Capítulo 4 ✨

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New York city, Ludmilla Oliveira, terça, 23 de janeiro, 2018.

16:55 PM 

-- Espera ai! -- Paty entra atrás de mim, sua jaqueta estava esticada sobre um braço, no outro estava sua bolsa enorme que lhe servia de mochila. -- Você está dizendo que pegou a Mrs Potter?

-- Basicamente. -- Dou de ombros fechando a porta após Marcos passar. Ele estava com o fone no máximo, então não escutava nossa conversa.

-- Meu Deus. -- Ela para com a mão na cintura. -- Aquela mulher é tipo uma santa!

-- Não te diria isso.. -- Dou um sorriso malicioso e ela revira os olhos. 

-- Mudem de assunto! -- Marcos gritou da cozinha enquanto eu e Paty nos acomodávamos no sofá da sala. -- E sim eu estou ouvindo. E não, não me interessa.

-- Credo. -- Paty arqueia uma sombrancelha para Marcos. -- Que mau humor.

-- Não me interessa como a professora de filosofia transa. Não me interessa como a Ludmilla faz.. e eu não ligo. -- Faz cara de tédio e se vira para a geladeira de volta.

-- Ele podia tatuar "whatever" na mão. -- Eu disse. -- Faria sentido.

-- Na testa. -- Paty ri. -- Mas quando esse é o assunto ele sempre se esquiva.

-- É. -- Suspiro. -- A sua amiga gatinha..

-- Qual delas?

-- A loira, baixinha, que tem um corpo sensacion.. -- Sou interrompido.

-- Dane-se o que você acha da minha amiga também! -- Marcos grita novamente da cozinha.

-- Sua amiga? -- Arqueio as sombrancelhas. -- Ótimo, vou ter para quem perguntar como pegá-la rápido, não tenho tempo para enrolação.

-- Deixa ela em paz! -- O moreno grita furioso, mas pelo que eu vi de seu rosto ele estava só brincando. 

-- Ela é virgem? -- Antes dele me responder, Paty gargalha alto. -- Falei algo errado?

-- Sim! -- Os dois exclamam.

-- Uma coisa que ela não é -- diz paty --, virgem.

-- Como vocês tem tanta certeza?

-- Aquela loirinha lá? -- Marcos finalmente chega na sala, e fica sentado no meio da gente, no chão, reencostado na mesinha. -- Pega geral. --Eu arregalo os olhos.

-- De santa só a cara. Define tanto ela. -- Paty pega a lata de Redbull que estava na mão de Marcos, tomando um gole.

-- Bom, -- Dou de ombros. -- facilita as coisas.

-- Vai falar que ela está na lista? -- Marcos diz com desdém.

-- Claro. Por acaso já olhou para o peito dela? Ou apertou a bunda? -- Sua revirada de olhos responde. -- Marcos, nada contra, mas você é muito gay. --Sua expressão muda bruscamente. De despreocupado e foda-se para irritado e vermelho.

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