Parte 1: capítulo 5

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Acordo de um pesadelo, por um segundo achei que o Donghae estava vivo, e o Taehyung estava aliado a ele.

Sonhos são coisas tão estranhas...

Eu me levanto, estudo um pouco de técnicas de enfermagem enquanto fumo um cigarro, e vou trabalhar mais uma vez. Hoje vai ter uma festa grande, então a demanda está altíssima.

Já faz uma semana desde aquele encontro com o Taehyung, e ele não me mandou mais uma mensagem sequer nesse período de tempo. Deve estar com medo de mim.

E realmente perdi meu sobretudo, ele foi quase todo comido pelo pneu da moto, principalmente com a alta velocidade e longa distância desgastando-o. Foi sacrificado pela minha liberdade, então acho que tenha valido a pena...

Vou até aquele quarto e separo as drogas por pacotes, para ficar mais fácil de não confundir os pedidos. E isso me custa duas horas de trabalho, checando várias vezes os pacotes para ter a certeza de que está tudo certo.

E agora é a hora de me encontrar com eles.

Pego meu celular, checo as notificações — surpreendentemente vendo uma mensagem do Taehyung ali — e saindo de casa sem distrações, mesmo estando curioso para saber o que ele quer comigo.

Coloco tudo em uma mochila e saio com a moto para o ponto de encontro. Jimin e Namjoon também vão, já que não sou só eu que lucro com esse tipo de coisa, e quando os pedidos são altos, nos unimos pela nossa própria segurança.

— Quanto vocês vão faturar hoje? — Jimin pergunta, e Namjoon o julga.

— Não podemos conversar sobre lucros, é nossa regra primordial — respondo.

— Ah... tinha esquecido. — Jimin diz, dando um sorriso meio sem jeito. — Só sei que hoje nós três devemos ter muitos clientes.

— E infelizmente as drogas não são usadas só para uso próprio... queria fazer algo para evitar que esse tipo de coisa acontecesse, mas nesse ramo é impossível. — digo puxando conversa e acendendo mais um cigarro.

— É, mas não podemos fazer nada em relação a isso, então prefiro não pensar — Namjoon fala se espreguiçando. — Que demora da porra desses traficantes.

— E somos homens, não temos que nos preocupar com isso. — Jimin comenta. — Agradeço todos os dias por não ser mulher, deve ser difícil.

Não digo que queria que isso fosse verdade, pelas mulheres não merecerem passar pelo que eu passei, mas não é bem assim que funciona...

... dizer que é um problema exclusivo das mulheres é bem machista.

E nesse momento avistamos um cara chegando.

17/06/2012 (9 anos atrás)

— Donghae, eu não consigo segurar isso, tenho medo de machucar alguém.

— Para de frescura. É porque você é muito novo, mas é só confiar em mim. Você mesmo disse que queria tentar, então deixe de ser bobão. — Ele segura meus braços por trás, posicionando a arma da forma correta — Agora só é tentar atirar na maçã.

E assim eu fiz. Foi meu primeiro disparo com uma pistola, e eu errei o alvo, mas por sorte estamos em uma mata deserta.

— Tente novamente. Hoje viajo de novo, vai demorar para que consiga te dar mais aulas de tiro. — Donghae acende um cigarro e manda eu dar a primeira tragada. — Vai te acalmar, puxa a fumaça pra dentro e solta pelo nariz, assim como te ensinei vez passada.

Assim eu faço, tragando a fumaça quente e sentindo uma leve tontura. Ele se afasta um pouco, vendo meu treino.

Ficamos aqui até eu acertar a mira. Ele trouxe muita munição reserva, e depois pediu o dinheiro da minha mesada para arcar com os prejuízos.

Outlaw ( Kth + Jjk )Onde histórias criam vida. Descubra agora