capítulo 7

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Jughead

―Alô, ― resmungo ao telefone, irritado que alguém está me acordando antes do sol ainda decidir elevar sua cabeça feia hoje. Olho para o relógio, os números vermelhos me mostrando que são apenas cinco da manhã. Eu deveria estar de férias e não consigo nem dormir.

―Noite difícil Cowboy? Pensei que esta era uma viagem de entrar e sair? De acordo com meus cálculos, você foi há três dias. Parece que decidiu passar algum tempo extra aí. O que está acontecendo?
―Jesus Cristo, Sam! São cinco horas. O que diabos você quer?
―Bem... ― Ela faz uma pausa. Sei que ela está olhando para suas unhas, provavelmente pensando que precisa de outra manicure ou algo assim. Eu realmente não me importo, só quero dormir e esquecer que o dia de ontem aconteceu. ―Quando você voltará para casa?

―Em breve. ― Estou muito cansado para jogar o seu jogo. Eu deveria tê-la demitido há muito tempo, mas não fiz e agora estou preso.

―jughead― ela diz o meu nome tão suavemente que sei o que está por vir. Não estou com humor para lidar com seu lixo hoje.
―Agora não, Sam.
―Estou com saudades. Já faz quase uma semana desde que o vi. Deixe-me ir aí encontrar com você. Você precisa de mim.
―Não.

Eu desligo na cara dela. Não posso lidar com ela e definitivamente não a quero aqui fingindo que somos mais do que aquilo que somos. Meu maior erro foi dormir com ela. Não, isso não é verdade. Meu maior erro foi deixar Josie em seu quarto naquela noite e não arrastá-la comigo. Se eu tivesse feito isso estaríamos casados e seríamos pais. Talvez tivéssemos outro bebê agora.

Inferno, talvez estivéssemos divorciados e nada seria diferente. Ela ainda me odiaria.

Saio da cama devagar e ando para o chuveiro. Depois do meu encontro com Betty na noite passada voltei aqui para deixar minha motocicleta e caminhar até o bar mais próximo. Não estar em Los Angeles limita um pouco meu estilo. Não que eu possa chamar alguém para vir me pegar e eu sabia que seria muito desperdício dirigir de volta ontem à noite.

Estou sob o jato quente, permitindo que caísse no topo da minha cabeça. Acho que eu estava temendo o dia de hoje, acima de tudo. Secretamente, estava esperando que ele nunca fosse chegar, que os meus dias só iriam se repetir uma e outra vez, como uma música que estou tentando compor.

Desligo a água, quando se torna fria e não me preocupo em secar quando caio de costas na cama. Eu poderia estrangular Sam por me acordar. Sei que ela faz isso de propósito, porque não quer que eu me esqueça de que ela está lá... No fundo pressionando para o título de namorada. Ela gosta de me acompanhar no tapete vermelho. O pensamento de que a imprensa pensa que somos um casal é emocionante para ela. Sam quer o pacote completo, o dinheiro, a fama e seu rosto em todas as revistas e ela pensa que eu sou a passagem. Não importa quantas vezes eu diga não a ela.

Eu não a quero.
Acordo pela segunda vez, quando o telefone do hotel toca. A recepção liga para dizer que meu terno está sendo trazido para cima e que o carro alugado que pedi está me esperando lá embaixo. Não acho que ir ao funeral do meu amigo na minha Ducati seria muito apropriado.
Visto meu terno risca de giz preto. Sam pediu três novas camisas de alfaiataria em cores básicas, preto, branco e azul. Eu opto por branco com gravata preta, simples e elegante.

Com um último olhar no espelho coloco os óculos de sol. Posso ser conhecido como Jughead Page, mas hoje eu sou Jughead Jones e estou indo lamentar o falecimento do meu amigo.

O percurso até a igreja é rápido. Estou sentado no estacionamento contemplando meu próximo passo. Não quero tirar a atenção de verônica, então estou tentando apenas me esgueirar para a direita antes de começar, para que também seja capaz de me esgueirar para fora. Posso oferecer minhas condolências e desejar paz no cemitério antes de sair da cidade amanhã.

Para sempre minha meninaOnde histórias criam vida. Descubra agora