07 | Capítulo Sete

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Allice Point Of View

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Allice Point Of View

O resto do percurso até Seattle foi feito em silêncio total.

Deixei meu olhar amedrontado preso à janela e mais além, quando a paisagem começou a mudar. Era lindo. Tudo verde, as árvores, os troncos cobertos de musgo, a pálida luz do sol que as folhas das árvores filtravam. Aos poucos o verde luxuriante da floresta à beira da estrada mudou para a paisagem típica de uma cidade pequena, com uma rua principal cheia de lojas e alguns transeuntes sem nenhuma pressa.

Então, esta era Seattle. O odiado lar da minha irmã gêmea. Não parecia tão ruim. Mas o que eu sabia? Também tinha achado que não seria tão difícil assim assumir seu lugar junto daquele homem enfurecido. E veja como fui recebida. Será que Seattle seria mais gentil comigo?

Era uma boa pergunta.

O carro deixa a rua principal e segue por uma estrada ladeada pelo verde da mata. Há casas espalhadas pela via, aqui e ali, a maioria delas bem simples, embora pareçam acolhedoras. Uma delas me chama a atenção, por ser maior que as outras e até mesmo muito bonita, num estilo clássico, destoando daquelas pelas quais passamos. Aquela deve ser a casa dos Hacker. Os pais de Vinnie, Maria e Nate, lembro-me de Alinna me instruindo sobre a família Hacker e suas peculiaridades.

- Os pais de Vinnie se chamam Maria e Nate. São gente boa, me tratam bem, mas no fundo acho que não vão com a minha cara, sabe?

- Por que não?

- Para eles eu sou a garota assanhada que não manteve as pernas fechadas e aprontou uma armadilha para o filhinho deles, roubando seu futuro brilhante.

- Deve estar exagerando...

Alinna apenas revirou os olhos e continuou.

- Maria é dona de casa. Nate médico. Eles se casaram bem jovens, quando estavam na universidade. E se mudaram para a cidade quando um tio de Maria morreu deixando-lhe a casa de herança. É uma casa linda, acho que uma das mais bonitas da região.

- Onde moravam antes?

- Eles são de Chicago, mas Nate era médico voluntário em uma região inóspita do Alasca.

- Nossa, que inusitado.

- Que horrível, quer dizer! Às vezes acho até bom Vinnie ter desistido da faculdade e não ter se tornado médico, já pensou se ele resolve nos levar para um lugar pior que Seattle? Deus me livre! - Ela riu. - Seattle não é tão ruim assim se eu tentar me imaginar morando nos cafundós do Alasca!

Volto ao presente quando Vinnie estaciona o carro de frente a uma menor e pitoresca casa, não muito longe da casa dos Hacker.

Respiro fundo, deixando meu olhar vagar pelo jardim bem cuidado da casa mais ao fundo que lembra um lindo chalé. O lar de Alinna.

O lar de onde ela fugiu.

- Já arrependida? - A voz fria de Vinnie me tira dos meus devaneios e estremeço quando ele sai do carro batendo a porta na sequência.

Sim, estou começando a me arrepender. Embora não seja da maneira que ele imagina.

Bloqueio meu medo e saio do carro, esfregando as mãos suadas e trêmulas no jeans no processo, meus olhos seguindo Vinnie. Por um momento me sinto abismada contemplando sua figura alta e esguia. Ele tem um andar decidido e sinuoso, como uma figura noturna de algum conto mítico. Até que minha atenção é capturada por algo além dele. Uma mulher morena e bonita está sentada à sombra de uma árvore com um bebê em seus braços.

Reconheço a moça e a criança. É Nailea Hacker, esposa do irmão de Vinnie e o bebê é Henry, filho de Alinna. A moça sorri para Vinnie, virando o bebê em seu colo, enquanto se levanta.

- Olha quem chegou Henry, o papai! - A criança acena animada, com um sorriso banguela em direção ao pai, e não consigo deixar de sorrir também, enternecida. Meu coração se enchendo de alegria por ver um dos meus sobrinhos pela primeira vez.

