XVIII - This feels right

1.8K 182 64
                                    

 
Pronto, finalmente o estúdio está limpo. Esperei o cliente ir embora, e como tinha um tempinho sobrando, dei uma geral aqui. Acabei me empolgando e tenho 2 minutos até o horário combinado com a Billie.

Peguei chave, celular e tudo que deveria e tranquei o estúdio, indo apressadamente pro meu carro. Eram 4:58 da tarde. Ligo o carro, e sigo em direção a casa da Billie, que é na mesma direção que a minha casa, mas não era no meu condomínio. Mas como nunca fomos próximas, hoje é a primeira vez que vou na casa da Eilish.

[...]

Estaciono o carro em frente ao endereço que ela me passou. A casa tinha um bom tamanho, mas nada enorme. A faixada era muito bonita, tinham várias plantas em frente, e no centro, tinham uns três degraus, e depois um caminho em concreto que ia até a porta da sua casa.

Bato na porta, e ouço latido de cachorro. Não vou negar que tenho um certo receio com cachorros, meu avô já foi mordido por um.

— Ei atrasadinha - ela diz assim que abre a porta, e da espaço pra que eu entre, revelando um pitbull. Eu paraliso. Ela ri alto assim que percebe que estou com medo. — Você tá com medo da Pepper? Ela não vai fazer nada com você.

— Sei sei, você podia só segurar ela por precaução? - eu pergunto, ela ri, mas acaba segurando a Pepper. Eu rapidamente entro.

— O que a galera do colégio acharia ao saber que a Blake durona, tem medo de cachorro, hum? - ela ri, e solta a cadela, que rapidamente veio em minha direção, eu fico parada, sem respirar enquanto ela me cheirava.

— Ah cala a boca. - eu digo, e olho pra Pepper que balançava seu rabo, o que me deixou mais tranquila. Abaixo devagar, e passo a mão em sua cabeça. — Você é tão boazinha - digo com voz de nenê.

— Viu? Não foi tão ruim. - ela se aproxima, e também se abaixa pra fazer carinho na mesma, que deita e abre as pernas, exibindo sua barriga, pronta pra receber carinho. Eu sorrio.

— Certo, ela é linda e muito dócil. Poderia ficar horas fazendo carinho, mas temos que estudar. - eu digo, e levanto. Dando uma olhada no lugar. Estávamos na sala.

— Vamos lá pro meu quarto então - ela diz, e se levanta me guiando até seu quarto. Não era grande. Tinham várias janelas no mesmo, uma cama de casal, onde haviam algumas almofadas, e do lado um piano, com uma cadeira em frente. Me impressiono, então ela toca?

— Piano, hum? Você toca? - eu pergunto, enquanto passava meus dedos por cima das teclas. Eu sabia tocar, mas bem pouco. Fiz aulas quando tinha uns 10 anos, mas não foi por muito tempo.

— Gosto de tocar pra passar o tempo - ela responde, pegando seus livros. Não me parece que seja só isso, só pra passar tempo.

— Sei. E teus pais? Não estão em casa? - eu pergunto, já que não tinha visto mais ninguém aqui.

— Estão trabalhando. Acredito que umas seis horas, eles já estão por aqui - ela responde, e se senta na cama, e eu me sento na cadeira em seus frente.

Vejo um caderno em cima da sua cama que me chamou atenção, pego, e ela tenta pegar da minha mão, mas sem sucesso. Abro, e vejo que se tratavam de letras de música.

— Você compõe? Caralho, que massa - eu digo, enquanto lia algumas letras. — Pera, então você também canta?

— Sim, eu componho e também canto. - ela responde, sorrindo ao ver minha animação com tal coisa.

— Tá, vamos fazer assim: eu vou te ensinar o que tenho pra ensinar hoje; e então, você vai cantar pra mim. Eu preciso ouvir - eu digo convicta, e ela concorda com a cabeça. Não sabia que a Billie cantava; e estou curiosa pra ouvir como é.

Between us Onde histórias criam vida. Descubra agora