◩ 𝐓𝐡𝐞 𝐄𝐱𝐜𝐡𝐚𝐧𝐠𝐞 ◪
𓏲໋ׅ ᴠɪɴɴɪᴇ ʜᴀᴄᴋᴇʀ ᴀᴅᴀᴘᴛᴀᴛɪᴏɴ.
A tímida e insegura Allice Smith, passou a infância e adolescência como filha única, se mudando de cidade em cidade com uma avoada mãe. Adulta, se mudou para Los Angeles para fazer faculdade...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Allice Point Of View
O mundo está em chamas.
Aquele velho mundo em que vivi até segundos atrás não existe mais. Eu não existo mais.
Não sou mais Ali, ou Alinna.
Sou um ser sem nome, sem identidade, sem passado, sem presente, sem futuro.
Que apenas sente.
E que vive somente com um propósito. Saciar aquele desejo que arde dentro de mim o mais rápido possível, algo que só aquele cara que me beija com fome e avidez pode fazer. Vivo e respiro para ser consumida por aquele fogo que ele acende em mim.
É como se eu tivesse passado a vida inteira esperando por este momento. Cada segundo em que andei por esse velho mundo foi para que chegássemos a este instante, com sua boca sobre a minha, mãos deslizando afoitas por meu corpo, queimando por onde passam, pousando em meus quadris que ele aperta contra sua ereção exigente.
Sim. Mil vezes sim.
É isso.
Eu preciso disso. Dele. Agora. Dentro de mim. Com força. Vezes sem fim.
- Porra, sim! - Vinnie sussurra contra meus lábios, e me dou conta de que tinha dito aquelas palavras em voz alta. Não me importo. Ele está me beijando de novo, agora com mais força, gemendo dentro da minha boca enquanto suas mãos erguem meu quadril e, no segundo seguinte estou sendo prensada contra a árvore, seu corpo forte se esfregando no meu e é a minha vez de gemer, perdida, derretendo, fraca e entregue àquela vontade, enquanto passo meus braços e pernas a sua volta.
Com uma pequena parte do meu cérebro ainda consciente percebo que está me levando para dentro de casa, vagamente percebo os cômodos ficando para trás, até que estamos no quarto e os lençóis frios me dão boas vindas, assim como o peso maravilhoso de Vinnie sobre mim.
Oh, Deus, está acontecendo...
Registro a inevitabilidade daquele momento, enquanto o resto do meu ser, alma, corpo e coração deslizam numa doce inconsciência, onde existem somente sensações e aquele homem que desliza minhas roupas para fora do meu corpo trêmulo de desejo.
E tudo passa como numa névoa. A pressa com que as roupas vão desaparecendo. As minhas. As dele. Nosso desejo é urgente e voraz, não pode esperar mais. Já estamos nas preliminares desde o dia em que eu cheguei ali.
Então, só suspiro, rendida, puxando-o para mim, abrindo minhas pernas para sua invasão mais do que desejada. E, quando ele vem nós dois gememos alto e me movo em sua direção, não só por prazer, também para saber como ele é depois de todo aquele tempo desejando. E é perfeito. É sublime.
Ele se encaixa perfeitamente em mim, como duas peças perdidas de um único ser. E todo meu corpo se desmancha naquele prazer incrível e diferente de tudo o que já tinha sentido.
Nada do que já vivi se comparava a Vinnie. A força com que ele se movia dentro de mim, arrancando prazer de onde eu nem sabia que era possível, fazendo meu corpo arquear e queimar. Um redemoinho de sensações sendo construído no recanto mais profundo e escondido do meu ser, até se desmancharem em uma onda gigante de êxtase que me faz gritar, perdida naquele arrebatamento enquanto Vinnie geme roucamente em meu ouvido, seu corpo tencionando sobre o meu em seu próprio gozo.
Depois a quietude é quebrada apenas pelos sons de nossas respirações ofegantes voltando ao normal.
Quando também vai voltando a minha consciência.
Oh, Deus, o que eu tinha feito? Eu tinha transado com Vinnie. E foi maravilhoso.
Eu devia estar arrependida. Porém só sinto vontade de fazer de novo.
Quão ferrada eu estava?
Vinnie se afasta, deitando do meu lado e nós permanecemos em silêncio por um tempo.
Eu não sei o que fazer. Ou o que dizer.
Sei que devia dizer que foi um erro, pedir para ele sair daquela cama. Pedir para esquecer. Mas não quero.
