Parte 1: capítulo 15

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O próximo capítulo é o último da parte 1, espero que estejam gostando!!! Preparem os corações.
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15/03/2025

Dias se passaram desde aquele incidente, e eu mal consigo ouvir o nome do Taehyung sem sentir vergonha. Felizmente, ele não me procurou nesse tempo. Sei que não há um romance verdadeiro entre nós, apenas desejos carnais. Depois daquilo, seria estranho ele me procurar.

Meus pais têm me apoiado muito, mas minha abstinência ao cigarro continua a me atormentar, mesmo depois de semanas sem nicotina. Comecei a beber, algo que raramente fazia antes, mas agora parece necessário para aplacar a ansiedade. Estou sem trabalhar, e agora que estou livre, sinto falta do dinheiro que tinha antes, da adrenalina das minhas aventuras e de ter minha própria casa.

Minha vida parece estagnada, meu coração bate acelerado, mesmo sem eu estar correndo riscos. Namjoon e Jimin não falam comigo há anos, e me pergunto se eles estão presos ou ainda vendendo drogas. Perdi também a arma que o Donghae me deu, uma peça cara, que valia um rim.

Será que ele realmente gostava de mim? O cara me deu uma arma caríssima, afinal.

Vou até o banheiro e tiro a camisa, observando a cicatriz nas minhas costas. Foi a mais longa e profunda de todas. Se tivesse sido um pouco mais funda, eu poderia estar tetraplégico agora. Só de pensar nisso, um arrepio percorre minha espinha. Talvez essa falta de nicotina esteja me deixando ansioso para sentir alguma coisa, qualquer coisa...

18/03/2025

O dia que eu mais temia — e esperava — finalmente chegou. Saí do quarto por volta das nove da noite e vi o Taehyung conversando com meus pais.

Ele estava usando roupas de enfermeiro, e quando o vi, fechei a porta do quarto com força, sentindo meu rosto queimar de vergonha.

— Jungkook, vem aqui, o Taehyung vai te ajudar com a fisioterapia. — meu pai chamou, batendo na minha porta, e eu senti uma vontade desesperadora de desaparecer.

Puta que pariu.

Olhei para as queimaduras nos meus dedos e suspirei, minha mão tremendo e a respiração irregular.

Abri a porta e lancei um olhar cheio de ódio para o Taehyung. Era como se ele estivesse fazendo isso de propósito.

— Oi, Jeon. Eu disse que ia te ajudar na recuperação, então vou cumprir o prometido.

— Hm... — murmurei, intrigado.

Ele se levantou e veio até mim.

— Vamos. Eu trouxe alguns equipamentos para o fortalecimento do seu ombro. — disse, entrando no meu quarto e abrindo a cortina, revelando várias latinhas de cerveja no chão. — Você andou bebendo, Jeon?

— Talvez. — respondi, me sentando na cama. — Como funciona a fisioterapia?

— Serão poucas sessões. Fiz pós-graduação nisso, então fique tranquilo. Vamos começar devagar. — Ele tirou um elástico de cerca de um metro da mochila e me entregou. — Pegue em cada ponta e tente levar o elástico da sua virilha até as costas, se conseguir.

Suspirei, achando isso ridículo, mas fiz. A dor foi intensa, mal conseguia levar o elástico acima da cabeça.

— Vá com calma, movimentos suaves, vá até onde conseguir. — Taehyung disse, e eu obedeci. — Ok, entendi mais ou menos. Deite-se de lado na cama e levante o braço fraturado, repetidas vezes.

Suspirei profundamente pelo tédio e fiz o que ele disse.

A sessão durou uma hora e meia, com intervalos, e foram as horas mais tediosas da minha vida.

Outlaw ( Kth + Jjk )Onde histórias criam vida. Descubra agora