Capítulo 17

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— Bom dia -Vinnie falou assim que eu abri os olhos.

— Bom dia -respondi e virei para voltar a dormir.

— Seu pai está lá embaixo -Vinnie falou e eu sentei na cama assustada.

— Eu esqueci de voltar pra casa no horário! -falei lembrando do recado que eu pedi ao motorista.

— Sério isso? -ele perguntou sem acreditar.

Levantei da cama e fui procurar minha roupa.

— Meu vestido está na sala! -falei preocupada. — Que merda!

— Vai de lençol -ele falou rindo e eu mostrei o dedo pra ele.

— Vou pegar roupa sua! -falei e entrei no closet dele.

Peguei uma camiseta cumprida e uma cueca.

— Ele vai me matar! -resmunguei.

— Você ficou muito gata assim! -Vinnie parou na minha frente e segurou minha cintura.

— Vamos descer? Eu estou pronta para desmaiar de nervosismo! -falei.

Vinnie segurou meu rosto e me deu um beijo calmo.

— Vem! -ele pegou minha mão e saimos do quarto.

Descemos a escada e ele me levou até a sala de jantar.

— Bom dia pai! -falei e sorri fraco.

— S/n... -ele me olhou de cima a baixo e olhou pro Vinnie em seguida. — Vamos pra casa -ele se aproximou e pegou minha mão.

— Sr. Muller... -Vinnie começou a falar mas meu pai o interrompeu.

— É assunto de família -meu pai me puxou pra fora da casa dele e eu fiquei confusa.

Entrei no carro com meu pai e ele não estava com o motorista.

— Sei que quando você dirige é para se acalmar, o que aconteceu? -perguntei preocupada e meu pai saiu disparado. — Que merda, pai! -falei e segurei no banco.

Ele continuou sem me responder mas percebi que não estamos indo pra casa, estou completamente perdida e sem entender.

Paramos na frente de um hospital e meu pai desceu, eu o acompanhei.

— A Chlóe está bem? -perguntei preocupada. — FALA COMIGO! -gritei no meio do hospital e ele parou no meio do caminho.

— Eu quero te levar para falar com o médico, eu não vou saber explicar! -ele falou com a voz embargada.

O desespero bateu naquela hora, nunca vi meu pai daquele jeito e isso me deu um medo enorme.

— Sr. Muller! -o médico apareceu. — Ela já deve estar chegando -olhei confusa para ambos.

— Quem? -perguntei.

— Doutor, essa é a filha dela... -meu pai me olhou. — Pode falar pra ela o que o senhor disse para mim? -meu pai perguntou e o médico se aproximou.

— O que foi? -perguntei confusa.

— Sua mãe sofreu um acidente de carro... -o médico começou a falar e eu já entrei em desespero. — Não foi grave e os médicos do Brasil disseram que ela está bem e chegou acordada no hospital, mas ela precisa fazer uma cirurgia e seu pai quer que seja aqui

— É, ele está certo -falei.

Fui até a parte de espera e sentei nos bancos.

— Filha... -meu pai me abraçou.

— Ela está bem -falei e segurei o choro.

— Ela deve chegar em menos de uma hora -sorri fraco pro meu pai.

Ficamos esperando mais notícias e a hora parecia que não passava.

Depois de quase duas horas, o médico apareceu.

— Ela quer falar com você -o médico me levou até o quarto.

— Mãe! -corri até a cama.

Ela estava realmente bem, ela sorriu quando me viu e abriu os braços para me abraçar.

— Que roupa é essa? -ela me olhou rindo e me abraçou.

— Como tudo aconteceu? -perguntei e fiz carinho no rosto dela.

— Um doido bateu no meu carro -ela falou. — Certeza que pelo estrago vai ficar caro -eu ri com isso.

— Você parece estar bem, por quê vão te operar? -perguntei.

— Eles disseram que estou com hemorragia, algo assim -ela respondeu.

— Você quase me mata do coração! -falei e a abracei novamente.

Fiquei um pouco com minha mãe e depois levaram ela para a cirurgia, achei que fosse demorar mais, os médicos disseram que deu tudo certo e que ela iria se recuperar logo e bem.

Fiquei no quarto esperando ela acordar, junto com meu pai.

— Joseph... -minha mãe falou e sorriu quando viu meu pai.

— Sabrina... -ele sorriu e foi pra perto dela. — Você está bem?

— Você é maluco! -ela riu. — Imagina o preço de me mandar pra cá e ainda pagar um hospital desse -ela falou.

— Só queria saber se você ficaria bem, o dinheiro não me importa -ele falou.

— E você mocinha, quem é o namorado? -ela perguntou pra mim.

— Mãe! -falei. — Não estou namorando

— E essa roupa? -ela perguntou e segurou minha blusa.

— Busquei ela na casa do namorado, por isso a roupa -meu pai falou e riu.

— Vocês são chatos quando estão juntos! -reclamei.

— Somos mesmo, mas você não pode fazer nada -minha mãe falou. — Ele sabe que sua mãe está aqui?

— Ele quem? -perguntei.

— Seu namorado, ué -ela respondeu e eu revirei os olhos.

— Mãe, eu e ele não namoramos -falei.

— Vai pra casa e explica pra ele o porque você saiu fugindo da casa dele -meu pai falou.

— Não devo explicações pra ele -respondi.

— Eles se odeiam e transam? -minha mãe perguntou pro meu pai.

— Meu Deus, eu vou pra casa! -falei e dei um beijo neles. — Vocês são insuportáveis!

Sai do quarto e pedi um uber.

Cheguei em casa, tomei um banho e coloquei uma roupa confortável.

Eu acho que não preciso mandar mensagem pro Vinnie, eu sei que ele não vai querer nada sério e se eu me esforçar para isso, vou me machucar.

Minha mãe deve ficar aqui um tempo e eu não poderia ficar mais feliz, vou poder conhecer Seattle com ela e aproveitar os dias aqui, sei que logo ela vai querer voltar pro Brasil.

Coloquei filme e fiquei no cinema de casa assistindo, fiquei esperando mensagem do Vinnie, mas ele não fez questão também.

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𝒑𝒓𝒐𝒎𝒊𝒔𝒄𝒖𝒐𝒖𝒔 - 𝒗𝒊𝒏𝒏𝒊𝒆 𝒉𝒂𝒄𝒌𝒆𝒓 (𝒔/𝒏)Onde histórias criam vida. Descubra agora