito os doces, mas quero que me chame de tio! - ele exigi.

- Certo mestre Wei...só me dê um tempo...para me acostumar com a ideia - ela pede - porque não me ajudam a cozinhar? 

- NÃO! - Gritam os três rapazes, ela os olha abismada.

- Se não quiser morrer com a pimenta, não deixe-o se aproximar da cozinha - digo.

- Ei - ele faz um bico - vocês que são fracos pra pimenta!

- Então porque os três não me ajudam rapazes? - ela pede para os três - por favor?

- É pra já, Peônia! - o olho mortalmente, ele engole em seco, não vou perder minha sobrinha que acabei de conhecer tão rápido - V-vamos - ele chama já na metade do caminho para a cozinha.

- Oh! Bem...esta bem - concorda HuiYing - nós já voltamos - ela avisa e vai para a cozinha seguida de Jin Ling e Lan Shizui.

- Hm! Não é justo....- reclama Wuxian novamente, reviro os olhos.

- Cale-se Wuxian e escute o que tenho a dizer - chamo sua atenção e a de seu marido - fui colher flores com HuiYing...

- Oh! E vocês foram sem mim?! - ele me interrompe.

- Calado! - ralho, ele resmunga algo, mas se cala - Quando estávamos indo para o campo eu me senti observado e quando estávamos voltando fomos atacados - conto e ele se sobressalta - bem, eu fui atacado, uma cobra me atacou e mirou especialmente em mim - completo, ele abre um sorriso debochado.

- Não me diga que se alarmou com uma cobra? - ele zomba.

- Era uma cobra originária de Qinghe, não é de Yunmeng - explico e ele fecha o sorriso - e ela não me atacou por se sentir ameaçada, estava sendo controlada para tal - termino.

- Então alguém não o quer por aqui - ele fala.

- Aparentemente.

- Mas você não se sentiu observado nos outros dias? - nego com a cabeça - então o que pode ter mudado para você se tornar um alvo? - ele questiona e eu balanço os ombros.

- Senhorita Sheng - diz HuanGuang-Jun, franzo a testa, não gosto desse sobrenome.

- O que minha sobrinha tem haver? - questiono.

- Nossa sobrinha! -  diz Wuxian - e é claro! Como eu não pensei antes? Oh Lan Zhan o que seria de mim sem você? - ele se esfrega no marido, eu bufo - O que mudou é que você estava perto de HuiYing! - ele fala - parece que nossa sobrinha possuí um admirador secreto bem ciumento - seu tom é de zombaria, mas sua face estava séria.

- Ele conseguiu ter o controle daquela cobra, o que mais ele pode controlar, além de cadáveres? - questiono para mim mesmo.

- Será que HuiYing pode conhece-lo?

- Talvez...

- E o homem do bordel? Descobriu algo? Não conseguimos nada, ninguém a quem perguntamos o viu - ele conta.

- HuiYing o conheceu - ele me olha surpreso - 'Tai Huang', ela disse que ele se apresentou com esse nome.

- Tai Huang.... - ele fica com uma expressão pensativa assim como eu - precisamos achá-lo.

- Sim - concordo - e tirarmos satisfações com ele.

- Talvez....madame Rou saiba de algo - tremo ao ouvir aquele nome, de raiva, não queria ouvir daquela mulher - sei que não gosta dela, mas é para a segurança de nossa sobrinha e para a missão - ele pontua.

- Falem com ela vocês dois - mando - não sei se conseguirei me controlar.

- Esta bem, mais tarde eu e Lan Zhan vamos falar com ela - conclui Wei.

- A-YI! 

- HAHAHA JOVEM DAMA, ESTA PARECENDO UM FANTASMA!

- Sem bagunça na minha cozinha, meninos! Por favor!

- LAN JINGYI!

 . Logo é possível ver um Lan correndo cozinha a fora desviando de um Jin coberto de farinha, Lan Jingyi ri alto e brinca com Jin Ling, logo HuiYing sai da cozinha não muito contente, Shizui a seguia.

- Meninos! - Eles não a escutam - Meninos! Parem! - eles continuam, sua face se endurece e tenho a impressão de olhar em um pequeno espelho, ela coloca as mãos na cintura e assume um postura firme - JIN RULAN E LAN JINGYI! - eles estancam no lugar e se viram para ela, os vejo estremecer um pouco - venham limpar sua bagunça e me ajudar a fazer os doces - ela manda apontando para a cozinha.

- Mas foi e- 

 . Ela os lança mais um olhar duro, Jin Ling se cala imediatamente e se dirige, junto de Lan Jingyi, para a cozinha, ela suspira e relaxa sua postura e expressão, ela nos olha.

- Perdão pela bagunça - ela pede e logo volta para a cozinha.

- Ela se parece um pouco com madame Yu... - resmunga Wei Wuxian com um bico - por que meus sobrinhos se parecem tanto com você Jiang Cheng?!

- HuiYing se parece com Jie, não comigo - justifico.

- Mas quando brava ela se parece com você! Por que não comigo?! Lan Zhan, a vida é tão injusta comigo! - ele faz drama nos braços do marido, e pela milésima vez, eu reviro os olhos.

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