Parte 2: capítulo 7

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22/08/2025

Faz quinze dias desde meu encontro com Taehyung, e minha mente não consegue esquecer aquela noite.

Seoyeon realmente veio me visitar. Eu tinha esquecido de ligar para ela, mas ela apareceu mesmo assim, sempre atenciosa. Nossas conversas me fizeram refletir sobre muitas coisas, e sinto que, aos poucos, estou me reconstruindo.

Nesses quinze dias, cortei meu cabelo, finalizei as duas últimas sessões das minhas tatuagens e entreguei o resto da maconha à tatuadora. Agora, me sinto mais leve. O corte no braço está completamente curado, mas vou demorar bastante até tatuar em cima disso.

Ainda não acredito que Taehyung seja tão experiente em relacionamentos. Sempre o vi como um perdedor nesse aspecto, mas isso explica a naturalidade com que tudo aconteceu entre a gente. Se ele fosse virjão, não teria sido tão fácil. Gostaria de transar com ele de novo; foi a melhor experiência da minha vida.

Agora, na quarta latinha de cerveja, penso em chamar Taehyung, mas, quando a ligação é completada, desligo com o coração acelerado.

Não posso chamá-lo bêbado, não quero decepcioná-lo de novo...

Fico perambulando pela casa, entediado — mesmo bêbado.

— Puta que pariu, como é chata essa vida.

Abro o Instagram que acabei de baixar e começo a explorar. Pesquiso pela cafeteria ao lado da Supreme e, descaradamente, mando uma DM perguntando se precisam de funcionário. Também fiz isso com a própria loja de roupas, dizendo o quanto sou apaixonado pela marca e que tenho conhecimento, mas duvido que me respondam. Seria pedir demais.

Eu me candidataria a ensinar tiro em escolas qualificadas para isso, mas ninguém com boas intenções iria querer ter aulas com um assassino. E também duvido que me deixem conseguir esse cargo, deve ser uma burocracia enorme.

Meu celular toca enquanto estou rolando o feed, e eu me assusto ao ver que é Taehyung ligando.

Ah, não...

Me recomponho para parecer sóbrio e atendo.

— Ligou pra mim?

— N-não, era para eu ligar para meu pai, apertei errado.

— Você voltou a falar com eles normalmente? Como eles estão?

Eu desligo a ligação, não consigo mentir na cara dura nesses momentos.

E batem na minha porta. Nesse momento, tenho certeza de que é Taehyung.

Mas, quando abro a porta, vejo alguém que não esperava — Namjoon, com seu sorriso que sempre me traz uma sensação de nostalgia.

— Namjoon?! — grito e pulo nele com um abraço.

Ele me abraça com força, seu sorriso é contagiante.

— Entra, vem beber comigo! — digo, sentindo uma onda de alegria inesperada.

— Acabei de ser solto. Fui na casa dos seus pais, e eles quase chamaram a polícia quando disse que era um amigo seu.

— Ah... — rio sem graça. — Mas pelo menos disseram onde você mora antes de baterem a porta na minha cara.

Namjoon se joga no meu sofá, aliviado por estar fora da prisão.

— Cadê a bebida?

— Vou pegar mais. — digo e pego quatro latinhas que estavam no móvel da sala, entregando-lhe duas. — Então... como você foi solto tão rápido?

Outlaw ( Kth + Jjk )Onde histórias criam vida. Descubra agora