Chapter eleven

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Harry chegou completamente atordoado no sítio de seu avô, tentando não fazer barulho já que estava tarde e ele via tudo girando em sua frente, tomando cuidado pra não derrubar nada.

Quando ele saiu da balada as presas esqueceu totalmente de seus amigos e pior, deixou Louis lá sozinho e sem explicação alguma do porquê tinha feito aquilo:

Ele beijou o Louis.

Ele não faz a menor ideia de onde tirou tanta coragem pra agir daquele jeito, ele nunca foi assim. Bom, talvez seja a sua vontade imensa de ficar com o moreno ou por finalmente estar livre de Nick.

Quem sabe a sensação de finalmente poder sentir aqueles lábios macios em seus próprios o desse mais adrenalina? Ou a sensação de poder sentir aquelas mãos tatuadas admirando seu corpo como uma bela obra de arte? Harry sonha há bastante tempo com isso e no momento que ele viu seu sonho sendo realizado, ele fugiu.

Porra, quem ele pensa que é? Cinderela? E nem era meia noite mais pra ele sair correndo daquele jeito porque tudo ia se desmontar. Ele não está um conto de fadas!

Queria se enfiar debaixo de toda aquela areia da praia e não sair mais pela tamanha vergonha que sentia. Pela sua ereção no meio das pernas. Por tudo menos por arrependimento de ter beijado o moreno porque isso Harry não sentia de forma alguma.

Aquele beijo foi coisa dos deuses, o cacheado pensa muito na possibilidade de estar sonhando até agora e que em algum momento vai acordar. Bom, se o sonho é ele sair correndo sem dar respostas pra Louis, isso não é um sonho e sim um pesadelo.

Harry se belisca algumas vezes e resmunga pelos pelinhos de seu corpo que estava puxando, doendo um pouco.

O garoto entra no quarto que estava hospedado e se senta na cama, olhando seu próprio reflexo no espelho a sua frente. Somente agora ele se lembrou de ter visto seu ex namorado na festa com o mesmo garoto que viu dentro da caminhonete. E é uma coisa que não o surpreende, ele já imaginava que Nick estava fazendo isso com ele, só não tinha coragem de tomar uma iniciativa pra acabar com tudo.

Louis foi uma das suas iniciativas.

Ele estava quase caindo de sono, então ele se levanta e vai tomar um banho já que fedia a álcool e suor.

Já dentro do banheiro, ele passa seu polegar pelo lábio inferior e sorri desacreditado. Fechou os olhos e lembrou dos ocorridos de algumas horas atrás, dos beijos deliciosos de Louis em sua boca, dos gemidos baixinhos que ele soltava enquanto Harry beijava seu pescoço, a dominância que ele tinha sobre o cacheado, o olhar que Louis tinha no corpo do maior como se quisesse memorizar tudo aquilo.

A boca dele ainda estava dormente e ainda com memórias de como foi sentir o corpo fervoroso de Louis perto do seu.

Harry tenta imaginar o que teria acontecido se ele tivesse descido mais, afinal, o que teria acontecido? Transariam ali mesmo? Bom, Harry não reclamaria ainda mais com todas aquelas algemas. 

Sacudiu sua cabeça, tentando espantar todos esses pensamentos, já que queria diminuir sua ereção e não piorar.

Agora ele está tentando ignorar o fato de ter o largado naquela situação. Ele sabe que foi um cuzão se despedindo daquela maneira. Saiu como um cachorrinho pincher que late como um cão bravo mas logo quando ameaçado, sai correndo.

Ele sabe que precisa concertar isso, já que pediu que Louis o desse um espaço. Harry estava cogitando seriamente em nunca mais beber, viu que a bebida só o induzia a fazer e falar mais merda.

E justamente por isso voltou pro sítio de seu avô, pra que tomasse uma decisão. Ele deixaria que seus pequenos sentimentos por Louis se espalhasse por seu corpo? Deixaria as borboletas saírem de seu casulo?

Summer Love | l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora