Capítulo 19 - ✨

1K 74 3
                                    


Londres city, Ludmilla Oliveira, terça, 14 de fevereiro, 2018.

-- Mas que saco. - Puxo as mangas do meu paletó. - Humpft, odeio essas festinhas de família.

-- Festinha? - Marcos pergunta com deboche. -- Deve ter pelo menos 100 convidados para essa festa. Uns 150 jornalistas e fotógrafos lá fora. E gastaram muita coisa para essa decoração antiga. Então deve ao menos chamar de 'baile'.

-- 'Baile' me lembra escola. - Arrepio.

-- Que seja. - Ele dá de ombros.

Assim como eu, Marcos estava vestido com roupas de época. Como todos convidados imagino. Pareciamos algo entre duques, marqueses e lordes. Eu não saberia dizer o que faz qual coisa. Odeio história.

-- Fala sério, para que uma festa dessa? Para um namoro falso. Eu acho essa festa super... - O olhar de Marcos vai para o alto das escadas, sigo com meus olhos. De lá descia Paty, minha vó e Brunna. -- Desnec... - Minha voz falha ao analisar brunna.

Parecia uma princesa da Disney. Seu vestido bufante em tons de rosa claro na saia, e vermelho no corpete. Detalhes em dourados se dispunham no vestidos como raios de sol iluminando a noite. O corpete tomara que caia disposto com alguns laços dourados cintilantes na frente, pareciam amarrá-lo ao seu corpo. Seus ombros e seu pescoço curvilíneo ficam a mostra. Brunna usava um colar de pedras que mergulhava em seu decote. O cabelo estava preso em um coque e algumas mechas soltas e enroladas. A maquiagem nem tão pesada nos olhos, porém seus cílios ainda pareciam leques negros fazendo sombra a maçã do rosto totalmente rosada. Seus lábios estavam cor vermelho sangue. A analiso de cima a baixo de novo, e de novo. Eu tinha que encontrar alguma falha, alguma coisa. Qualquer coisa. Precisava de uma falha, uma mecha desarrumada, um fio solto. Para provar que aquilo era real. Estava desesperada e com medo que um pensamento invadisse minha mente.

E ele veio. Ela é linda . E você a quer, não só em sua cama, mas na sua vida. Estremeço. Não sabia se era por que Brunna já estava quase terminando os degraus de mármore. (Que eu me impressionei dela, e nem Paty, saírem rolando por andar com esse tamanho de sapato) . Pensamento idiota, sujo. Sussurrado pelo desejo. Ela só está muito bem arrumada. Apenas isso. Tal beleza não era natural.

-- O que dizia? - Marcos me impede de babar a tempo.

Contraio a mandíbula e volto os olhos com relutância a ele. Preferia dez vezes mais ficar analisando Brunna com seu visual... deslumbrante. Do que Marcos vestido de algum tipo de lorde ou marquês.

-- O que? Eu disse algo?

-- Você disse que achava isso tudo desneces... - O interrompo.

-- Eu acho isso necessário. Super necessário. - Volto a olhar para escada. -- Olhe, isso realmente é uma necessidade.

-- Ludmilla?

-- Shh... só aprecia. - Volto para ele. Marcos revirava os olhos. -- Eu sei que preferia ver o Gabriel naquele vestido. - Ele faz uma careta de reprovação.

-- Em um terno talvez? Bastante glitter. Combinaria com ele. - Marcos começa a rir, vermelho, porém ri.

-- Lembre-se. - Continuo baixinho antes das mulheres chegarem até nós. -- É tão certo você achar Gabriel bonito, quanto achar C.. - Brunna não. Ele não podia achar Brunna bonita. Não do jeito que eu achava. Não... e o que tem Ludmilla? Pelo amor do anjo, eles são amigos.

Touch-me (GIP)Onde histórias criam vida. Descubra agora