Desde que Alinna me mostrou as fotos e falou sobre eles, vinha acalentando um desejo louco de que este momento chegasse. Para uma pessoa sozinha no
mundo saber que tinha não só uma irmã, mas também três sobrinhos lindos era o paraíso.

No entanto, meu sorriso congela no rosto, quando o olhar surpreso de Nailea detecta minha presença.

O sorriso da moça também morre na mesma proporção que o meu, porém, enquanto minha expressão agora é de certa timidez, a dela é de puro ódio.

- Você voltou! - ela cospe as palavras em minha direção, cheias de veneno e ira. Vinnie se vira brevemente, encarando-me como se não tivesse notado minha presença atrás dele.

Luto para não sair correndo, ou começar a balbuciar pedidos de desculpas. Eu começava a perceber que aquela tarefa seria mais difícil do que o previsto e que demandaria muito mais força do que eu imaginava.

Uma força que não sabia se existia dentro de mim.

- Oi, Nailea - uso o tom mais firme que consigo.

- Você é muito cara de pau!

- Nailea! -Vinnie a repreende. O que não deixa de ser espantoso, já que eu estava imaginando os dois se virando contra mim, com dedos apontados e gritos acusadores, cuspindo ofensas e agressividade.

A atenção de Nailea se volta para Vinnie novamente.

- Por que não me disse que ela estava voltando? Por que não disse a ninguém?

Hum... Vinnie tinha mantido segredo da volta de Alinna? Por quê?

- Ela está aqui agora. - É sua resposta impaciente, esquivando-se da pergunta de Nailea.

- Difícil acreditar - Nailea sibila com sarcasmo.

- Onde estão as crianças? - Vinnie pergunta.

- Stella está dormindo. Elisa está fazendo um trabalho de escola na casa de uma amiga - responde ainda me encarando, como se esperasse que eu fizesse ou dissesse alguma coisa, e só então percebo que muito provavelmente Alinna, naquela situação, estaria respondendo aos impropérios da cunhada furiosa.

Bem, eu não era Alinna.

Busco dentro de mim uma atitude além da inércia nascida do medo, fora daquele mal-estar inicial normal de quando somos jogados em uma situação nova e inusitada. Como quando visitamos a casa da família do namorado pela primeira vez e não sabemos onde sentar ou se devemos agir como se fôssemos de casa ou visita.

Sei que preciso reagir de alguma maneira, então dou um passo à frente e faço o que meu coração está pedindo para fazer.

Estendo a mão para pegar a criança do seu colo. Nailea me surpreende ao dar um passo atrás, como se uma estranha tivesse tentando arrancar a criança dela e não a própria mãe.

Bem, eu não era a mãe de Henry, só que ela não sabia. Sua atitude descabida me enraivece de uma maneira que surpreende até a mim mesma.

Por alguns segundos, nós três estamos parados naquele quintal, como atores numa comédia de erros ou num drama ruim. Como se nenhum de nós estivesse preparado para interpretar o nosso papel de verdade.

Nailea agia como se fosse a mãe do bebê em seu colo, com os braços firmes rodeando seu corpinho indefeso. Enquanto eu percebo que começo a agir de uma maneira estranha a mim mesma. Quero arrancar aquela criança dos braços usurpadores de Nailea, como se ele fosse meu filho de verdade e cuspir na sua cara que ela não tinha mais direitos sobre ele do que eu.

Vinnie assiste àquela estranha interação como um espectador subitamente curioso em relação ao desenrolar da cena.

Dou mais um passo à frente.

- Me dê o bebê, Nailea - peço devagar, com todas as letras, uma ameaça sutil no tom da minha voz.

Vejo o olhar de Nailea turvar com certo assombro. Muito surpresa por eu fazer aquele pedido. Como se o lugar de Henry fosse no seu colo e não no da mãe.

Então ela olha pra Vinnie, em busca de... apoio? Não consigo entender direito.

