Roger e Anderson chegam até o laboratório que, sem surpresa nenhuma, está rodeado de seguranças:
- Não acredito nisso! - o homem respira fundo - como a gente passa por eles? São muitos para ir no soco!
- Hum... Acho que precisamos de um tempo maior do que o que eu imaginava...
- Um tempo maior?! Ah, você está de brincadeira velhote! Não temos tempo!
- Eu sei que está nervoso, mas precisamos ao menos saber uma base nos horários de troca de turno. Sempre deixam uma brecha nesses momentos.
- Ou, a gente tenta entrar pelos fundos... - ele aponta com os olhos para a direção dos guardas.
- Isso não é um filme! Você acha mesmo que vai estar livre e aberto lá atrás?
- Não custa tentar... - os dois permanecem calados e o homem fecha a cara - se você não quiser ir, eu vou do mesmo jeito! Não vou ficar aqui parado olhando essa sua cara feia - jogou os braços para cima e começou a dar a volta pelo lugar.
Após chegar atrás do laboratório, olhou para os lados e ao notar que ninguém estava lá, se aproximou:
- Ha, ha! Um ponto para mim, velho! - se gabou - temos uma porta que está... - ele girou a maçaneta com confiança - fechada! - emburrou. No lugar havia apenas duas janelas minúsculas no alto e a porta resistente que era impossível quebrá-la, ao menos naquele momento, sem nenhuma ferramenta pesada. Roger chega no lugar e debocha do loiro que está de braços cruzados em frente a porta:
- Estou vendo que alguém não obteve sucesso.
- Ao menos eu tentei alguma coisa!
- E quem disse que eu não tentei nada? - Roger se aproxima - eu estava os observando... Daqui a pouco o sol vai se pôr e geralmente acontece uma troca noturna. Também vi que eles autorizaram a entrada de dois... Vou chamá-los de cientistas por conta do jalecozinho branco - o velho puxa de leve sua roupa para enfatizar.
- Eles deixaram entrar... - Ander coloca sua mão no queixo e se vira para o caçador - E se a gente arrumasse algum traje, conseguiríamos entrar!
- Olha, eu não quero cortar sua felicidade, mas onde poderíamos arrumar uma roupa como a deles? Impossível.
- Só esperarmos algum cientista "vazar" e agarrar ele na saída. A gente pega a roupa dele e entramos!
Roger o observa sem colocar muita fé em seu plano, e enquanto Anderson está empenhado imaginando como poderiam realizar a idéia, alguém se aproxima da área:
- Ei, loirinho, tem alguém vindo!
- Quem está...? - ele se vira e vê Heitor que hesita em dar mais um passo ao ver os dois - VOCÊ?! - Ander caminha em direção ao recém-chegado. Percebendo que o garoto tenta recuar, o agarra pelo pescoço o pressionando contra a parede - eu nunca deveria ter deixado sua irmã ir, talvez assim você não teria sido um covarde de nos entregar!
- Eu não fiz nada! - o menino segura com suas mão o braço do grande e tenta se soltar - eu só segui as ordens dela, mas eu não encostei nenhum dedo no seu namoradinho, eu juro! Se eu não a ajudasse, ela provavelmente mataria a minha irmã...
- E por que não matariam você?!
- Porque Helena é a única coisa que me importa! Eu só fiz isso para o nosso bem, mas eu juro que eu cumpri com a minha palavra de não incomodar mais vocês!
- Sua irmã machucou ele, então você também tem uma parcela de culpa nisso! E você voltou e disse a ela onde estávamos, e com isso levaram o Wallace de mim! Você tirou ele de mim! - Anderson aperta o pescoço dele mais forte. O garoto implora para Ander o soltar, Roger intervêm e consegue separar os dois:
- ANDERSON! - ele o encara com fúria - nós já conversamos sobre isso e Wallace ficaria chateado se te visse agindo assim! - o caçador apenas olha para o loiro que se retira enfurecido e se vira para Heitor - e você garotinho? Está bem?
- Eu acho que sim - ele diz em um tom baixo enquanto massageia o seu pescoço - eu juro que não é isso que eu queria... Eu só estou tentando fazer o necessário para sobreviver a esse pesadelo, mas eu não queria machucar ninguém...
- Sei que não é isso que você queria e você não machucou ninguém até agora. Não liga para ele. Anderson errou muito, mas ele só está com medo, muito medo e acaba agindo por impulso, sinto muito.
- Eu queria ser corajoso como você, Roger... Você fugiu e não se permitiu fazer o que você não queria, mesmo que isso custasse sua vida.
- Ambos são corajosos, apenas com visões diferentes. Se o certo para você é fazer as vontades dela, tudo bem. Às vezes fazemos loucuras por quem amamos apenas para protegê-la - o caçador olha para trás e Anderson continua bravo - Ei, Heitor! Eu sei que você já tem problemas demais para lidar, mas você conseguiria arrumar dois uniformes do laboratório?
- Não tenho certeza, mas sei que querem aprontar alguma coisa... Para que você quer isso?
- A única forma da gente entrar aí dentro vai ser assim. Pode nos ajudar?
- E-eu acho que sim... - o garoto olha para baixo.
- Eu juro que se ajudar a gente a tirar o Wallace daí de dentro, eu posso libertar você e sua irmã desse pesadelo!
- Sério mesmo que você faria isso pela a gente?! - o menino abre um sorriso tímido.
- Sim! Farei o possível para retribuir esse favor!
- Ok! Eu só não tenho certeza sobre os uniformes... Vai demorar um pouco para conseguir eles.
- Um pouco, quanto?
- No máximo uma semana, tudo bem? E por favor, não esqueça da promessa...
- Uma semana?! Acho que o loirinho não vai gostar de saber disso mas, tudo bem! E não se preocupe, a gente vai dar um jeito - ele afaga a cabeça do menino - então, daqui a uma semana, no mesmo horário?
O garoto balançou sua cabeça afirmando com um sorriso inocente no rosto. Ele volta pelo caminho que tinha percorrido, feliz e confiante, finalmente ele estaria próximo da sua liberdade que tanto almejava.
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DEVIDO LUGAR
Random" Um bruxo dedica sua vida a aprender um feitiço de volta no tempo para tentar salvar seus amigos que acredita os ter matados no passado, mas ao voltar no tempo ele percebe que há mais do que um simples acidente por trás disso. " [ História desenvo...