— Bom dia -Vinnie falou assim que eu abri os olhos.
— Bom dia -respondi e virei para voltar a dormir.
— Seu pai está lá embaixo -Vinnie falou e eu sentei na cama assustada.
— Eu esqueci de voltar pra casa no horário! -falei lembrando do recado que eu pedi ao motorista.
— Sério isso? -ele perguntou sem acreditar.
Levantei da cama e fui procurar minha roupa.
— Meu vestido está na sala! -falei preocupada. — Que merda!
— Vai de lençol -ele falou rindo e eu mostrei o dedo pra ele.
— Vou pegar roupa sua! -falei e entrei no closet dele.
Peguei uma camiseta cumprida e uma cueca.
— Ele vai me matar! -resmunguei.
— Você ficou muito gata assim! -Vinnie parou na minha frente e segurou minha cintura.
— Vamos descer? Eu estou pronta para desmaiar de nervosismo! -falei.
Vinnie segurou meu rosto e me deu um beijo calmo.
— Vem! -ele pegou minha mão e saimos do quarto.
Descemos a escada e ele me levou até a sala de jantar.
— Bom dia pai! -falei e sorri fraco.
— S/n... -ele me olhou de cima a baixo e olhou pro Vinnie em seguida. — Vamos pra casa -ele se aproximou e pegou minha mão.
— Sr. Muller... -Vinnie começou a falar mas meu pai o interrompeu.
— É assunto de família -meu pai me puxou pra fora da casa dele e eu fiquei confusa.
Entrei no carro com meu pai e ele não estava com o motorista.
— Sei que quando você dirige é para se acalmar, o que aconteceu? -perguntei preocupada e meu pai saiu disparado. — Que merda, pai! -falei e segurei no banco.
Ele continuou sem me responder mas percebi que não estamos indo pra casa, estou completamente perdida e sem entender.
Paramos na frente de um hospital e meu pai desceu, eu o acompanhei.
— A Chlóe está bem? -perguntei preocupada. — FALA COMIGO! -gritei no meio do hospital e ele parou no meio do caminho.
— Eu quero te levar para falar com o médico, eu não vou saber explicar! -ele falou com a voz embargada.
O desespero bateu naquela hora, nunca vi meu pai daquele jeito e isso me deu um medo enorme.
— Sr. Muller! -o médico apareceu. — Ela já deve estar chegando -olhei confusa para ambos.
— Quem? -perguntei.
— Doutor, essa é a filha dela... -meu pai me olhou. — Pode falar pra ela o que o senhor disse para mim? -meu pai perguntou e o médico se aproximou.
— O que foi? -perguntei confusa.
— Sua mãe sofreu um acidente de carro... -o médico começou a falar e eu já entrei em desespero. — Não foi grave e os médicos do Brasil disseram que ela está bem e chegou acordada no hospital, mas ela precisa fazer uma cirurgia e seu pai quer que seja aqui
— É, ele está certo -falei.
Fui até a parte de espera e sentei nos bancos.
— Filha... -meu pai me abraçou.
— Ela está bem -falei e segurei o choro.
— Ela deve chegar em menos de uma hora -sorri fraco pro meu pai.
Ficamos esperando mais notícias e a hora parecia que não passava.
Depois de quase duas horas, o médico apareceu.
— Ela quer falar com você -o médico me levou até o quarto.
— Mãe! -corri até a cama.
Ela estava realmente bem, ela sorriu quando me viu e abriu os braços para me abraçar.
— Que roupa é essa? -ela me olhou rindo e me abraçou.
— Como tudo aconteceu? -perguntei e fiz carinho no rosto dela.
— Um doido bateu no meu carro -ela falou. — Certeza que pelo estrago vai ficar caro -eu ri com isso.
— Você parece estar bem, por quê vão te operar? -perguntei.
— Eles disseram que estou com hemorragia, algo assim -ela respondeu.
— Você quase me mata do coração! -falei e a abracei novamente.
Fiquei um pouco com minha mãe e depois levaram ela para a cirurgia, achei que fosse demorar mais, os médicos disseram que deu tudo certo e que ela iria se recuperar logo e bem.
Fiquei no quarto esperando ela acordar, junto com meu pai.
— Joseph... -minha mãe falou e sorriu quando viu meu pai.
— Sabrina... -ele sorriu e foi pra perto dela. — Você está bem?
— Você é maluco! -ela riu. — Imagina o preço de me mandar pra cá e ainda pagar um hospital desse -ela falou.
— Só queria saber se você ficaria bem, o dinheiro não me importa -ele falou.
— E você mocinha, quem é o namorado? -ela perguntou pra mim.
— Mãe! -falei. — Não estou namorando
— E essa roupa? -ela perguntou e segurou minha blusa.
— Busquei ela na casa do namorado, por isso a roupa -meu pai falou e riu.
— Vocês são chatos quando estão juntos! -reclamei.
— Somos mesmo, mas você não pode fazer nada -minha mãe falou. — Ele sabe que sua mãe está aqui?
— Ele quem? -perguntei.
— Seu namorado, ué -ela respondeu e eu revirei os olhos.
— Mãe, eu e ele não namoramos -falei.
— Vai pra casa e explica pra ele o porque você saiu fugindo da casa dele -meu pai falou.
— Não devo explicações pra ele -respondi.
— Eles se odeiam e transam? -minha mãe perguntou pro meu pai.
— Meu Deus, eu vou pra casa! -falei e dei um beijo neles. — Vocês são insuportáveis!
Sai do quarto e pedi um uber.
Cheguei em casa, tomei um banho e coloquei uma roupa confortável.
Eu acho que não preciso mandar mensagem pro Vinnie, eu sei que ele não vai querer nada sério e se eu me esforçar para isso, vou me machucar.
Minha mãe deve ficar aqui um tempo e eu não poderia ficar mais feliz, vou poder conhecer Seattle com ela e aproveitar os dias aqui, sei que logo ela vai querer voltar pro Brasil.
Coloquei filme e fiquei no cinema de casa assistindo, fiquei esperando mensagem do Vinnie, mas ele não fez questão também.
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𝒑𝒓𝒐𝒎𝒊𝒔𝒄𝒖𝒐𝒖𝒔 - 𝒗𝒊𝒏𝒏𝒊𝒆 𝒉𝒂𝒄𝒌𝒆𝒓 (𝒔/𝒏)
Fanfictionㅤ҉ "Você é o maior babaca que eu já conheci" ⁑ "O nosso amor nunca foi suficiente, Hacker!" ㅤ҉ "O amor nunca estará do nosso lado" ⁑"Você tem que me deixar te deixar ir!" ㅤ҉ "Você sempre terá uma parte minha em você" ᴇssᴀ é ᴜᴍᴀ ʜɪsᴛóʀɪᴀ ᴅᴇ ᴀᴍ...