- Nailea... - A voz de Vinnie é de cansaço. Parecendo subitamente exausto com todo aquele mórbido espetáculo.

- É assim? Ela volta e tudo vai ficar como antes? - Nailea se irrita.

Eu respiro fundo diante aquele desabafo e sem aviso mergulho meus braços entre os seus e tiro Henry dela, antes que consiga impedir.

- Se querem ficar discutindo a meu respeito, fiquem à vontade. Acabei de chegar de viagem e tenho mais o que fazer - digo e dou meio volta.

Estou tremendo quando caminho em direção a casa. Perturbada não só com aquele confronto, mas, acima de tudo, assombrada pela maneira como saí dele.

- Não estou acreditando, Vinnie, desde quando sabia que ela iria voltar? - Ainda escuto Nailea questionar.

- Ela me disse há alguns dias.

- Por que não nos disse nada?

- Não acreditava que estivesse falando a verdade. - São as últimas palavras que escuto de Vinnie antes de entrar na casa.

Encosto-me na porta, respirando uma longa golfada de ar, ainda tremendo inteira.

Meu Deus, o que foi aquilo?

Os bracinhos da criança em meu colo se mexem impacientes. Henry me encara com seus olhos inocentes e curiosos. Será que me reconhece? Será que a aparência da mãe lhe é familiar? Ou será que sabe que não sou sua mãe de verdade?

- Ei, bebê, você é lindo sabia? - digo baixinho, sabendo-me sozinha.

Ele sorri para mim e sinto meu coração se enchendo de uma ternura totalmente nova. Passo os dedos pelo tufo de cabelo claro em sua cabecinha e beijo seu rostinho. Ele tem um cheiro bom de bebê.

- Pelo menos você parece gostar de mim, Henry. - Sorrio, deixando a tensão que governou meus passos desde que cheguei a Seattle um pouco de lado.

- Já levei suas malas para dentro. - A voz de trovão de Vinnie corta minha onda de ternura e volto a ficar tensa ao levantar a cabeça e vê-lo entrando por outra porta.

Só agora percebo que estou na cozinha da casa, com armários de madeira branca e uma mesa da mesma cor no meio. O ambiente está bem arrumado, noto. Por quem? Nailea? Era bem provável.

Fazer aquela constatação me deixa um tanto irritada. Do mesmo jeito que fiquei quando Nailea afastou Henry de mim.

- Obrigada - respondo a Vinnie, ainda intimidada.

Ele passa os dedos pelos cabelos. Ainda parecendo um animal enjaulado. Sinto vontade de me aproximar e tocar sua mão. Dizer que tudo vai ficar bem.

Obviamente, nem ouso.

- Bem, está em casa - ele diz, por fim me encarando brevemente, antes de seus olhos se desviarem outra vez. Percebo que faz muito isto.

Está tentando bravamente não me encarar.

- Preciso voltar ao trabalho. - Ele dá meia volta e desaparece. Escuto a porta da sala se fechando.

Não consigo me impedir de andar até a janela e abrir a cortina, acompanhando seus passos decididos até o carro. Ele ainda para por um momento, a porta semi aberta, respirando fundo. Seu tronco sobe e desce.

De onde estou sinto a tensão.

E me dou conta de que não era apenas raiva que norteava Vinnie.

Era dor.

Aquele era um homem ferido.

Ele finalmente entra no carro e dá partida. Afasto-me da janela e me deparo com Nailea na porta da cozinha olhando para mim.

Dava para ver a quilômetros que ela queria briga.

Relanceio meus olhos pela sala, que também está impecável e noto um cercadinho no canto, caminho até lá e coloco Henry nele. Não queria estar com ele no meu colo quando Nailea começasse com seus ataques que eu sabia serem iminentes.

- O que foi? Está notando a diferença? - ela diz com ironia. - Esta casa estava parecendo um chiqueiro quando cheguei aqui.

- Fiquei fora um tempo - começo a me justificar, e ela ri sem humor.

