capítulo 9

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Jughead

Parece que ultimamente estou cometendo erros a cada turno. Parar na loja foi o erro de hoje. Eu deveria ter pensado melhor. Deveria ter ido direto para verônica, mas eu não queria aparecer de mãos vazias.

E agora estou nesta situação embaraçosa no quintal com Nick Ashford e meu filho. Um filho que não sabe que eu sou seu pai. Inferno, Betty não vai sequer confirmar que ele é meu, mas posso vê-la quando olho para ele, ele é o melhor de mim e Betty, independente de como ele veio parar aqui ou como nossas vidas tomaram caminhos diferentes.

E quem diria que Nick viria em meu socorro? Ele tem que saber que eu quero chutar a bunda dele por tocar a minha menina, mas pela forma como ela olha para ele parece estar bem com isso.

―O que aconteceu lá dentro? 

Eu disse que iria sair e jogar bola, mas nunca concordei em conversar. Eu poderia ignorá-lo, fingir que estávamos de volta na escola e este novo garoto está tentando se encaixar com o resto de nós. Tínhamos o nosso grupo e éramos muito unidos. 

Mas eu não faço isso. Não hoje. 

―Percebi que eu seria capaz de correr para a loja, pegar alguma coisa da padaria, pegar algumas flores e comprar para verônica seu vinho favorito. 

―Assim que cheguei ao caixa, comecei a perceber meu erro. Sem disfarçar. Sem óculos falsificados ou chapéu para puxar para baixo sobre os olhos. A jovem do caixa olhou para mim e ela sabia. Antes da minha vez, ela já tinha mandando mensagem para alguém e eu sabia que estava condenado. 

―Sinto muito pelo seu amigo foi tudo o que ela disse, enquanto examinava os meus itens um pouco devagar demais. Quando parei em frente havia essas meninas bem atrás de mim, me seguindo ―eu joguei a bola de volta para Nick, que só balançou a cabeça. ―Esta é a última coisa que eu queria para verônica, especialmente hoje.

―Isso acontece muito?

Tiro meu terno e desabotoo a camisa, para não arruiná-la. Os olhos de Noah passam para as tatuagens em meus braços e eu me pergunto se um dia serei capaz de sentar com ele e conversar. Contar a ele sobre mim e, talvez, ter um relacionamento com ele.

―Eu não saio muito quando estou em casa. Isso acontece em turnê, mas não estou no mesmo lugar o tempo suficiente para que realmente importe.

Posso sentir as pessoas olhando para mim, é algo que estou acostumado, mas aqui parece estranho. Quando olho para o pátio Betty está lá. Em todos os seus um metro e setenta, adicionado alguns centímetros com seus saltos altos. Ela se manteve em boa aparência após o ensino médio, as pernas parecendo tonificadas e a barriga ainda plana como me lembro. Nick limpa a garganta no fundo e eu não posso deixar de rir. Eu estaria fazendo a mesma coisa se alguém estivesse admirando a minha namorada, mas ele se esquece de que eu a tive primeiro. 

―Quer ir colocar uma saia e torcer por nós, Betty? ― Seu rosto cai e eu sei que ela não gosta da minha piada. Tento rir, mas ela não está gostando. Ela olha para Nick que está furioso comigo e balança a cabeça. Eu vejo quando ela caminha de volta para casa, seu traseiro parecendo tão duro como sempre. Balanço minha cabeça para limpar as memórias que estavam prestes a começar a rastejar.

―Sr. Jones, você ainda joga futebol? ― Desvio os olhos do traseiro da minha ex para olhar para o meu filho. Quero estender a mão e tocá-lo, passar minhas mãos pelo seu cabelo e fazer todas as perguntas concebíveis que o homem conhece, mas eu não faço. Preciso falar com Betty para que possamos resolver essa merda. Se ela acha que vou esquecer que ele existe, ela está muito enganada.

―Não, eu não tenho muito tempo. E você, joga?

Ele balança a cabeça furiosamente e aponta para Nick. ―Meu pai, Nick, treina minha equipe. ― Eu estava muito relaxado com o namoro de Betty porque eu a deixei. Eu não tenho muito a dizer, mas meu filho chamando-o de pai? Não posso aceitar. Não me disseram que eu tinha um filho. Se eu soubesse eu estaria aqui.

Para sempre minha meninaOnde histórias criam vida. Descubra agora