Não quero me afastar dele ainda. Não posso.
Viro-me sobre o colchão e fico olhando sua figura perfeita enquanto ele olha para mim.
- Alinna... - ele começa a falar, e sei que várias coisas estão se passando pela sua cabeça. Sei que é o momento em que vai começar uma conversa séria sobre em que pé estava o relacionamento. Mas não quero ouvir. Porque não tenho nada a dizer. Não quero pensar no passado. E nem no futuro. Quero ficar naquele mundinho de ilusão que criei desde que ele me beijou lá fora.
Um mundo onde tudo é possível.
Onde só existe o agora.
- Shi... - Toco seus cabelos e me aproximo, beijando seu peito. - Não diga nada.
Por um momento, acho que vai insistir. Por fim, ele passa o braço a minha volta, me puxando para perto e beijando meus cabelos.
Suspiro, enfiando meu rosto em seu peito. O crepúsculo cai lá fora, enquanto adormeço.
Quando acordo já é dia, e estou sozinha na cama. Sento-me, agitada, retirando o cabelo do rosto e olhando o relógio. Fico assustada quando constato que passa das dez horas.
Nossa, eu tinha dormido muito.
Mas, como as crianças não estão em casa, não há pressa. Deito-me novamente olhando o teto, relembrando todos os acontecimentos do dia anterior.
Vinnie e eu fazendo amor. Fecho os olhos, com um suspiro.
Foi perfeito. E, mesmo sabendo que estava fazendo algo muito errado, não conseguia me arrepender.
Eu teria feito tudo de novo.
Não sei como aquela história terminaria. Provavelmente nada bem, pelo menos para mim, que estava vivendo uma mentira e apaixonada por um homem casado. E com a minha irmã. Um homem que tinha transado comigo achando que eu era outra pessoa. Pensar nisto, tira um pouco do brilho dos acontecimentos, embora não totalmente. Ainda era eu ali, foi dentro de mim que ele gozou. Foi a mim que ele desejou.
Ele só não sabia.
E se soubesse? Uma vozinha sussurra dentro de mim.
Provavelmente passaria a me odiar.
Eu simplesmente não estava pronta para ter Vinnie me odiando. Não ainda.
E o que eu devia fazer?
Levanto-me, tomo um banho e me visto. A casa está em silêncio. Preparo um café e vou até a varanda.
Surpreendendo-me ao ver Vinnie sentado ali.
Fico meio tímida ao me aproximar e sentar ao seu lado.
- Bom dia - murmuro, mordendo os lábios.
- Bom dia.
- O que está fazendo sozinho aqui? - Por que não ficou na cama comigo? Quero questionar, mas de repente algo passa pela minha mente. Eu podia não estar arrependida, será que Vinnie estava? Não podia esquecer de todos os problemas que o fizeram sair daquela cama, para começo de conversa. Voltar não devia ser algo fácil, depois de tudo.
- Eu precisava pensar.
- Pensou?
Ele sorri indeciso.
- Acho que precisamos conversar, não é? - Ele não parece muito satisfeito.
Bem, nem eu.
- Podemos deixar para depois? - pergunto baixinho.
Ele fica me estudando. Sei que está tentando entender o que está se passando pela minha cabeça.
- Eu só não quero... - Dou de ombros e acho que ele entende de alguma maneira. Talvez, embora saiba da necessidade, ele também não queira ter uma conversa séria no momento.
- Temos que ir para a casa dos meus pais - ele muda de assunto. - Eles estão nos esperando para almoçar.
- Certo.
Volto para a cozinha, coloco a xícara na pia e saio com Vinnie.
Nós caminhamos em silêncio até a casa dos Hacker e, em determinado ponto, sinto a mão de Vinnie segurando a minha.
É o bastante para acalmar um pouco meu coração.
Naquele dia apenas Maria e Nate estavam em casa e nós almoçamos tranquilos, conversando sobre amenidades. É um alívio que Faith tenha viajado para Vancouver. Hoje não estava com humor para aguentar seu veneno.
À tarde fico observando Vinnie jogando xadrez com seus pais, quando me canso vou até o quintal e me sento no balanço. Sinto falta das crianças. Era incrível como havia me apegado a elas tão completamente em tão pouco tempo.
Não vejo as horas passarem até que Vinnie surge. Não consigo conter o sorriso ao vê-lo vindo em minha direção. Ele é tão perfeito que faz meu coração falhar.
- As crianças já devem estar voltando - ele diz. - Melhor irmos para casa.
