Parte 2: capítulo 3

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Sobre o Yoongi, a história dele está no meu perfil (Revenge - Imagine Min Yoongi).
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06/05/2025

O julgamento finalmente aconteceu. Meu advogado conseguiu, após duras quinze horas no tribunal divididas em três dias, convencer os jurados de que não seria justo me prender novamente por crimes do passado. Já havia cumprido minha pena e sido libertado. Argumentou também que o assassinato de Jimin foi em legítima defesa.

Fiquei surpreso quando saí dali e vi muitos fotógrafos. O celular do meu advogado não parava de tocar, e eu ganhei uma corrida de Uber de graça até a minha casa.

Quando cheguei em casa, meus pais não me trataram tão bem. Mesmo que tentassem disfarçar, estava claro que estavam traumatizados com tudo o que aconteceu. Taehyung também não estava lá para comemorar minha volta, e isso me entristeceu um pouco.

— Vocês estão com raiva de mim? — arrumo coragem para perguntar, e meu pai balança a cabeça negativamente, mas permanece cabisbaixo.

— Taehyung te viu matar a sangue frio. Como você consegue fazer isso sem sentir culpa? — minha mãe parecia decepcionada, e isso me quebrou por dentro.

Eu diria que me acostumei, mas isso só pioraria a situação.

— Ele estava ameaçando vocês com uma arma. — tento me justificar, porém não pareceu ser uma justificativa plausível para eles, já que continuaram com a mesma expressão de desgosto.

— Você já matou outras pessoas, Jungkook. E eram pessoas que não estavam nos ameaçando. — ela continuou. — O jeito como você matou, sem hesitar, revelou seus pecados.

— Ouvimos todos os tiros, vimos o corpo e quantas vezes ele foi baleado. Nos preocupamos que algum dos disparos pudesse ter acertado você... ainda bem que não foi o caso. — meu pai, como sempre, tentava ser positivo, mas sua voz tremia.

— Era necessário. Traficante não conversa, traficante mata. Mas eu não quero mais matar, já cumpri minha pena, e só matei o Jimin porque ele era um desgraçado.

— Jungkook! — meu pai me repreendeu dessa vez. — Quem é você? Sabíamos que você estava no caminho errado, mas ser assassino e falar de uma pessoa morta desse jeito como se fosse justificável é demais.

Eu me estressei e me levantei, mas naquele momento, os dois arregalaram os olhos assustados.

— E SE FOSSEM VOCÊS ALI NO CHÃO?! — gritei, incapaz de suportar aquilo tudo. — Fui preso para proteger vocês, seus ingratos! — E fui para o meu quarto, batendo a porta com força.

Mas que droga! Eu me expressei mal dizendo que matei o desgraçado só porque ele era um pau no cu. Eu nunca machucaria meus pais, e não quero mais ser preso.

Pego meu celular da gaveta, coloco-o para carregar, e assim que liga, abro o WhatsApp e mando uma mensagem para Taehyung:

"Por isso perguntei naquele dia o que você achava sobre matar estupradores. Conseguiu analisar o caso? Não era um estuprador, mas aquele cara era um assassino."

Mando a mensagem e desligo a tela, suspirando.

Queria que Namjoon fosse solto logo para que pudéssemos conversar mais. Não vou me submeter a passar pela cadeia tão cedo. Mas pelo menos o medo passou depois deste último julgamento.

Outlaw ( Kth + Jjk )Onde histórias criam vida. Descubra agora