Parte 66

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O cheiro do meu quarto me embrulhou o estômago. Vi minha mala sobre a cama. Olhei ao redor e não me reconheci mais naquele espaço. Tudo era escuro e empoeirado. Frio.

Decidi fazer as malas para a viagem com o Nanami. Ele me deixou na escola e foi fazer a dele. Abri as portas do guarda-roupa e fiquei parada na frente, com uma mão no queixo e a outra a escorando na cintura. O que eu levaria?

Sorri, quando percebi que me preocupava com coisas que pessoas comuns se preocupavam. Essa viagem ia ser muito boa mesmo! Antes eu queria fugir do mundo jujutsu. Mas agora, eu só queria me divertir com o meu Nanami, recarregar as baterias e depois voltar com força total.

"Meu Nanami" ... sorri.

Meu celular vibrou:

"Meu anjo, estou voltando de Shibuya hoje! Preciso falar urgentemente com você e o Nanami. Me esperem na escola, não saiam! Quando eu chegar quero encontrá-los imediatamente! Gojo."

"O Nanami vai te encontrar aí na escola! Não saia do lado dele!"

Que mensagem apreensiva! Segundos depois:

"Entendeu, S/N? Me dê um sinal que entendeu!"

"Sim, Gojo!". Enviei.

"O que está acontecendo?". Enviei.

"Tem a ver com meu sequestro, Gojo?". Enviei.

"Tem a ver com as maldições sem energia amaldiçoada?". Enviei.

Ele me deixou alarmada e sem resposta. Comecei a ficar preocupada.

"Pára de me mandar mensagens picadas, S/N! Chego em poucas horas!"

Trinta minutos depois, escutei o Nanami bater à porta e entrar. Eu estava sentada sobre a cama, do lado da mala aberta. Minha cabeça fervia, tentando entender o que o Gojo queria.

Ele entrou muito sério, não me olhou nos olhos. Veio em minha direção e se ajoelhou na minha frente, tocando meus joelhos. Fitava minhas coxas, mas estava com uma expressão séria.

- Você sabe o que é, não sabe? - só de olhar para ele eu percebi que ele sabia.

- Sim, eu sei! - ele respondeu seco. Se levantou, colocou a mala no chão e se sentou ao meu lado. Meus olhos o acompanharam, esperando respostas.

- Então me diga! - eu já estava irritada.

Silêncio. Ele encarava sério o chão, com os cotovelos sobre os joelhos.

- S/N, é melhor esperar o Gojo chegar! - ele respondeu de forma autoritária. - Recebi ordens diretas para não falar nada até ele estar aqui. - era o Sr. Kento sério de novo. Senti um frio na barriga.

- Não faça isso comigo, Nanami! - eu supliquei. - O que está acontecendo?

Ele virou o rosto para mim e percebeu meus olhos assustados. Em meio a expressão séria e fria que ele se esforçava por manter, eu percebi sua sobrancelha franzir e os cantos de sua boca caírem. Era uma expressão de tristeza.

Ele se virou para mim e me puxou em um abraço apertado. Passava as mãos em meus cabelos e respirava pesado. Eu inalei o perfume embriagante dele e me rendi ao abraço. Ficamos assim, alguns segundos.

- Eu acho que vou perder você, S/N! - ele cochichou baixinho. Eu arregalei os olhos. - Durou tão pouco ... eu só queria mais tempo com você!

- Do que você está falando? - comecei a me desesperar com aquela conversa. Me desvencilhei do abraço e o encarei de frente.

- Eu fui proibido de falar, mas escuta bem o que eu vou te dizer ... - ele me olhou sério, colocando as duas mãos no meu rosto, me fazendo encará-lo. - Você é uma mulher forte! Você vai conseguir lidar com tudo ... - ele se segurou - e eu estou aqui, ouviu? Eu sempre estarei aqui do seu lado para te ajudar!

Só conseguia pensar que tinha a ver com meu sequestro, eles sabiam mais detalhes. "Eu ia saber lidar com tudo", ele disse. O que será que tinha me acontecido?