- Claro, já sinto falta delas.
- Sério? Achei que ficaria aliviada por ter um descanso.
- Não, não me sinto assim - digo simplesmente.
Quando chegamos, Hub está saindo do carro segurando Henry e Stella corre em minha direção.
- Mamãe!
- Que saudade! - Eu a pego no ar, beijando seu rostinho.
Coloco-a no chão, notando que Vinnie já está com Henry.
- Cadê a Elisa?
- Ela já entrou.
- E a Nailea? - Vinnie pergunta.
- Eu a deixei em casa.
- As crianças se comportaram? - Vinnie pergunta.
- Claro que sim. Os pais da Nailea as adoram. Foram bem mimados. Olha, valeu por deixá-las irem com a gente.
- Sempre que quiserem - respondo.
Ele se despede e nós entramos em casa.
- Vou trocar o Henry - Vinnie diz.
- Ok, vou dar banho na Stella.
Coloco Stella na banheira e vou ver Elisa.
Ela está arrumando sua mochila para o dia seguinte na escola.
- Oi, querida.
- Oi.
- Gostou do passeio na casa dos pais da Nailea?
- Sim, eles são legais. - Ela dá de ombros.
- Está com fome?
- Estou.
- Vou só dar banho na Stella e preparo um lanche, ok?
Ela dá de ombros.
Não parece mais tão agressiva, apesar de ainda estar um tanto inexpressiva.
Eu não me acovardo e me aproximo, beijando seus cabelos.
Acabo de arrumar Stella e a levo para a cozinha, para preparar um lanche. Ela e Elisa já estão comendo quando Vinnie aparece com Henry e lhe passo a mamadeira que já havia preparado.
Depois de alimentadas, as crianças estão sonolentas e nós a colocamos para dormir sem problema. Vou para o quarto, enquanto Vinnie fica com Elisa e me pergunto o que vai acontecer esta noite.
Será que ele vai voltar a dormir no sofá?
Hesito, sem saber o que fazer.
Até que ele entra no quarto e se aproxima de mim, tocando meu rosto.
- Ainda não sei o que está acontecendo - ele diz. - Não sei... aonde estamos indo... Porém não quero resistir.
Fecho meus olhos, deslizando quase sem sentir para perto. Ele beija minha testa, meu nariz, minha boca.
Eu me afasto, retirando minha blusa pela cabeça e ele faz o mesmo com sua camisa.
Nós sorrimos um para o outro enquanto vamos nos desnudando devagar. Não há pressa agora.
E minha boca seca ao ver seu corpo perfeito sendo desnudado diante de mim. Ele é maravilhoso.
Por um momento me preocupo. Será que meu corpo também é igual ao de Alinna?
Vinnie me fita com desejo quando a última peça de roupa se vai e mordo os lábios insegura.
- Não me lembrava de como era perfeita - ele sussurra roucamente. Os dedos tocando meus lábios.
- Acha que estou diferente? - arrisco.
Ele sorri.
- Não, apenas... - Desliza sua mão por meus seios. Engulo um gemido, um calor úmido se alojando no meio das minhas pernas. Desejando. Ansiando. - Não sei dizer o que é...
E então ele está me beijando e me levando para a cama. E não há mais lugar para conversa. Rolo por cima dele, encaixando nossos corpos, porque o desejo é fremente de novo. E nos movimentamos juntos, naquele vai e vem perfeito, deixo meus lábios correrem por seu queixo, sua boca, enterro minhas unhas em seus ombros jogando a cabeça para trás, deslizando numa doce inconsciência até gozarmos ruidosamente, perdidos num mundo de prazer.
Depois, deito com sua cabeça em meu peito, meus dedos acariciando seus cabelos suados.
E me permito viver aquela pequena fantasia na qual ele é meu.
Não me importo. Podia ser a decisão mais egoísta que tomei na minha vida, mas não queria acordar daquele sonho. Não ainda.
Eu vou vivê-lo como se eu fosse a personagem de um dos meus livros. Naquele momento eu sou esposa daquele homem. Eu sou Alinna Hacker. E, quando ela voltar... Não, não quero pensar nisso.
Alinna está vivendo sua própria fantasia também, com a vida dos seus sonhos e outros homens.
E eu ia me permitir viver a minha.
Sem pensar no amanhã.
Continua...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Notas Finais:
➺ Fulchini2008 na hora que vc falou, foi a hora exata que eu comecei a postar aqui KSKSKSKSKS