Capítulo XXXII.

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Damon Salvatore.


— Não sabe como foi complicado te achar aqui! — a voz da loira era estridente, voltando a analisar Elena de cima a baixo. — Não sabia que estava com visita.

A mulher ao meu lado encara a loira como se tivesse encaixado uma peça difícil de um quebra-cabeça.

— Oh, que grosseria a minha — Elena diz com uma letalidade que poderia matar se assim quisesse, se afastando um pouco da porta. — Gostaria de entrar, querida?

Caroline fica tensa e me forcei a contrair o riso. A loira entra e começa a observar o ambiente.

— Fique à vontade. Gostaria de beber alguma coisa? — Elena pergunta, como se realmente morasse ali. Ignorei a sensação reconfortante que surgiu em meu peito.

— Estou bem, obrigada. Não sabia que estava ocupado hoje, Damon. — Provocou, lançando um olhar de esguelha para Elena.

— Espero que não só hoje. — Sorrio para Elena e ela tenta não revirar os olhos. Me volto para Caroline. — O que veio fazer aqui a essa hora?

— Bem, você me deu seu número, mas não responde minhas mensagens. Então te procurei até encontrar esse endereço, o que não foi nada fácil. — Diz e se senta no sofá. — Aliás, não posso visitar um amigo para conversar? Tudo bem que a intenção era de ser mais que uma conversa, mas...

Sinto a irritação crescer e tenho certa noção de que minha cara não deve ser das melhores. Trinco o maxilar com tanta força para evitar a resposta grosseira que minha mandíbula reclama.

Elena parece ter percebido, porque forçou uma tosse e riu baixinho em um aviso que Caroline claramente entendeu.

— Bem, vou me vestir adequadamente e já volto para conversarmos. — A morena se vira em direção as escadas, mas se contem, olhando por cima do ombro. — Damon, amor, poderia me dar uma mãozinha?

Reprimo um arrepio com o apelido e tento não pensar muito no que poderia ser uma mãozinha. Vou até ela e seguro sua mão, sem esconder meu sorriso safado.

Elena me guia, fazendo questão de rebolar enquanto anda na minha frente, consciente de cada consequência de seu ato. Ao entrarmos em meu quarto, ela tira a toalha do corpo, vai até suas roupas e começa a vesti-las. Expiro pesarosamente, irritado na mesma proporção que excitado. Não, estou mais irritado do que excitado porque não vou conseguir saciar o que eu e o cara de baixo queremos.

— Eu estava bem animado com a ideia de te dar uma mãozinha — faço um bico e ela me imita. — Não acredito que perdi a oportunidade de tomar um banho com uma detetive gostosa! — reclamo, me aproximando e a viro pela cintura. Ela puxa seu cabelo por cima do ombro em um pedido silencioso para que eu abotoe seu sutiã.

— Você não perdeu nada, apenas adiamos. É para dar mais... emoção — responde e pisca para mim. Por instinto, beijo sua pele exposta demoradamente, percebendo sua respiração oscilar. — Ademais, temos um problema interessante para cuidar agora.

"Temos um problema" é claramente uma frase que cortaria qualquer tesão. Mas não quando dita por Elena Gilbert. Seminua. Com a respiração ofegante e os lábios inchados.

— Me conte o que está tramando — peço, apenas para continuar escutando-a e ficar mais fascinado.

— Vamos atuar. Mais uma vez — responde lentamente e sorri. — Seremos um casal apaixonado e você será um bom anfitrião. Teremos que ser gentis o máximo que conseguirmos. Caso contrário, ela não nos contará nada do que precisamos saber.

— Isso já está ficando irritante. Tenho meu melhor banho de banheira atrapalhado e terei que ser gentil com a responsável por isso? — Bufo e Elena se volta para mim com uma expressão diabólica.

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⏰ Última atualização: Aug 05, 2022 ⏰

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