- Estava ruim mesmo antes de você ir, nem sei porque se dá ao trabalho de tentar se defender.

- Não estou tentando me defender - afirmo, caminhando até a cozinha.

Tento não hesitar quando abro o armário, rezando para ser ali que guardam os copos. Para meu alívio era. Retiro um, colocando-o sob o filtro de água.

- É só o que tem a dizer? - Nailea continua.

Eu a encaro, depois de beber a água.

- O que quer, Nailea? Agradecimentos? Ok, obrigada.

- Você é inacreditável! Só me pergunto qual o joguinho da vez! Sim, porque aquela ceninha de mãe zelosa lá fora não engana ninguém! Claro que tem ciúmes de mim com seus filhos, sempre teve...

- O quê?

- Nem vai dizer que está com ciúme! Depois de ficar dois meses desaparecida não tem direito a nada. Achei que nem fosse voltar!

- Nailea... - Tento interrompê-la, porém, como um carro desgovernado, Nailea está fora de controle.

- Aliás, nem deveria ter voltado! Mesmo Vinnie sofrendo ele ia esquecê-la algum dia! Acho até que já estava se conformando.

- E você ia ficar bem satisfeita, não é? Poderia ficar com meus filhos para você. - Eu me recordo das palavras de Alinna, Nailea tinha ciúme dela porque não podia ter seus próprios filhos e, levando-se em conta toda aquela cena que eu presenciei, constato que é a mais pura verdade.

Nailea não estava com raiva apenas por Alinna ter desaparecido largando o marido e filhos para trás sem explicação, ela estava furiosa porque Alinna havia voltado.

- Por que não? - Ela não nega minha acusação. - Se a mãe nunca os quis?

- Ia ficar com meu marido também? - As palavras cheias de suspeitas saem da minha boca e flutuam entre nós antes que consiga sequer entender porque tinham sido proferidas.

Antes que eu consiga me defender, Nailea se aproxima com dois passos e estapeia meu rosto com força.

Eu a encaro horrorizada e sem reação diante de sua súbita violência.

- De onde tirou isso, sua vaca! Acha que sou você? - Nailea está me encarando com mais ódio do que nunca agora e não sei o que pensar.

Ainda estou em choque pelo tapa.
Por que demônios eu disse aquilo? Achava mesmo que Nailea, que era casada com o irmão de Vinnie, queria mais do que ser sua cunhada?

Como eu poderia saber se estava ali há cinco minutos? Tudo o que sabia era o que Alinna me disse e em momento algum ela colocou isto em cheque. A única coisa que Alinna dizia era que Nailea tinha inveja por não ser mãe.

- Nunca mais ouse dizer este tipo de coisas sobre mim, entendeu? Sei que acha que toda mulher não presta como você. Mas não sou da mesma laia de vagabundas do seu tipo que não têm nem um pouco de moral! Que larga o marido para ir para Deus sabe onde com Deus sabe quem, deixando os filhos para trás! E ainda acha que tem moral para questionar alguém?

As palavras de Nailea me calam, porque não são para mim. São para Alinna. Foram suas atitudes que fizeram com que fosse fácil jogar todas aquelas ofensas em sua cara.

Em minha cara, agora.

Seriam elas mentirosas?

Alinna realmente partiu sem dar explicação, deixando Vinnie e seus filhos para trás. De certa forma, embora quisesse abrir minha boca e defendê-la, sabia que Nailea tinha alguma razão.

E Alinna não estava ali para se defender.

No entanto eu estava.

E as coisas seriam do meu jeito agora.

Respiro fundo e a encaro novamente.

- Não vou revidar seu tapa porque, como disse, não somos da mesma laia - respondo com ironia. - Não é desse jeito que resolvo as coisas.

Ela solta uma risada sem humor.

- Pelo amor de Deus...

- E com certeza você deve estar louca de vontade que eu revide para ir chorando contar ao Vinnie e a todos o quão vagabunda sou por bater em você. - Ela resmunga, cruzando os braços. Obviamente ela pretendia fazer exatamente isto. - Sabe de uma coisa, Nailea? Conheço gente como você, então, nem tente fazer seu jogo comigo. Não vai funcionar.

- Hum, soltando as garras finalmente?

- Pense como quiser, estou pouco me importando. Vou esquecer este episódio. Afinal, você é da família - contínuo - e agradeço sua boa vontade de cuidar da minha casa e dos meus filhos. Mas agora as coisas mudarão por aqui. Eu estou de volta e ninguém mais precisará de você nesta casa.

- Vai demorar quanto tempo até se cansar de novo e partir, desta vez para sempre?

- Isto não é da sua conta. Vá cuidar da sua vida e do seu marido! - Eu me volto, lavando o copo, dando nossa conversa por encerrada.

- Tenho tanta pena do Vinnie...

- Ainda está aqui? - Pergunto sem nem olhar para ela.

Nailea é uma daquelas mulheres que gostam de atenção. De dar a última palavra.

- Eu te conheço. Todos nós te conhecemos. Você não engana ninguém. Eu vou sim, porém um dia, quando decidir ir embora de vez, cuidarei dos seus filhos. Nem precisa agradecer!

E com estas palavras ela sai, batendo a porta atrás de si.

Desligo a torneira e solto o ar que nem percebi que estava segurando.

Caramba, acho que nunca na vida protagonizei uma briga como aquela! Toco meu rosto quente e estou vermelha de irritação. Ainda sinto a raiva borbulhando dentro de mim e a adrenalina circulando no meu sangue, me energizando.

Agora que Nailea Hacker tinha partido levando junto todo seu rancor contra mim, ou melhor, contra Alinna, sinto uma certa culpa e até um pouco de arrependimento. Eu não era aquela pessoa. Aquele tipo de gente que encarava uma briga, que lutava para vencer uma discussão, colocando a outra pessoa em seu lugar. E ainda me espantava o fato de ter feito aquilo.

Estaria me esforçando para ser como minha gêmea? Será que Alinna teria agido do mesmo jeito? Não tenho ideia. Alinna era alegre e despreocupada, será que teria lutado com Nailea? Ou teria sido sarcástica o tempo todo, rindo da raiva de Nailea sem se dar ao trabalho de ficar nervosa? Era o mais
provável. Era como minha mãe teria agido.

Lembro-me de minha fase um tanto contestadora na adolescência, que não concordava com algumas imposições de Clara e de como tentava discutir, mas ela não me levava a sério. Alinna e Clara eram muito parecidas. Não. Alinna não teria brigado com Nailea. Não daquele jeito pelo menos.

Então, quem era aquela pessoa brigando com a cunhada do Vinnie?

Antes que conseguisse tentar entender, passinhos incertos se aproximam e uma pequena figura surge no meu campo de visão. Ela usa um pijama rosa e segura um ursinho velho entre as mãos me encarando sonolenta. Seus cabelos são da mesma cor dos de Vinnie, mas são lisos.

- Mamãe, você voltou! - Ela pula em meus braços, obrigando-me a segurá-la em meu colo, enquanto aninha a cabeça em meu ombro e os bracinhos ao redor do meu pescoço.

Ainda estou tentando me recuperar do choque quando a porta se abre e uma garotinha de uns nove anos entra limpando os pés no tapete.

- Elisa - exclamo, e ela levanta os olhos, surpresos, me encarando.

- Mãe?

Atrás dela, um homem alto, usando uniforme da polícia também está me encarando.

É Arthur. Meu pai.

Sinto o chão fugir sob meus pés.

Continua...

Notas Finais:

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Notas Finais:

➺ Desculpa qualquer erro, é até o próximo Capítulo, provavelmente Quarta.

𝐓𝐡𝐞 𝐄𝐱𝐜𝐡𝐚𝐧𝐠𝐞 | 𝐕𝐢𝐧𝐧𝐢𝐞 𝐇𝐚𝐜𝐤𝐞𝐫 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora