Capítulo 48 ✨

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New York city, Brunna Gonçalves, sábado, 20 de fevereiro, 2019.
12:30 PM

Dez dias depois eu finalmente estava em casa. Ainda poderia ouvir a explicação do doutor.

-- Deve comer coisas bem leves. Coisas sem gorduras, o mínimo de açúcar e sal. Tomar
remédio para repor todas as vitaminas que perdeu e comer muita proteína e coisas saudáveis. Não pode ter emoções fortes; como se estressar, ficar muito feliz, ou até ter um orgasmo. Não poderá de modo algum fazer exercícios e se esforçar. Pelo menos durante umas duas semanas, talvez mais. - Resmunguei ouvindo a mesma restrição quando corri para atender a porta.

-- Sem exercícios fortes, mocinha! - Bruno disse sentado no sofá, vendo seu filme. Revirei os olhos e atendi. Ludmilla estava lá, com um sorriso tímido e um pequeno e delicado buquê. Sorri e a abracei.

-- Oi, ludmilla. - Dei um selinho nela. Ludmilla me entregou as flores.

-- Oi. - Ele riu enquanto eu levava os girassóis pequenos até o nariz e cheirava, como via nos filmes.

-- Eu amei, obrigada. - Meu coração se aqueceu com seu sorriso.

-- Entra ai. - Bruno fez um gesto para Ludmilla. - Fica a vontade. Mas não demais. - Brincou ele.

-- Bruno - Nós todos rimos.

-- Fala,moreno do bronze falso. - Ludmilla cumprimentou meu irmão.

-- Como vai, morena falsificada? - Bruno devolveu. Os dois riram.

-- Crianças. - Revirei os olhos e sorri. Deixando as flores num copo d'agua. Quando voltei a sala, Ludmilla estava sentado no sofá. Em um canto do sofá, e Bruno estava no outro. Deixaram o meio pra mim. Atenciosos.

-- Ela está se comportando? - Perguntou Ludmilla ao Bruno.

-- Mais ou menos. - Bruno respondeu. Revirei os olhos e fiz uma careta, sentando no colo de Ludmilla.

-- Eu não estou fazendo literalmente NADA! - fiz cara de brava e olhei para a TV. - Isso me
irrita.

-- Não fica assim. - Senti as mãos de Ludmilla no meu cabelo. - É para o seu bem.

-- Eu sei mas... - Bufei e me virei para os dois, que me olhavam atentamente. Ludmilla ainda
fazendo carinho no meu cabelo. - É muita frescura! - Eles riram.

-- Ah, vão pra casa do cacete. - Levantei e fui para o quarto. - Ficam rindo da minha cara.
Que ódio. - Resmunguei.

Deitei na minha cama, logo ouvindo e vendo Ludmilla invadir o quarto. Seu rosto estava com
uma expressão de desculpas. Me sentei na cama, enquanto ela fechava a porta.

-- Tudo bem?

-- Uhum. - Esfreguei o rosto. - Estou cansada de ser a princesinha protegida de todo
mundo, só isso. Até nas redes! - Reclamei. Ela sorriu e sentou no meu lado.

-- Entenda que você é uma princesinha. - Ela deixou uma mecha minha de cabelo atrás da
orelha e beijou minha bochecha. - E vai ser protegida sim porque você é muito importante
para todo mundo.

Estava sorrindo igual uma besta. Mas não consegui evitar. Me virei e sentei em seu colo,
dando-o um selinho e abraçando seu pescoço.

-- Para de ser fofo. Eu quero minha Ludmilla de volta. - Rimos.

-- Sua Ludmilla? - Ela provocou.

-- Minha Ludmilla. - Assenti. Dando um sorriso malicioso e roçando meus lábios em seu
pescoço. Ela grunhiu. - Só minha... - Lambi e mordi.

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