- Pára com isso, Nanami! Você está me assustand ... - ele calou minha boca com um beijo ardente. Ele o apreciava lentamente, como se fosse o último.

- S/N ...- ele falou mal desencostando a boca da minha, correndo os olhos pelo meu corpo - se eu pudesse, eu comeria você aqui e agora ... - ele falou ofegante e voltou a me beijar cheio de tesão e parou de novo - mas, tenho que ficar alerta ... mas, pode ser a última vez que ... - ele parecia sofrer em dúvida.

- Você pode! - eu afirmei com todas as letras. Tirei meu vestido e fiquei só de calcinha na frente dele.

Ele sussurrou meu nome, tirando o paletó do terno e afrouxou a gravata. Não tirou os olhos dos meus seios. Eu peguei o cós de sua calça e abri o cinto, o botão e o zíper. Puxei sua camisa de dentro da calça e abri alguns botões, expondo a barriga e o caminho da felicidade dele. Ele se inclinou um pouco para trás. Vi a cicatriz recente do ferimento em Shibuya, ao lado do umbigo. Passei os dedos delicadamente sobre ela.

- Vai ter que ser rápido, S/N! ... - ele enfiou a mão no meu seio. - Meu Deus! Você é deliciosa! Vem aqui! - me conduziu para sentar no colo dele.

Conforme eu passei as pernas por ele, eu fui tocada por cima da calcinha. Ambos gememos.

- Ah, você está toda molhada, S/N! - ele sussurrava enfiando a boca no meu seio.

Eu respirava ofegante. Removi o pau duro dele da calça e afastei minha calcinha e o enfiei com força. Num movimento brusco. Ele gemeu alto e eu também.

- Me come, Nanami! - eu supliquei cadelinha. Subia e descia no pau dele, em movimentos rápidos.

- Quero ver você gozar gostoso, S/N! Rebola em mim como naquele dia no hotel!

Eu só obedeci! Rebolei na cabeça do pau dele e enfiava ele em mim com força, socando várias vezes. Ele estava extremamente ofegante e o pau dele começou a ficar mais grosso. A voz e a respiração dele se descontrolavam. Isso era muito excitante.

Minhas mãos estavam em seus cabelos enquanto a boca dele não sabia qual seio chupava. Enverguei as costas e gozei gostoso. Gemi alto e por um bom tempo. Diminuindo a velocidade conforme a onda do gozo passava. Me deliciei com aquilo.

Ele riu safado, colocou ambas as mãos na minha bunda e apertou forte. Me puxava violentamente contra ele e eu deixei ele conduzir meu corpo. Ele estava ardendo de tesão. Sua cabeça estava entre meus seios e ele baforava hálito quente neles conforme tentava respirar.

Senti o pau dele ficar bem grosso e ele gemeu alto na hora, gozando em mim. Eu só fiquei olhando o rosto dele, entregue ao desejo e satisfeito, passando a mão em seus cabelos e dando selinhos delicados nos lábios dele. Ele metia devagar e lentamente. Seu corpo tremia. Ele era delicioso! Que homem!

- Ducha? - eu sugeri suavemente.

Tomamos um banho juntos, mas não demoramos. Tinha momentos que o olhar dele se perdia e ele ficava sério. Mas eu o chamava com um beijo doce e sorria para ele. Assim eu conseguia que ele sorrisse de volta para mim com um olhar mais amoroso.

Após nos arrumarmos, o Nanami escorou na minha mesa de estudos, cruzou os braços e ali ficou parado. Estava perdido em seus pensamentos. De volta ao Sr. Kento.

Eu tentei me distrair escolhendo algumas roupas para a viagem. Ficar parada que nem ele me mataria de ansiedade. Desisti de perguntar para ele sobre as peças. Ele evitava me olhar e me responder. O comportamento dele estava me matando. Mas entendi que para ele aquilo estava sendo bem difícil também. Resolvi esperar o Gojo chegar.

O vazio da morteOnde histórias criam vida. Descubra agora